Vazamento de dados foi batizado de Collection #1 e é considerado um dos maiores da historia
Um dos maiores vazamentos de dados da história da internet foi descoberto nesta quinta-feira (17). De acordo com as informações de um especialista em segurança cibernética, mais de 772 milhões de emails e 21 milhões de senhas foram expostos em um fórum para hackers.
Segundo o especialista Troy Hunt, que divulgou a descoberta do vazamento de dados
em seu blog pessoal, esses dados (cerca de 12 mil arquivos) foram encontrados dentro de uma pasta de 87 gigabytes armazenada na nuvem Mega, uma das mais populares atualmente.
Batizada de
Collection #1 – nome da pasta na qual todas as informações estavam guardadas -, a f alha de segurança
já foi retirada do Mega
, mas é possível que terceiros ainda tenham cópias desses dados em seus computadores pessoais e voltem a publicá-los.
De acordo com o pesquisador, um dos maiores perigos de hackers
conseguirem acesso a um correio eletrônico é que, além de conseguir detalhes pessoais do usuário, o invasor pode testar a senha do email em diversas outras plataformas.
Assim, se a vítima usar o mesmo usuário e senha em outros sites, os hackers conseguirão acessar outros serviços, como contas bancárias e perfis em redes sociais. “As pessoas fazem listas como esta [ Collection #1
] com nosso email e senhas e depois tentam ver onde mais funcionam. O sucesso desta tática se baseia em que as pessoas reutilizam as mesmas credenciais em múltiplos serviços”, disse Hunt na postagem em seu blog.
O número de dados expostos divulgado por Hunt não considera dados duplicados ou inutilizáveis, já que o pesquisador fez uma seleção antes de anunciar o problema em seu site. Sem essas exclusões, a quantidade de endereços de email e senhas expostas passava de 2,7 bilhões, ficando atrás somente do vazamento do Yahoo em 2017, que atingiu três bilhões de contas da plataforma naquele ano.
Fui afetado pelo vazamento de dados?
Para saber se suas informações foram expostas é possível acessar o site Have I Been Pwned
, do pesquisador Hunt. Nessa plataforma, além de descobrir se o seu email ou a sua senha já foram comprometidos, o internauta consegue checar até mesmo em quantos vazamentos esteve envolvido.
O especialista recomenda que todos os usuários afetados troquem suas senhas. Ele também afirmou que a melhor forma de evitar ter problemas com vazamento de dados
é utilizar senhas diferentes para cada login na internet. “Se usar um administrador de senhas digital é um passo muito grande para você, recorra à velha escola e arranje um analógico. Ou seja, um caderno. Anotar as senhas únicas em um livro e mantê-las dentro de uma casa fechada é muito melhor que reutilizá-las em toda a Internet”, disse.
Google testa inteligência artificial para escrever notícias; confira
O Google está atualmente desenvolvendo uma ferramenta de IA generativa, projetada para auxiliar jornalistas em seu trabalho. Denominada “Genesis”, a plataforma tem como objetivo absorver informações detalhadas sobre eventos recentes e produzir notícias.
Segundo uma reportagem do The New York Times, o Google fez uma apresentação da ferramenta Genesis para executivos de alguns dos principais jornais dos Estados Unidos, incluindo o próprio NYT, o The Washington Post e a News Corp, empresa detentora do The Wall Street Journal. A apresentação revelou detalhes sobre o funcionamento da ferramenta de IA generativa voltada para auxiliar jornalistas em suas atividades.
Representante do Google, Jean Crider afirmou que “estamos em estágios iniciais de ideias para fornecer ferramentas de IA que auxiliem os jornalistas em seus trabalhos”, enfatizando a intenção de estabelecer parcerias com editores de notícias no desenvolvimento da iniciativa.
De acordo com pessoas que estiveram presentes na apresentação, o Google tem a convicção de que a IA poderá atuar como uma assistente no trabalho de jornalistas, automatizando o processo de produção de notícias.
Contudo, nem todos ficaram completamente convencidos com a abordagem do Google. Alguns executivos, que preferiram manter o anonimato, revelaram ao New York Times que a proposta da IA desvaloriza os esforços dos profissionais da área em termos de apuração e produção de notícias.
Atualmente, alguns veículos de comunicação já estão empregando Inteligências Artificiais generativas para criar conteúdo, porém, as publicações de notícias têm sido cautelosas em sua adoção, principalmente devido a preocupações relacionadas à tendência da tecnologia de gerar informações factualmente incorretas.
Os pesquisadores constataram que a precisão das respostas geradas pareceu diminuir com o passar do tempo, corroborando os relatos de usuários sobre as versões mais recentes do software apresentando uma aparente “queda de inteligência”. Usuários têm relatado há mais de um mês a percepção de uma queda na qualidade da plataforma.
O Bard funciona de forma bastante similar ao ChatGPT, conseguindo responder perguntas, resumir textos, dar ideias sobre diversos assuntos, escrever e-mails e muito mais.
OpenAI, dona do ChatGPT, é uma das empresas que assinou compromisso com governo dos EUA
As sete principais empresas de inteligência artificial (AI) dos Estados Unidos concordaram nesta sexta-feira (21) em adotar uma série de medidas para desenvolver seus sistemas de forma mais responsável. O acordo foi realizado entre as companhias e o governo dos Estados Unidos.
Dentre os compromissos aceitos pela Amazon, Anthropic, Google, Inflection, Meta, Microsoft e OpenAI, estão investimentos em cibersegurança, realização de testes envolvendo aspectos de discriminação nos sistemas de IA antes de seus lançamentos, e um novo sistema de marca d’água em conteúdos gerados por IA.
Este último compromisso é uma forma das empresas sinalizarem que um texto, áudio, vídeo ou foto foi gerado por uma inteligência artificial, evitando que usuários acreditem, por exemplo, em deepfakes. As empresas ainda trabalham para implementar as novidades.
Por se tratar de um compromisso voluntário, a medida não é considerada uma regulação das empresas de IA, já que não há consequências para o descumprimento das promessas.