Bolsonaro enviou Mourão para representá-lo em reunião do Grupo de Lima, em Bogotá
O presidente Jair Bolsonaro (PSL)
enviou seu vice, general Hamilton Mourão (PRTB), e o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, para representá-lo em reunião do Grupo de Lima marcada para esta segunda-feira (25), na Colômbia. Mourão e Araújo embarcaram por volta das 14h30 desta tarde, em Brasília, e chegam no início da noite em Bogotá, onde será realizada a cúpula para discutir a situação da Venezuela.
De acordo com reportagem da TV Globo
, Bolsonaro
e Mourão falaram ao telefone na noite desse sábado (23), tido como Dia D para definição sobre a chegada de ajuda humanitária
à Venezuela. O presidente e seu vice alinharam o discurso a ser defendido perante os demais líderes das Américas. A proposta brasileira deve ser a de incentivar a intensificação do isolamento de Nicolás Maduro mediante novos rompimentos de relações com a Venezuela.
O Grupo de Lima reúne 13 países, dentre eles Brasil, Colômbia e Guiana, que são justamente as três nações que fazem fronteira com a Venezuela. Atualmente, por ordem de Maduro
, apenas a fronteira terrestre do país com a Guiana está aberta.
Completam o grupo, criado em 2017 para discutir o “restabelecimento da democracia na Venezuela”, a Argentina, o Peru, o Chile, o Paraguai, a Costa Rica, a Guatemala, Honduras, o Panamá, o Canadá e o México.
Além dos representantes desses países, também estará em Bogotá o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence. Há expectativa de que Mourão e o vice de Donald Trump tenham encontro nesse início de semana.
A crise na Venezuela se intensificou nos últimos dias devido ao envio da ajuda humanitária (com alimentos e remédios)
oferecida por nações que reconhecem o autodeclarado presidente interino venezuelano, Juan Guaidó. Maduro ordenou que as tropas leais ao seu governo fechassem as fronteiras terrestres para impedir que os caminhões com os insumos cheguem à Venezuela.
O fechamento das fronteiras venezuelanas é realizado por tropas de militares, que chegaram a colocar barris, cercas e contêineres para impedir a passagem de veículos em pontes que ligam o território do país à Colômbia. Houve protestos violentos ao longo desse fim de semana
tanto na fronteira colombiana quanto na fronteira brasileira.
Juan Guaidó tem feito apelo para que os militares leais ao regime chavista autorizem a passagem dos caminhões com ajuda humanitária. Guaidó prometeu imunizar aqueles que desertarem
das forças de Maduro.
Nesse sábado (23), completou um mês desde que ele se declarou presidente encarregado – anúncio reconhecido pela maioria dos integrantes do Grupo de Lima, inclusive o governo brasileiro de Jair Bolsonaro
. A constituição venezuelana prevê que, em caso de haver um presidente interino, ele deve convocar novas eleições no prazo de 30 dias. Guaidó, no entanto, não cumpriu com o rito até o momento.
O ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) apresentou hoje (12) registro de candidatura à Presidência da República no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A chapa terá Padre Kelmon, do mesmo partido, como candidato à vice-presidente.
Jefferson declarou à Justiça Eleitoral lista de bens avaliados em R$ 745 mil – valor investido em aplicações financeiras. Kelmon declarou R$ 8,5 mil aplicados em caderneta de poupança.
Na proposta de governo enviada ao TSE, a chapa defende a liberdade como princípio fundamental, direito à legítima defesa, ao porte de arma de fogo, a criminalização da “cristofobia”, o agravamento da pedofilia como crime hediondo e a proibição da legalização, venda e cultivo da maconha.
Na educação, os candidatos defendem a remuneração digna aos professores, ensino universitário gratuito, mas reembolsado pelos formados, e a erradicação do analfabetismo.
No meio-ambiente, propõe a exploração racional dos recursos naturais e equilíbrio entre desenvolvimento econômico e proteção à natureza.
Até o momento, o TSE recebeu 11 pedidos de registros de candidatura à Presidência. Para os cargos de deputado estadual, federal, distrital, senador e governador, o registro é realizado nos tribunais regionais eleitorais.
O pedido de registro é uma formalidade necessária para que a Justiça Eleitoral possa verificar se os candidatos têm alguma restrição legal e não podem concorrer às eleições de outubro.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou hoje (12), em Brasília, a base de cálculo para a distribuição de tempo no horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão. O tempo é calculado conforme a representatividade dos partidos políticos na Câmara dos Deputados.
De acordo com a tabela, o primeiro da lista é o União Brasil, com 81 deputados federais eleitos, seguido pela Federação Brasil da Esperança (Fe Brasil), composta pelo PT (Partido dos Trabalhadores), PCdoB (Partido Comunista do Brasil) e PV (Partido Verde), que possui 70; Partido Progressista (PP) com 38; Federação PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira) – Cidadania com 37; PSD (Partido Social Democrático) (35); MDB (Movimento Democrático Brasileiro) (34) e PL (Partido Liberal) (33). Na última colocação estão Avante e PSC (Partido Social Cristão), ambos com sete deputados.
Tempo de propaganda
Conforme a legislação eleitoral, 90% do tempo total de propaganda são distribuídos proporcionalmente pelo número de deputados. O restante (10%) é dividido igualitariamente.
A portaria também traz a tabela de representatividade dos partidos para a realização de debates entre os candidatos. Nesse caso, o critério é a bancada no Congresso Nacional.
A propaganda no rádio e na TV do primeiro turno começa no dia 26 de agosto e vai até 29 de setembro.
O primeiro turno será no dia 2 de outubro, quando os eleitores irão às urnas para eleger o presidente da República, governadores, senadores, deputados federais, estaduais e distritais. Eventual segundo turno para a disputa presidencial e aos governos estaduais será em 30 de outubro.