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Política Nacional

Câmara realiza sessão em homenagem ao Dia Internacional do Direito à Verdade

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Cleia Viana/Câmara dos Deputados
Homenagem ao Dia Internacional do Direito à Verdade
Sessão solene refletiu sobre violações aos direitos humanos

A Câmara dos Deputados realizou nesta segunda-feira (25) sessão solene em homenagem ao Dia Internacional do Direito à Verdade. O objetivo foi refletir sobre a importância de conhecer a realidade sobre situações de graves violações aos direitos humanos para que a história não se repita e para que as gerações futuras tenham consciência dos fatos.

A data foi estabelecida em 2010 pela Organização das Nações Unidas (ONU) e, desde o ano passado, também faz parte do calendário nacional.

A deputada Erika Kokay (PT-DF), que conduziu os trabalhos, leu o discurso enviado ao Plenário pela bancada do Psol, em nome da deputada Luiza Erundina (Psol-SP), que pediu a solenidade, mas não esteve presente por motivo de saúde. “Vivemos ainda hoje uma política de esquecimento, que se inicia na escravidão, atravessa os períodos ditatoriais e se perpetua na democracia”, salientou.

Atingidos por barragens
Representante do movimento dos atingidos por barragens, Adriana Dantas ressaltou as dificuldades de atuar nos movimentos sociais e de seguir na luta pelos direitos dos atingidos pelos rejeitos de Mariana (MG) e Brumadinho (MG). “Nosso povo não tem tido 1 minuto de descanso para buscar as reparações”, afirmou.

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Adriana lembrou e lamentou que, neste dia 25, o desastre em Brumadinho completa dois meses. Até o momento, foram confirmadas 212 mortes de pessoas atingidas pela lama que vazou de barragem da Vale no município. Outras 93 pessoas continuam desaparecidas.

Cleia Viana/Câmara dos Deputados
Homenagem ao Dia Internacional do Direito à Verdade. Apresentação da poesia
Mônica Benício, viúva de Marielle Franco, leu poesia em homenagem à vereadora assassinada no ano passado

Direitos humanos
O representante da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) na sessão, padre Paulo Renato, citou o papa Francisco para dizer que, sem a busca pela verdade, os fatos se transformam apenas em opiniões. “Abrindo a estrada para a afirmação subjetivista dos direitos, de tal modo que o conceito de direito humano, que de per si tem valência universal, é substituído pela ideia de direito individualista”, disse.

Também na sessão, o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, disse que é fundamental fortalecer a defesa daqueles que lutam pelos direitos humanos. Ele relembrou o assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes. Mônica Benício, viúva da vereadora, leu em Plenário uma poesia de Conceição Evaristo em homenagem à parlamentar.

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O ex-deputado e ex-preso político Gilnei Viana, representando o Comitê pela Memória, Verdade e Justiça do Distrito Federal, salientou que as consequências da ditadura foram além do período da sua vigência e que a verdade histórica não pode ser esquecida. “Infelizmente, essa luta não acabou. E lutar pelo que é seu não é egoísmo, é algo representativo de uma fase histórica, de um povo que não se deixa dobrar pela mentira”, concluiu.

Ao encerrar a sessão, a deputada Erika Kokay acrescentou que as mentiras não podem se transformar em algo normal, sobretudo na política.

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Política Nacional

Lula homologa terras indígenas na Bahia e em Mato Grosso

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Na véspera do Dia dos Povos Indígenas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da reunião de reabertura do Conselho Nacional de Política Indigenista (CNPI) e assinou decreto de demarcação de mais duas terras indígenas. Em evento na sede do Ministério da Justiça e Segurança Pública, nesta quinta-feira (18), foram homologadas as terras indígenas Aldeia Velha, na Bahia, e Cacique Fontoura, em Mato Grosso.

 A expectativa, no entanto, era que o presidente assinasse a homologação de mais quatro terras indígenas, incluindo algumas com longo histórico de disputa pela demarcação, como Morro dos Cavalos e Toldo Imbu, em Santa Catarina, Potiguara de Monte-Mor, na Paraíba, e Xukuru Kariri, em Alagoas.

“O ministro [Ricardo] Lewandowski [da Justiça e Segurança Pública] me levou, na semana passada, seis terras indígenas para que eu assinasse hoje, na frente de vocês. E nós decidimos assinar só as duas. Eu sei que isso frustrou alguns companheiros e algumas companheiras, mas eu fiz isso para não mentir para vocês, porque temos um problema, e é melhor a gente tentar resolver o problema antes de assinar”, disse Lula, na presença de dezenas de indígenas e entidades indigenistas. Segundo o presidente , entre os problemas nesses territórios está a ocupação por não indígenas. Lula admitiu ter atendido pedido de governadores.

“Temos algumas terras ocupadas por fazendeiros, outras por gente comum, possivelmente tão pobres quanto nós. Tem umas que têm 800 pessoas que não são indígenas ocupando. Tem outras com mais gente. E tem alguns governadores que pediram mais tempo para saber como vamos tirar essas pessoas, porque não posso chegar com a polícia e ser violento com as pessoas que estão lá. Tenho que ter o cuidado de oferecer a essas pessoas uma possibilidade para que  possam entrar tranquilamente na terra. Dois governadores são aliados nossos, que pediram um tempo, e nós vamos dar um tempo”, argumentou o presidente.

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Lula insistiu na cautela e comparou o caso com a aprovação de um projeto que estabeleceu a tese do marco temporal para demarcação de terras indígenas. O texto foi vetado pelo presidente, mas o veto foi derrubado pelo Congresso Nacional. A tese do marco temporal, que já havia sido declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF), deverá ser novamente invalidada pela corte.

“O que nós não queremos é prometer para vocês uma coisa hoje, e amanhã você ler no jornal que a Justiça tomou uma decisão contrária. A frustração seria maior, como foi o marco temporal, como vocês viram. Eu vetei tudo, mas eles derrubaram o meu veto. E agora, nós estamos a continuar brigando na Justiça para manter a decisão que a Suprema Corte já tinha tomado.”

Com as duas novas áreas homologadas nesta quinta, o governo Lula totaliza 10 terras indígenas demarcadas desde o início do terceiro mandato. Ao todo, em 2023, oito territórios já haviam sido demarcados. Os processos estavam parados desde 2018, pois o ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que não faria nenhuma demarcação durante o seu governo.

Durante o evento de reabertura do CNPI, que havia sido paralisado pelo governo anterior, a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, reforçou a luta histórica.

“Em razão dessa diversidade e especificidades culturais dos 305 povos presentes no país, que falam mais de 274 línguas distintas, que nos diferenciam da sociedade nacional, é que os povos lutam por políticas específicas e diferenciadas, que nem de longe podem ser confundidas com privilégios”, disse.

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O direito originário de ocupação tradicional indígena é previsto na Constituição Federal de 1988, que garante posse permanente e usufruto exclusivo para esses povos. As terras são consideradas inalienáveis e indisponíveis, e os direitos originários sobre elas imprescritíveis, ou seja, permanentes.

Repercussão

Do lado das entidades indígenas, a não homologação das quatro áreas foi recebida com decepção. “A sensação que nós temos é de frustração. Estamos há mais de 400 dias no novo governo, e foi pactuada, desde a transição, a homologação de 14 terras que estão aptas, livres de qualquer impedimento legal. Não há impedimento legal. Nós pactuamos que essas terras seriam homologadas nos primeiros 100 dias de governo, e isso não aconteceu”, disse à Agência Brasil o coordenador executivo da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Dinamam Tuxá.

Tuxá mostrou-se surpreso com a posição do presidente de ouvir governadores sobre o tema, uma vez que a Constituição Federal não prevê esse procedimento. “O que gera maior surpresa é o presidente afirmar que consultou os governadores, e o rito previsto no nosso texto constitucional e no Decreto 1.775 não prevê consulta a governadores. Então, cumpra-se o rito. Sem sombra de dúvidas, vamos continuar vigilantes e atuantes e a demarcação do maior número de terras aptas”, afirmou.

Fonte: EBC Política Nacional

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Política Nacional

Rio aprova feriados durante Cúpula do G20 na cidade

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A Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro aprovou hoje (17) projeto PL 2857/2024, que determina feriado municipal nos dias dias 18 e 19 de novembro devido à realização da Cúpula do G20 ns cidade do Rio. O objetivo é facilitar a logística de transporte e segurança das autoridades durante o evento,

Os vereadores determinaram que continuarão funcionando as indústrias situadas nas zonas norte e oeste da cidade, além de padarias e estabelecimentos que desenvolvam as atividades por meio de trabalho remoto.

Na justificativa do projeto, o Poder Executivo explicou que os feriados excepcionais são imprescindíveis para a realização do encontro dos principais líderes mundiais, porque demanda da prefeitura o apoio às operações logísticas planejadas pelo governo federal, incluindo restrições à circulação geral como o bloqueio de vias públicas.

O presidente da Câmara Municipal do Rio, Carlo Caiado (PSD) comemorou a realização da Cúpula do G20 na cidade. “Este é um evento muito importante, que coloca o Rio como protagonista global. O feriado é fundamental para garantir o sucesso. Conseguimos fazer um equilíbrio com o setor produtivo, com diálogo, criando exceções para não prejudicar setores importantes da economia”, disse. Para Caiado, a aprovação da medida é parte importante das preparações do Rio para receber mais de 30 chefes de estado e cerca de 15 mil visitantes internacionais.

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Indústrias

Líder do governo na Câmara, o vereador Átila Nunes (PSD) disse que ao assegurar o pleno funcionamento das indústrias instaladas nas zonas norte e oeste da cidade, a prefeitura atende a pleito de setores produtivos. “A  emenda vai diminuir o impacto negativo econômico para a cidade, lembrando que o propósito é viabilizar a logística nos dias do evento. Os dois feriados do mês, dos dias 15 (Proclamação da República) e 20 (Feriado de Zumbi dos Palmares) já estão garantidos.”

O feriado também não contempla comércio de rua, bares e restaurantes, hotéis, hospedarias e pousadas, centros comerciais e shopping centers, além de estabelecimentos culturais como teatros, cinemas e bibliotecas e pontos turísticos. 

G20

O G20 reúne os países com as maiores economias do mundo. Os Estados-membros se encontram anualmente para discutir iniciativas econômicas, políticas e sociais e se define como o principal fórum de cooperação econômica internacional. Esta é a primeira vez que o Brasil assume a presidência do grupo. 

Fonte: EBC Política Nacional

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