Pioneer Edition estreia no Salão de Genebra 2019, com velocidade máxima de 180 km/h e 0 a 100 km/h na casa dos 9 s
O futurismo expressado em jogos como Final Fantasy XV e Cyberpunk 2077 pode não estar tão longe quanto pensamos. A PAL-V, companhia holandesa responsável pela criação do primeiro carro voador produzido em série no mundo, decidiu exibir uma edição especial de seu protótipo no Salão de Genebra 2019 (Suíça), intitulado Pioneer Edition.
“A Liberty Pioneer Edition será uma edição exclusiva e limitada a 90 unidades, para aqueles que querem escrever parte da história com a nossa empresa” disse o CEO da PAL-V, Robert Dingemanse, durante a abertura do Salão de Genebra 2019
. “Eles estarão na linha de frente da revolução da mobilidade, onde não precisaremos apenas de carros para dirigir. Eles serão os primeiros proprietários de carros voadores de seus países, podendo percorrer qualquer distância”.
As primeiras 90 unidades globais do PAL-V Liberty Pioneer Edition terão detalhes especiais por dentro e por fora. De início, podemos destacar pintura em dois tons, com vasto uso de fibra de carbono. O interior também é feito sob medida, com componentes leves, alumínio de aviação e revestimento de couro.
A PAL-V diz que as versões convencionais do Liberty terão suas vendas iniciadas assim que todas as unidades da Pioneer Edition chegarem aos primeiros clientes em meados de 2020. O modelo custará US$ 599.000 (R$ 2,3 milhões) nos Estados Unidos – sendo US$ 200 mil mais caro que a versão convencional. A Pioneer Edition acrescenta controles duplos, sistema eletrônico de vôo e acabamento em carbono.
O único voador do Salão de Genebra 2019
Divulgação/PAL-V
PAL-V Liberty mostrado no Salão de Genebra 2019 irá retrabalhar os conceitos de mobilidade no mundo
O carro voador
da PAL-V
é um triciclo com espaço para duas pessoas, com o passageiro posicionado atrás do motorista. O Liberty carrega um rotor retrátil no teto, que é aberto quando o modo aéreo é ativado – processo que leva 10 minutos. Assim, torna-se um girocóptero. Como pode imaginar, o condutor terá que obter a mesma licença necessária para um piloto de um veículo desse tipo.
O modelo mostrado no Salão de Genebra 2019
utiliza dois motores, um para mover-se no chão e outro no ar. Com as rodas no solo, tem velocidade máxima de 180 km/h e acelera de 0 a 100 km/h em nove segundos, algo impressionante se considerar a aerodinâmica. Sua autonomia é de 1.314 quilômetros e alcança um rendimento de combustível de 10,9 km/l. No ar, pode viajar por 400 km (mantendo um combustível reserva para quando pousar).
Ainda bem cedo, os competidores se dirigem à largada. A temperatura esteve próxima do zero
Neste último fim de semana fui até o Rio Grande do Sul acompanhar a terceira etapa do Campeonato Brasileiro de Rally de Regularidade Histórica , promovido pela Federação Brasileira de Veículos Antigos – FBVA. A etapa chama-se Rally dos Vinhedos e é organizada pelo Veteran Car Club dos Vinhedos , sediado no município de Bento Gonçalves , na Serra Gaúcha.
Só o fato de estar em uma região tão bela, tão bem dotada pela natureza, já vale qualquer dificuldade em chegar, visto que fica no extremo sul do país, região que é bem conhecida pelas baixas temperaturas , especialmente no inverno. Mas é justamente isso que faz do lugar um destino tão desejado.
O Rally dos Vinhedos está comemorando sua décima edição, reunindo 129 veículos antigos e clássicos para um passeio cronometrado pelas estradas da região, passando por municípios como Bento Gonçalves, Garibaldi, Carlos Barbosa, Pinto Bandeira e Santa Tereza. O mais interessante foi a participação de 13 intrépidos pilotos de motonetas clássicas , que enfrentaram a temperatura de quase zero grau no momento da largada.
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As motonetas cruzaram alguns centros urbanos durante o percurso
E mais, diferentemente dos automóveis, que têm um piloto e um navegador, que além de lhe fornecer a velocidade ideal para cada trecho também indica o caminho a ser seguido, no scooter o piloto faz sozinho todos os trabalhos.
Claro, sendo um rally de veículos antigos , essas motonetas, que atualmente são conhecidas por scooters , são de época, de um tempo quando ainda não tinham esse apelido.
Dos 13 participantes, 11 deles pilotavam Vespa nacionais dos anos 80, que eram fabricadas em Manaus, AM, pela Piaggio . Os outros dois pilotavam Lambretta Li 150 , fabricadas nos anos 60. Vespa e Lambretta eram (e são) eternos rivais nesse segmento dos veículos de duas rodas.
Um rally de regularidade , que também pode ser chamado de passeio cronometrado, avalia a capacidade do piloto em manter as médias de velocidade pré-estabelecidas, que figuram na planilha com o roteiro. Quanto mais próximo o tempo de passagem pelos vários pontos de controle distribuídos pelo percurso, menos pontos o participante perde. No final, quem perder menos pontos, de acordo com um regulamento complexo, vence a prova.
Entre as motonetas, o vencedor foi André Sain, de Bento Gonçalves, pilotando (e navegando) a Vespa PX 200 1986 de número 21. André teve 78 pontos perdidos nessa etapa.
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O vencedor André Sain, com sua Vespa PX 200 1986
Em segundo lugar chegou Daniel Orso, também de Bento Gonçalves, com a Vespa PX 200 Elestart 1987 de número 24, com 84 pontos perdidos. Em terceiro lugar ficou Rodrigo Nenini, de Garibaldi, com a Vespa PX 200 1986 de número 22, com 123 pontos perdidos.
Brasília LS 1980 é um dos modelos históricos da Volkswagen no Brasil
A Volkswagen tem uma história muito interessante. Como sabemos, ela começou na Alemanha da década de 30 produzindo aquele que seria um dos carros mais icônicos do planeta: o Fusca. Naquela época, Ferdinand Porsche criou a ideia de um motor boxer com refrigeração a óleo e manutenção muito simples.
Após o final da Segunda Guerra Mundial, a marca retomou a produção do besouro e, na década seguinte, percebeu que o seu público consumidor buscava algo diferente. Na metade dos anos 50, nasceu o Karmann-Ghia , o modelo com linhas clássicas e esportivas utilizando a mesma mecânica confiável.
Na década seguinte, a Volkswagen ampliou a sua gama de modelos com versões diferentes. No Brasil, a grande mudança ocorreu nos anos 70 quando a matriz deu liberdade para que as suas filiais criassem modelos diferentes de acordo com o público consumidor. O Brasil foi um deles e a genialidade e capacidade de nossos projetistas marcou a história.
Nesse sentido, nasceu o Brasília, em 1973. O projeto da equipe de Márcio Piancastelli conseguiu sanar os problemas clássicos do Fusca e aprimorar a ideia desse projeto tão versátil. Nascia ali um modelo que agradou em cheio o consumidor, trazendo resistência e um estilo muito marcante para as famílias brasileiras.
O modelo comemorou 50 anos este ano com muita festa por parte da montadora. Algumas de suas versões chamaram atenção, trazendo mais acessórios e mais equipamentos. É o caso desse exemplar LS , de 1980, que pertence a Leandro Coelho , mecânico e que também possui um canal popular no YouTube .
O exemplar está extremamente bem conservado com todas as características originais da época. Os destaques vão para o lavador elétrico do vidro, frisos laterais e o interior monocromático. Os bancos com encosto de cabeça também fazem parte desse pacote juntamente com o motor de 1.584 cm³ cilindrada.
Dirigir o Brasília é uma grande satisfação. Realmente o acerto do projeto em relação ao Fusca é notável. Vale destacar a sua estabilidade, o conforto dos assentos e a mesma simplicidade mecânica que acompanhou toda essa história fantástica desses 70 anos da Volkswagen no Brasil .