Chevrolet Cruze deixa de ser vendido nos EUA, onde a GM vai fechar fábricas para se reestruturar
De acordo com o que foi anunciado oficialmente pela General Motors dos Estados Unidos, no final de novembro último, a fábrica de Lordstown deixa de montar o Chevrolet Cruze. A última unidade é um sedã, que deverá ser pintado de branco ou cinza, de acordo com o site americano GM Authority.
A unidade de produção do Chevrolet Cruze
em Lordstown está para ser fechada e, desde que foi inaugurada, em 1966, já montiou mais de 16 milhões de carros, entre os modelos Impala, Bel Air, Cavalier, Cobalt, entre outros. O fechamento da fábrica faz parte do plano de reestruturação da GM que prevê economizar US$ 6 milhões até o fim de 2020.
Entretanto, da fábrica do Chevrolet Cruze, na província de Santa Fe, na Argentina continua normalmente. O modelo médio se mantém vendido no Brasil, na linha 2019, com algumas novidades, como a versão especial Black Bow Tie e um pacote de equipamentos que pode incluir acesso à internet via conexão 4G.
Entre outros equipamentos, a versão série Black Bow Tie
vem com câmera de ré, sensor de estacionamento, ré com sensor de estacionamento, multimídia MyLink A compatível com Android Auto e Apple CarPlay e o sistema de telemática OnStar entre os itens de série.
Além disso, o carro conta com controle de estabilidade (ESP), direção elétrica, sistema de monitoramento da pressão dos pneus, entre outros itens. O modelo também pode ser equipado com o sistema de som premium da JBL especialmente projetado para o veículo, assim como outros acessórios já disponíveis. O motor é o 1.4, turbo, de 153 cv e 24,5 gfm de força, que funciona com câmbio automático, de seis marchas.
Chevrolet Volt também sai de linha nos EUA
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O Volt foi o primeiro elétrico da GM vendido em larga escala. Assim como o Chevrolet Cruze, sai de linha nos EUA
Além do Chevrolet Cruze, outro carro da GM que deixa de ser produzido nos Estados Unidos é o elétrico Volt
, também conforme o previsto em novembro de 2018. O carro foi o primeiro carro do gênero da marca a ser vendido nas lojas em larga escala. Algumas unidades chegaram a desembarcar no Brasil, mas apenas para demonstração.
O carro era bem mais pesado que o ideal para um modelo elétrico, o que atrapalha bastante na eficiência e impl;ica em uma autonomia menor que o ideal. Para minimizar esse problema, o Volt vinha com um motor a combustão, de 160 cv, movido a gasolina, que funcionava apenas como gerador, sem tracionar as rodas.
O Chevrolet Cruze
sai de linha depois do Volt, modelo da GM maior que o Bolt, bem menor, moderno e eficiente. O novo modelo está com chegada confirmada, mas sem data definida. Vai custar R$ 175 mil como um dos poucos carros elétricos vendidos oficialmente no Brasil. O hatch 100% elétrico que é alimentado por baterias de 60 kwh. Elas dão uma autonomia, com carga completa, de 380 quilômetros.
Ainda bem cedo, os competidores se dirigem à largada. A temperatura esteve próxima do zero
Neste último fim de semana fui até o Rio Grande do Sul acompanhar a terceira etapa do Campeonato Brasileiro de Rally de Regularidade Histórica , promovido pela Federação Brasileira de Veículos Antigos – FBVA. A etapa chama-se Rally dos Vinhedos e é organizada pelo Veteran Car Club dos Vinhedos , sediado no município de Bento Gonçalves , na Serra Gaúcha.
Só o fato de estar em uma região tão bela, tão bem dotada pela natureza, já vale qualquer dificuldade em chegar, visto que fica no extremo sul do país, região que é bem conhecida pelas baixas temperaturas , especialmente no inverno. Mas é justamente isso que faz do lugar um destino tão desejado.
O Rally dos Vinhedos está comemorando sua décima edição, reunindo 129 veículos antigos e clássicos para um passeio cronometrado pelas estradas da região, passando por municípios como Bento Gonçalves, Garibaldi, Carlos Barbosa, Pinto Bandeira e Santa Tereza. O mais interessante foi a participação de 13 intrépidos pilotos de motonetas clássicas , que enfrentaram a temperatura de quase zero grau no momento da largada.
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As motonetas cruzaram alguns centros urbanos durante o percurso
E mais, diferentemente dos automóveis, que têm um piloto e um navegador, que além de lhe fornecer a velocidade ideal para cada trecho também indica o caminho a ser seguido, no scooter o piloto faz sozinho todos os trabalhos.
Claro, sendo um rally de veículos antigos , essas motonetas, que atualmente são conhecidas por scooters , são de época, de um tempo quando ainda não tinham esse apelido.
Dos 13 participantes, 11 deles pilotavam Vespa nacionais dos anos 80, que eram fabricadas em Manaus, AM, pela Piaggio . Os outros dois pilotavam Lambretta Li 150 , fabricadas nos anos 60. Vespa e Lambretta eram (e são) eternos rivais nesse segmento dos veículos de duas rodas.
Um rally de regularidade , que também pode ser chamado de passeio cronometrado, avalia a capacidade do piloto em manter as médias de velocidade pré-estabelecidas, que figuram na planilha com o roteiro. Quanto mais próximo o tempo de passagem pelos vários pontos de controle distribuídos pelo percurso, menos pontos o participante perde. No final, quem perder menos pontos, de acordo com um regulamento complexo, vence a prova.
Entre as motonetas, o vencedor foi André Sain, de Bento Gonçalves, pilotando (e navegando) a Vespa PX 200 1986 de número 21. André teve 78 pontos perdidos nessa etapa.
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O vencedor André Sain, com sua Vespa PX 200 1986
Em segundo lugar chegou Daniel Orso, também de Bento Gonçalves, com a Vespa PX 200 Elestart 1987 de número 24, com 84 pontos perdidos. Em terceiro lugar ficou Rodrigo Nenini, de Garibaldi, com a Vespa PX 200 1986 de número 22, com 123 pontos perdidos.
Brasília LS 1980 é um dos modelos históricos da Volkswagen no Brasil
A Volkswagen tem uma história muito interessante. Como sabemos, ela começou na Alemanha da década de 30 produzindo aquele que seria um dos carros mais icônicos do planeta: o Fusca. Naquela época, Ferdinand Porsche criou a ideia de um motor boxer com refrigeração a óleo e manutenção muito simples.
Após o final da Segunda Guerra Mundial, a marca retomou a produção do besouro e, na década seguinte, percebeu que o seu público consumidor buscava algo diferente. Na metade dos anos 50, nasceu o Karmann-Ghia , o modelo com linhas clássicas e esportivas utilizando a mesma mecânica confiável.
Na década seguinte, a Volkswagen ampliou a sua gama de modelos com versões diferentes. No Brasil, a grande mudança ocorreu nos anos 70 quando a matriz deu liberdade para que as suas filiais criassem modelos diferentes de acordo com o público consumidor. O Brasil foi um deles e a genialidade e capacidade de nossos projetistas marcou a história.
Nesse sentido, nasceu o Brasília, em 1973. O projeto da equipe de Márcio Piancastelli conseguiu sanar os problemas clássicos do Fusca e aprimorar a ideia desse projeto tão versátil. Nascia ali um modelo que agradou em cheio o consumidor, trazendo resistência e um estilo muito marcante para as famílias brasileiras.
O modelo comemorou 50 anos este ano com muita festa por parte da montadora. Algumas de suas versões chamaram atenção, trazendo mais acessórios e mais equipamentos. É o caso desse exemplar LS , de 1980, que pertence a Leandro Coelho , mecânico e que também possui um canal popular no YouTube .
O exemplar está extremamente bem conservado com todas as características originais da época. Os destaques vão para o lavador elétrico do vidro, frisos laterais e o interior monocromático. Os bancos com encosto de cabeça também fazem parte desse pacote juntamente com o motor de 1.584 cm³ cilindrada.
Dirigir o Brasília é uma grande satisfação. Realmente o acerto do projeto em relação ao Fusca é notável. Vale destacar a sua estabilidade, o conforto dos assentos e a mesma simplicidade mecânica que acompanhou toda essa história fantástica desses 70 anos da Volkswagen no Brasil .