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Agronegócio

Conab eleva previsão da safra de soja do Brasil: 162,4 milhões de toneladas

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Apesar da redução no total da safra de grãos, a safra de soja do Brasil 2023/24 foi estimada nesta quinta-feira (09.11) em 162,4 milhões de toneladas pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), com aumento de 400 mil toneladas em relação ao volume previsto no mês passado.

O total estimado para a produção da oleaginosa representa um crescimento de 5,1% frente à safra anterior, a partir de aumento de 2,8% na área plantada, para 45,29 milhões de hectares, e maiores produtividades na comparação anual, segundo a companhia estatal.

O ligeiro ajuste na expectativa de produção ocorre após a Conab elevar a previsão de área plantada em pouco mais de 100 mil hectares.

O aumento da previsão surpreendeu produtores, em momento em que o plantio tem dificuldades para avançar no Centro-Oeste brasileiro, devido à falta de chuvas e calor intenso.

Endrigo Dalcin, um produtor da região de Nova Xavantina (MT), disse ter achado a nova projeção da Conab exagerada. Ele conta que o plantio está parado em sua região por causa da falta de chuvas, e estima que a produção do Brasil não passará de 154 milhões de toneladas no ciclo 2023/24.

Marcos da Rosa, produtor de Canarana (MT), disse que a falta de chuvas vem ocasionando o replantio em certas áreas e que chove pouco e de maneira localizada em sua região.

Apesar de ter elevado a projeção de produção, a Conab citou problemas de atraso no plantio, os quais já vêm sendo relatados pelo setor e analistas privados, que já não veem uma safra com o mesmo potencial devido, principalmente, às precipitações irregulares nas regiões produtoras. Eles ponderaram que é cedo para falar em quebra.

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“Em Mato Grosso, as chuvas irregulares e as altas temperaturas chegaram a interromper o plantio em diversas regiões, e em algumas áreas será necessário o replantio. Já na região sul, o excesso de precipitações atrasa a implantação da cultura, além de prejudicar o estabelecimento inicial da soja”, afirmou o relatório da estatal.

Nas demais regiões, o plantio acompanha a ocorrência das chuvas. “Essa instabilidade climática é comum em anos de El Niño, como o atual”, pontuou.

Segundo o analista econômico da cooperativa de crédito Sicredi, Filipe Kalikoski, diante do cenário atual de plantio atrasado e da irregularidade climática, as projeções internas da instituição apontam para uma safra mais próxima de 161,5 milhões de toneladas, “sendo menos provável o cenário de pleno atingimento do potencial produtivo no Brasil, com menores chances de surpresas para uma ‘super safra’, tal qual o observado em 22/23”.

Ele disse que em novembro há previsão de chuvas suficientes na segunda quinzena do mês no centro-norte, “o que deve fazer com que o plantio de soja ganhe força e a safra ainda tenha um desempenho satisfatório”.

“No entanto, caso as chuvas previstas para novembro e início de dezembro não se concretizem, podemos ver reduções mais significativas nas projeções da safra de soja, o que faz com que novembro seja um mês decisivo para a safra de soja nacional”, concluiu.

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No caso do milho, a Conab estimou a produção total em 119,1 milhões de toneladas, contra 119,4 milhões de toneladas previstas anteriormente, marcando uma redução de 9,6% na safra em comparação com o recorde do ciclo anterior.

O maior volume do cereal produzido no Brasil, entretanto, ocorre na segunda safra, com plantio somente no início de 2024. A Conab manteve praticamente estável a projeção da segunda safra, em 91,2 milhões de toneladas, versus 102,2 da temporada recorde do ano anterior.

“Vemos um cenário que merece bastante atenção”, disse o analista do Sicredi, citando que a Conab já trabalha com previsões menores para a safra de milho ante o ano passado, algo que pode ainda ser revisto por conta do plantio de soja atrasado, o que impacta a janela ideal do cereal.

Em relação ao trigo, o levantamento da Conab apontou uma safra de 9,6 milhões de toneladas, revisando para baixo a estimativa de outubro de 10,46 milhões de toneladas, devido ao clima chuvoso no Sul, que afeta a qualidade e a produtividade.

“Na nossa visão, os próximos levantamentos da Conab continuarão com revisões de baixa nesse dado. Nossas projeções no Sicredi apontam para uma safra mais próxima dos 9 mmt do que dos 9,6 mmt estimados atualmente pela Conab”, afirmou (Reuters, 9/11/23)

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

PL isenta de IPI na compra de equipamentos para agricultores familiares

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A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 2618/23, que propõe a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para bens utilizados na agricultura de famílias cadastradas no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

Essa isenção do IPI englobará veículos de carga, máquinas e equipamentos agrícolas. O benefício, contudo, poderá ser aplicado apenas uma vez a cada três anos, exceto em situações de destruição total, furto ou roubo, nas quais o benefício poderá ser utilizado novamente. Caso haja a venda do bem antes desse prazo de três anos, o imposto deverá ser recolhido.

O relator do projeto, deputado Albuquerque, recomendou a aprovação do texto, destacando a importância da agricultura familiar para o país ao garantir segurança alimentar, preservação ambiental e estimular as comunidades rurais.

O autor da proposta, deputado Pompeo de Mattos, ressaltou a necessidade de incentivar a profissionalização e a adoção de tecnologias na agricultura familiar para promover o desenvolvimento sustentável e o sucesso econômico dos agricultores.

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O projeto segue agora para análise nas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania, em tramitação que poderá ser conclusiva.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Queijo Minas é candidato a Patrimônio Imaterial da Humanidade

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O Queijo Minas, uma tradição culinária e cultural de Minas Gerais, é candidato ao título de Patrimônio Imaterial da Humanidade da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultural (Unesco). O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) deu início ao processo de análise dessa candidatura em 2020, e desde então vem realizando esforços entre produtores, pesquisadores e entidades governamentais para aprimorar e conquistar o reconhecimento do produto.

Fabricado há mais de 300 anos sempre seguindo a mesma receita, o Queijo Minas é um produto de leite cru, com sabor suave e textura macia, consumido fresco ou curado. A produção artesanal é passada de geração em geração em várias regiões do estado, representando um símbolo da cultura mineira.

A arte da produção envolve técnicas tradicionais, desde a ordenha do leite até a maturação do queijo, exigindo habilidade, experiência e dedicação dos produtores. Essa candidatura tem o intuito de valorizar essa tradição, promover o desenvolvimento sustentável das comunidades produtoras e incentivar a preservação da biodiversidade e do meio ambiente.

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A candidatura do Queijo Minas a Patrimônio Imaterial da Humanidade representa uma oportunidade de valorizar e proteger essa tradição gastronômica e cultural, além de promover o desenvolvimento sustentável das comunidades produtoras. A candidatura também busca incentivar a preservação da biodiversidade e do meio ambiente, uma vez que a produção do queijo está diretamente ligada à manutenção de sistemas agroflorestais e ao uso responsável dos recursos naturais.

Fonte: Pensar Agro

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