Seat El-Born será atração do Salão de Genebra 2019. Conceito é bem próximo do modelo de produção
A marca espanhola Seat, uma das subdivisões do Grupo Volkswagen na Europa, acaba de revelar seu novo conceito elétrico para o Salão de Genebra 2019 (Suíça) que começa no próximo dia 7. Feito sob a plataforma MEB, o el-Born antecipa o novo hatch elétrico da VW, que será revelado em meados do segundo semestre, durante o Salão de Frankfurt (Alemanha).
Apesar de se encaixar como um conceito, o modelo da Seat que será mostrado no Salão de Genebra 2019
é bem parecido com o modelo que sairá da linha de produção. De acordo com a fabricante, o el-Born
é capaz de percorrer até 420 km com a energia derivada de sua bateria de 62 kWh. Com motor de 200 cv, a aceleração de 0 a 100 km/h fica na casa dos 7,5 segundos. Há grandes chances do futuro hatch elétrico da VW utilizar a mesma motorização.
O modelo é compatível com os principais terminais de recarga rápida disponibilizados na Europa. Ou seja, com a bateria esgotada, o proprietário poderá carregá-lo até 80% em apenas 47 minutos. O conceito surge montado em grandes rodas aro 20 com design de turbina que, de acordo com a Seat, colaboram para a eficiência aerodinâmica.
Entre os equipamentos de conveniência, o el-Born inclui sistema de gerenciamento térmico que pode reduzir o consumo da bateria por parte de ar-condicionado, rádio e outros recursos elétricos. Dessa forma, é possível ganhar mais 60 km de autonomia por meio do resfriamento do módulo. Certamente, um item que será muito apreciado em países frios como a Noruega, onde o mercado de carros elétricos está previsto para crescer 40% em 2019.
A plataforma MEB que também irá equipar o hatch elétrico da VW tem a característica de maximizar o espaço interno. Julgando pelo design conservador e minimalista do Seat el-Born, podemos dizer que o modelo de produção herdará a maioria dos elementos estéticos do conceito. Destaque para o sistema multimídia de dez polegadas com diversas conectividades.
Além dos recursos elétricos, o primeiro modelo elétrico da Seat também terá nível dois de condução semi-autônoma, com assistente de estacionamento capaz de fazer balizas e parar em vagas perpendiculares.
Futuro hatchback elétrico da Volkswagen será lançado no fim do ano, matando versões do Golf
O futuro elétrico da VW
já deu as caras na África do Sul há alguns meses, com camuflagem pesada. Ainda que seu nome seja desconhecido, o site Autoevolution apurou com fontes ligadas à marca que poderá se chamar Neo, e chegará às lojas ainda em 2019. Por questões de mercado, a Volkswagen irá descontinuar o e-Golf (versão elétrica do hatchback) para não canibalizar suas vendas com o novo compacto.
Antecipado pelo el-Born no Salão de Genebra 2019
e previsto para ser mostrado em Frankfurt, será o primeiro integrante de uma família de elétricos que terá SUVs, sedã médio e a nova Kombi. A chegada de novos modelos do gênero, entre outros motivos, tem sido motivada pelos incentivos fiscais para modelos elétricos na Europa, onde os carros movidos a combustão tendem a desaparecer gradativamente.
Ainda bem cedo, os competidores se dirigem à largada. A temperatura esteve próxima do zero
Neste último fim de semana fui até o Rio Grande do Sul acompanhar a terceira etapa do Campeonato Brasileiro de Rally de Regularidade Histórica , promovido pela Federação Brasileira de Veículos Antigos – FBVA. A etapa chama-se Rally dos Vinhedos e é organizada pelo Veteran Car Club dos Vinhedos , sediado no município de Bento Gonçalves , na Serra Gaúcha.
Só o fato de estar em uma região tão bela, tão bem dotada pela natureza, já vale qualquer dificuldade em chegar, visto que fica no extremo sul do país, região que é bem conhecida pelas baixas temperaturas , especialmente no inverno. Mas é justamente isso que faz do lugar um destino tão desejado.
O Rally dos Vinhedos está comemorando sua décima edição, reunindo 129 veículos antigos e clássicos para um passeio cronometrado pelas estradas da região, passando por municípios como Bento Gonçalves, Garibaldi, Carlos Barbosa, Pinto Bandeira e Santa Tereza. O mais interessante foi a participação de 13 intrépidos pilotos de motonetas clássicas , que enfrentaram a temperatura de quase zero grau no momento da largada.
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As motonetas cruzaram alguns centros urbanos durante o percurso
E mais, diferentemente dos automóveis, que têm um piloto e um navegador, que além de lhe fornecer a velocidade ideal para cada trecho também indica o caminho a ser seguido, no scooter o piloto faz sozinho todos os trabalhos.
Claro, sendo um rally de veículos antigos , essas motonetas, que atualmente são conhecidas por scooters , são de época, de um tempo quando ainda não tinham esse apelido.
Dos 13 participantes, 11 deles pilotavam Vespa nacionais dos anos 80, que eram fabricadas em Manaus, AM, pela Piaggio . Os outros dois pilotavam Lambretta Li 150 , fabricadas nos anos 60. Vespa e Lambretta eram (e são) eternos rivais nesse segmento dos veículos de duas rodas.
Um rally de regularidade , que também pode ser chamado de passeio cronometrado, avalia a capacidade do piloto em manter as médias de velocidade pré-estabelecidas, que figuram na planilha com o roteiro. Quanto mais próximo o tempo de passagem pelos vários pontos de controle distribuídos pelo percurso, menos pontos o participante perde. No final, quem perder menos pontos, de acordo com um regulamento complexo, vence a prova.
Entre as motonetas, o vencedor foi André Sain, de Bento Gonçalves, pilotando (e navegando) a Vespa PX 200 1986 de número 21. André teve 78 pontos perdidos nessa etapa.
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O vencedor André Sain, com sua Vespa PX 200 1986
Em segundo lugar chegou Daniel Orso, também de Bento Gonçalves, com a Vespa PX 200 Elestart 1987 de número 24, com 84 pontos perdidos. Em terceiro lugar ficou Rodrigo Nenini, de Garibaldi, com a Vespa PX 200 1986 de número 22, com 123 pontos perdidos.
Brasília LS 1980 é um dos modelos históricos da Volkswagen no Brasil
A Volkswagen tem uma história muito interessante. Como sabemos, ela começou na Alemanha da década de 30 produzindo aquele que seria um dos carros mais icônicos do planeta: o Fusca. Naquela época, Ferdinand Porsche criou a ideia de um motor boxer com refrigeração a óleo e manutenção muito simples.
Após o final da Segunda Guerra Mundial, a marca retomou a produção do besouro e, na década seguinte, percebeu que o seu público consumidor buscava algo diferente. Na metade dos anos 50, nasceu o Karmann-Ghia , o modelo com linhas clássicas e esportivas utilizando a mesma mecânica confiável.
Na década seguinte, a Volkswagen ampliou a sua gama de modelos com versões diferentes. No Brasil, a grande mudança ocorreu nos anos 70 quando a matriz deu liberdade para que as suas filiais criassem modelos diferentes de acordo com o público consumidor. O Brasil foi um deles e a genialidade e capacidade de nossos projetistas marcou a história.
Nesse sentido, nasceu o Brasília, em 1973. O projeto da equipe de Márcio Piancastelli conseguiu sanar os problemas clássicos do Fusca e aprimorar a ideia desse projeto tão versátil. Nascia ali um modelo que agradou em cheio o consumidor, trazendo resistência e um estilo muito marcante para as famílias brasileiras.
O modelo comemorou 50 anos este ano com muita festa por parte da montadora. Algumas de suas versões chamaram atenção, trazendo mais acessórios e mais equipamentos. É o caso desse exemplar LS , de 1980, que pertence a Leandro Coelho , mecânico e que também possui um canal popular no YouTube .
O exemplar está extremamente bem conservado com todas as características originais da época. Os destaques vão para o lavador elétrico do vidro, frisos laterais e o interior monocromático. Os bancos com encosto de cabeça também fazem parte desse pacote juntamente com o motor de 1.584 cm³ cilindrada.
Dirigir o Brasília é uma grande satisfação. Realmente o acerto do projeto em relação ao Fusca é notável. Vale destacar a sua estabilidade, o conforto dos assentos e a mesma simplicidade mecânica que acompanhou toda essa história fantástica desses 70 anos da Volkswagen no Brasil .