Apesar de ter menos peças móveis, especificidades dos modelos elétricos podem custar caro
Como os motores são bem mais reduzidos de partes móveis, e não têm a necessidade de utilizar fluidos, a manutenção de carros elétricos é mais simples e, consequentemente, mais em conta que a de um modelo a combustão.
Ainda assim, uma pesquisa realizada pela CCC Information Services nos Estados Unidos revelou que os custos para uma seguradora reparar um veículo elétrico pode ser muito maior do que os de um veículo tradicional a combustão.
De fato, os custos de manutenção mais comuns — como os citados acima — são mais baratos. Entretanto, em caso de colisões, a história é bem diferente.
A pesquisa exemplifica: Um pequeno dano na dianteira em um modelo elétrico de uma marca “não luxuosa” custa US$ 4.041 (R$ 21.833) para ser reparado, cerca de 27% mais caro que um modelo a combustão convencional.
Em casos de SUVs médios de marcas luxuosas , o custo chega a US$ 8.037 (R$ 43.423), um valor 53% maior do que em casos de modelos a combustão similares. Entretanto, a comparação não é 100% real, pois serve mais para ter uma noção do momento da indústria e do setor de seguros . Isso porque, segundo a própria CCC, o mercado de elétricos ainda é muito novo, e as informações podem sofrer impactos por conta disso.
Guilherme Menezes/ iG Carros
Renault Kwid elétrico se parece bastante com o modelo a combustão e tem menos partes móveis
“A dificuldade [para tirar conclusões] é encontrar comparações corretas. A maior parte dos elétricos nas ruas dos Estados Unidos são Teslas, que não tem versões a combustão para ser comparadas” Declarou Susanna Gotsch, analista de indústria na CCC.
A adoção de modelos como a Ford F-150 Lightning, equivalente 100% elétrico da F-150, a Chevrolet Silverado e a variante Silverado EV e os modelos X1 e X3 da BMW, todos com versões elétricas e a combustão — e, no caso do Brasil, com Kwid e Kwid E-tech — são casos para serem analisados para a comparação ideal e mais fiel.
A pesquisa aponta alguns fatores que fazem o custo de reparo de carros elétricos ser mais alto:
1 – Estrutura: As oficinas estão realizando investimentos em equipamentos e treinamentos para trabalhar em carros elétricos, o que além de tempo para aprender e se acostumar com o novo “material”, leva um custo, que será repassado para o consumidor.
2 – Sensores: Cada vez os carros possuem mais sensores de direção autônoma, ou auxílio à direção. No caso dos carros elétricos, o relatório diz que eles estão posicionados em áreas que sofrem mais impactos em colisões, como para-choques e espelhos retrovisores, e o custo para a substituição é elevado.
3 – Baterias: Além de serem as grandes vilãs dos elevados custos, tentar compensar seu peso e deixá-las seguras em casos de colisão demanda a utilização de aço de alta resistência, peso baixo, mas sua substituição tem um preço elevado.
Além disso, para realizar a pintura, leva mais tempo em carros elétricos, já que, segundo a pesquisa, é necessário retirar as baterias e re-instalar depois da pintura.
A VW Caravelle das fotos pertenceu e está sendo oferecida à venda através da casa de leilões Silverstone Auctions
A casa de leilões inglesa Silverstone Auctions anunciou que vai leiloar , o Volkswagen Caravelle GL 112 de 1988 que pertenceu ninguém mais, ninguém menos que o professor Stephen Hawking, considerado um dos mais renomados cientistas do século.
Hawking nasceu em uma família de médicos, ele recebeu um bacharelado em física no University College em Oxford. Pouco tempo depois, ele se formou no Trinity Hall em Cambridge, onde fez doutorado em matemática aplicada e física teórica.
Em 1963, o físico teórico foi diagnosticado com uma forma de doença do neurônio motora, que gradualmente espalhou por todo o corpo de Stephen e, apesar das limitações, ele continuou em seu trabalho tornando-se um autor de best-sellers.
Comprado zero-quilômetro por Hawking em junho de 1988, o Caravelle das fotos foi usado em seu casamento em 1995 e com a condição de Hawking se deteriorando, em 1999, o veículo foi passado para os parentes do professor em 1999.
O irmão de Hawking cuidou e guardou a van em um estacionamento subterrâneo. Repintada há alguns anos, este veículo pode ser considerado um elemento significativo da vida posterior de Stephen Hawking , herdado em 2003 pelo sobrinho do estudioso.
O Caravelle está sendo oferecido pela Silverstone Auctions sem lances de reserva, e certamente desencadeará uma guerra entre os participantes não só pela brilhante carreira de um físico teórico e cosmólogo britânico, reconhecido internacionalmente por sua contribuição à ciência, mas também pelo veículo em si.
O Volkswagen Caravelle GL 112 de 1988 é equipado originalmente com motor boxer de 2,1 litros de 113 cv acoplado a uma caixa de câmbio automático, de três marchas. Usado como transporte pessoal de Hawking por uma década, o carro conta com apenas 90.000 milhas, o que dá 144.840 km.
No Brasil, o modelo teve uma passagem curta através de suas variantes Eurovan , uma versão mais simples e a Caravelle , a mais luxuosa e as importações começaram em 1998 como uma opção mais cara a nossa boa e “Velha Senhora”, a Kombi . O fim da importação ocorreu em 2001 e a versão brasileira continuou reinando sozinha no segmento de vans.
Audi Q3: Modelo de mostra versátil, com conforto, tecnologias e bom desempenho
Faz alguns anos que o mercado de SUVs iniciou uma ascensão notável nos rankings brasileiros de emplacamentos. Depois da pandemia e das últimas crises, o valor agregado dos automóveis subiu, decorrente do encarecimento dos custos de produção e da diminuição da oferta no mercado.
Em meio a tudo isso, vemos demandas maiores no segmento premium, que, inclusive, faz sucesso também com os SUVs com ares de cupê. Esse cenário motivou a Audi a prosseguir com a reinauguração da fábrica no Brasil, em São José dos Pinhais (PR). Por lá, são feitos os novos Q3 Sportback (que representa 70% do mix, segundo a marca) e o Q3 tradicional, que é o carro dos nossos testes.
Como se sai no dia a dia? A unidade testada é a versão topo de linha Performance Black , que sai por R$ 315.990. Entre os destaques, vemos a presença do pacote S-Line , que adiciona bancos de couro com Alcântara e volante com base plana e rodas de 19 polegadas.
Na lista de opcionais , há o piloto automático adaptativo com funções de assistência em congestionamento, aviso de saída de faixa, sistema de som Sonos 3D com 15 alto-falantes e subwoofer, que entrega 680W de potência.
Tivemos a oportunidade de entender se há diferenças entre o nacional e o anterior, que era da mesma geração, mas importado da Hungria. A resposta é que, com exceção a um item, não há diferenças.
Isso se explica pelo fato de que sua produção é baseada no regime SKD (Semi Knock-Down), que consiste na chegada dos componentes individualmente, mas já montados por completo. No Brasil, são reunidos no carro para, assim, um novo Q3 nacional ficar pronto.
Duas vantagens dessa estratégia são a redução de custos de produção, ao mesmo tempo que fica mais fácil manter o padrão de qualidade.
Qual é a única diferença que observamos do Q3 húngaro para o nacional? A ausência do carregador por indução. Antes mesmo de notarmos isso, a própria equipe da Audi destacou esse ponto, logo que nos concederam o carro para teste.
Conforme apuramos com eles, isso se deve à escassez de suprimentos que a indústria enfrenta, mas que, futuramente, o item deverá retornar.
O SUV é equipado apenas com motor 2.0 turbo, de 231 cv e 34,7 kgfm de torque a 1.700 rpm, que funciona com tração integral. Pelo o que notamos durante os nossos testes, o modelo deixou claro que tem desempenho convincente e faz jus até para os que apreciam mais desempenho.
Não é por menos, uma vez que acelera de 0 a 100 km/h feita em 7 segundos e chega aos 240 km/h. E, isso, sem abandonar a marca razoável de consumo de combustível. O Q3 faz 8 km/l (cidade) e 10,5 km/l (estrada), segundo o Inmetro.
Outro aspecto que chamou atenção no teste drive foi a boa estabilidade, bem como a agilidade e a rapidez dos principais comandos. O carro atual (seja o húngaro, ou o brasileiro) é, de fato, uma evolução notável do seu antecessor, com sistemas de direção, suspensão e freios sempre precisos.
Fora os itens que já mencionamos, todo o Audi Q3 traz o painel de instrumentos com tela digital 10,25”, ar-condicionado de duas zonas, porta-malas com abertura e fechamento elétrico com sistema hands-free , chave presencial para acesso e partida, luz ambiente , retrovisores elétricos e rebatíveis automaticamente, bem como teto solar elétrico panorâmico, oferecido como opcional.
As linhas afiladas do carro, tanto fora quanto dentro, transmitem a ideia do carro “afiado” que realmente é. Além disso, ponto positivo para a escolha dos acabamentos, que são sensíveis ao toque em todo o carro.
A posição ao dirigir pode ser a que você quiser, com inúmeras possibilidades de combinação entre altura e profundidade de volante e postura do banco, que tem ajustes elétricos.
O único ponto que poderia ser diferente é a acessibilidade do sistema multimídia . Em nossos testes, não conseguimos ativar a conectividade com o celular via Bluetooth. Se não fosse pelo adaptador USB C cedido pela organização do evento de lançamento, também não teríamos como fazer conexão via cabo.
Conclusão
A versão nacional do Audi Q3 se mostrou versátil, bem equipada e com bom desempenho, deixando claro que se mantém como um dos SUVs médios de luxo recomedáveis hoje em dia.
Mas sentimos falta de alguma eletrificação no modelo, algo que vem se tornando um item importante no segmento, no qual um itens essencias tem sido a questão da eficiência energética.
Preços da linha Q3
Q3 Prestige quattro 2.0 TFSI R$ 273.990
Q3 Performance quattro 2.0 TFSI R$ 290.990
Q3 Performance Black quattro 2.0 TFSI R$ 315.990
Q3 Sportback Performance quattro 2.0 TFSI R$ 315.990
Q3 Sportback Performance Black quattro 2.0 TFSI R$ 339.990
Ficha técnica Audi Q3
Motor: 2.0 TFSI, 231 cv e 34,7 kgfm
Câmbio: automático, 8 marchas, tração 4×4
Direção: elétrica
Suspensão: McPherson (diant) e múltiplos braços (tras)