Quando pensamos em corredor, logo vem à mente apenas um espaço para passagem. Geralmente esquecido no momento da decoração, que tal destacar esse conector de espaços, aproveitando melhor esse local e alinhando estética e funcionalidade?
O primeiro ponto a ser avaliado é seu tamanho. Atualmente, os corredores que interligam as áreas sociais da casa
(sala, cozinha e terraço) à área íntima (dormitórios), possuem, em média, 90cm de largura, o que dificulta a colocação de qualquer tipo de mobiliário para que não afete o fluxo. Nessa situação, trabalhar a decoração nas paredes é fundamental com a utilização, por exemplo, de quadros ou painel de fotos. Essa ideia ajuda a trazer identidade ao espaço. Utilizar molduras com pouca espessura ou simplesmente eliminá-la auxiliará a dar um toque mais leve.
Se o corredor da casa for escuro, adicione uma boa dose de iluminação. Multiplique os pontos de luminárias – executar forro é uma excelente alternativa para melhorar a distribuição dos spots e/plafons e de abusar de luz indireta, como sancas de gesso. Arandelas e balizadores também auxiliam. Porém, elas demarcam o caminho, não iluminando o ambiente como um todo.
A sensação de aperto, mesmo em corredores com larguras maiores, é sempre uma questão a ser abordada. Invista em espelho alinhada à iluminação – esses dois fatores juntos provocam uma união quase imbatível, trazendo sensação de amplitude ao espaço.
Prateleiras estreitas, no estilo canaleta, são excelentes. Elas possuem no máximo 12cm de profundidade e você pode apoiar quadros, livros (de frente), espelhos e pequenos objetos decorativos.
Atenção:
não recomendamos colocar itens raros ou de coleção, pois um esbarro nessa peça, principalmente se a mesma estiver mal fixada, poderá danificar elementos de grande apego emocional.
Foto reprodução: Pinterest
Canaletas na lateral para apoio de quadros e cor contrastante na porta.
Cores claras ajudam a dar impressão de um espaço mais aberto. Opte por tons neutros e pastéis. Caso seu corredor seja bem largo, pode-se utilizar algum tom mais escuro de destaque, como em um quadro ou em um pequeno trecho, trazendo personalidade. Em vez de pintura, utilize papel de parede com textura de tecido, uma excelente opção para transmitir aconchego ao espaço.
Corredores largos possuem a vantagem de agregar novos espaços como, por exemplo, um home-office, uma biblioteca ou simplesmente um armário – use-o como rouparia (local para guardar itens de cama, mesa e banho).
O uso de passadeira – ou aqueles tapetes específicos para corredores – são outro artifício interessante. Em corredores curtos, ajudam na sensação de alongamento. Se houver uma parede no final, instalar um espelho
ajudará ainda mais na casa
.
O foco sempre é a circulação fluida e, se o espaço permitir, use e abuse de aparadores, nichos, armários e prateleiras.
Dica da Helô
: assim como cuidar das nossas conexões (família, amigos, trabalho) é importante lembra que o corredor é como uma rede que interliga os diversos cômodos. Ela precisa de leveza e harmonia. Invista energia nessas melhorias em casa ou no escritório e, com essa ação, esse espaço trará mais alegria e charme, contagiando todos os outros ambientes.
21 Dias de Ativismo não são suficientes para um país que estupra mulheres e crianças a cada oito minutos
Até o final desse texto, ao menos uma menina ou mulher terá sido estuprada no Brasil. Isso não é sensacionalismo, mas sim, estatística. E das mais alarmantes. Só no primeiro semestre de 2023, foram 34 mil casos registrados de estupro, o que representa um aumento de 15% em comparação com o mesmo período de 2022. E hoje, até o final do dia, aproximadamente quatro mulheres serão mortas em casos de feminicídio — o maior índice desde 2019.
Os dados são do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e reforçam o inegável: o Brasil tem questões estruturais de ódio às mulheres e às meninas. Misoginia e estruturas machistas permeiam historicamente a nossa formação como país e perpetuam cada vez mais rápido em tempos de hiperconexão, exposição digital acelerada e sentimento de impunidade. A situação se agrava quando falamos das pessoas mais vulneráveis. Mulheres negras representam cerca de 62% dos feminicídios, enquanto as crianças são estupradas principalmente dentro de casa, muitas vezes por seus familiares.
É por tudo isso que iniciativas como os 21 dias de Ativismo são mais que necessárias para conscientizar, mobilizar e, potencialmente, combater todos os tipos de agressões que mulheres e meninas sofrem hora após hora, minuto a minuto. A campanha, que globalmente se chama 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres, começou em 1991 com o Instituto de Liderança Global das Mulheres. Atualmente, cerca de 150 países aderem ao movimento com ações nas ruas e nas redes. Por aqui, iniciamos as mobilizações no dia 20 de novembro, como homenagem ao Dia da Consciência Negra, e seguimos até 10 de dezembro, que marca o Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Nós, da Think Olga, somamos aos 21 Dias de Ativismo trazendo mensagens, relatos e ferramentas que podem apoiar as mulheres, o Estado, o setor privado e a sociedade como um todo. Recentemente, por exemplo, mostramos como o medo da violência afeta outras esferas da vida das mulheres.
Em nosso Lab Think Olga Esgotadas, o medo constante de sofrer violência é citado por uma em cada seis entrevistadas como fator de impacto em sua saúde mental. Também trabalhamos com cartilhas de combate ao assédio e à violência e damos visibilidade a espaços de acolhimento e denúncia.
Infelizmente, toda mulher já sofreu, teme sofrer ou conhece alguma outra que já sofreu violência. Andar na rua sozinha de dia e de noite, cortar laços com um parceiro abusivo, ser assediada no transporte público ou ao caminhar em qualquer lugar, não poder deixar sua criança próxima de uma figura masculina… Essas são as realidades que já não podemos tolerar. Esse é o compromisso de mudança que precisamos assumir todos os dias, ativa e profundamente. Porque é sobre mudar uma sociedade cheia de ódio em relação às mulheres. É sobre fortalecer mulheres cheias de traumas. É sobre a vida e a sobrevivência. É sobre vivermos.
Bubble hair: Quais são os riscos e os danos para o cabelo?
Geralmente, usa-se muitas ferramentas para manter o cabelo em ordem, principalmente equipamentos que emitem calor, como secador, chapinha e babyliss. Porém, quando não se é usado um protetor térmico, as madeixas ficam expostas a altas temperaturas durante o uso desses equipamentos, surgindo assim o efeito do “bubble hair”, que acaba formando bolhas de ar que ficam no cabelo por danos térmicos.
Para isso, a cientista e especialista em cabelos, Jackeline Alecrim explica que as fibras capilares contém espaços cheios de ar, chamados vacúolos, e quando as madeixas são lavadas e ficam molhadas e esses espaços acabam sendo preenchidos pela água. “Se secarmos os fios encharcados e sem proteção térmica, isso faz com que a água vaporize e expanda esses vacúolos, formando bolhas de ar dentro dos fios. Dessa forma, os cabelos acabam se tornando mais frágeis, favorecendo a quebra capilar, deixando as madeixas mais ásperas e ressecadas. Ademais, a longo prazo, a saúde do cabelo vai sofrer com muita intensidade.”, explica Jackeline.
Além disso, de acordo com a cientista, nenhum tipo de cabelo escapa dos danos causados pelo calor, e para diminuir o efeito, basta usar protetores térmicos. “Cabelos danificados, quebradiços, com frizz, sem brilho e sem maciez podem ter sido agredidos pelo ‘bubble hair’ sem a pessoa nem ter noção disso”, afirma.
Segundo Jackeline, se o ‘bubble hair’ se forma no fio, não há tratamento. Ou seja, ele é irreversível. Dessa forma, as madeixas irão quebrar sempre que as bolhas se formarem. “Através de uma avaliação capilar, identificamos essa disfunção e elaboramos um cronograma de mudança de hábitos de cuidados capilares que podem ajudar”, aponta.
Porém, a ciência aponta que existem formas eficazes de previnir o efeito. “Quando for usar secador, por exemplo, mantenha-o a uma distância razoável do couro cabeludo e dos fios com uma temperatura não tão elevada. Ainda é essencial investir em protetores térmicos, pois eles formam uma barreira ao redor do fio, permitindo uma secagem externa e protegendo a estrutura interna dos fios”, destaca a especialista.