A 3ª reunião da Câmara Setorial Temática da Cultura (CST) debateu a elaboração da Lei Híbrida da Cultura no Estado de Mato Grosso. Na oportunidade foi apresentada a minuta da lei com sugestões e melhorias no projeto de lei que está sendo elaborado pela equipe técnica da Câmara Setorial.
Na ocasião, também foi discutida a necessidade de maiores investimentos na cultura, como a nova Lei Híbrida, com objetivo de garantir mais recursos. Outro ponto abordado foi a possibilidade de parcerias com as empresas privadas, além da busca de meios de incentivos às classes culturais e apoio aos eventos.
Dentre os pontos debatidos estão, por exemplo, a revisão das leis de economia criativa; possibilidades de facilidade na captação dos recursos; buscar meios de melhorar a distribuição dos recursos; fortalecimento da cadeia produtiva; e efetivar Plano Estadual do Livro.
“A Lei de 2016 trata basicamente do Fundo Estadual de Cultura, que é quando o Estado aloca recursos e implanta na cultura. O que estamos propondo agora é uma grande lei orgânica de cultura, para a gente sair não somente da parte de financiamento, mas também acompanhar a forma de como implantá-lo, e diversificar essas formas melhorando nossa gestão de prestação de contas com acompanhamento de fiscalização”, disse o secretário adjunto de cultura do Estado de Mato Grosso, Jan Moura.
Para viabilizar e fortalecer acesso à cultura, a CST propõe o fortalecimento da Cultura LGBTQI/Quilombolas e dos povos vulneráveis. Além disso, incentivar os líderes comunitários a serem produtores culturais, buscando meios de facilitar o acesso à cultura local.
“A lei tenta pensar também um pouco da participação social, por exemplo, ela vai ser mais ampla. Vamos sair de uma lei de 2016 que cumpriu seu papel e tem sua importância para outra que atualize as falhas, porque a cultura é muito dinâmica”, falou ele.
“Temos novas ideias que precisamos implantar, inclusive a indústria criativa, que atualmente, não conseguimos dar conta do recado. Hoje ficamos trabalhando muito nas áreas das artes, mas precisamos pensar nas identidades culturais, mercado de trabalho e economia”, aponta o secretário adjunto.
Jan Moura comenta que a lei será mais completa e dará conta dos novos desafios para a cultura no século 21. “Esse projeto está sendo pensado e formado por várias classes da Cultura, como, por exemplo, das pessoas físicas que são os trabalhadores da cultura. Precisamos construir uma lei que dê conta dos grandes problemas, que são o financiamento e, ainda, como ele chega mais eficiente na mão do trabalhador da cultura”, comenta ele.
Para o produtor cultural Vicente Albuquerque, a construção de uma nova política estadual de fomento da cultura e da economia criativa para o Estado vai poder diversificar as fontes de recursos do Sistema Estadual de Cultura e também regulamentar investimentos de programas e projetos culturais.
“A lei será mais completa e dará conta dos novos desafios para a cultura no século 21. Esse projeto está sendo pensado e formado por várias classes da Cultura, como por exemplo, das pessoas físicas que são os trabalhadores da cultura. Precisamos construir uma Lei que dê conta dos grandes problemas, que são, o financiamento e, como ele chega mais eficiente na mão do trabalhador da cultura”, colocou ele.
O produtor cultural Vicente de Albuquerque destacou que com a nova lei a indústria criativa vai ter uma maior representatividade no novo projeto. “A cadeia produtiva vai receber inúmeros benefícios, principalmente, por causar o protagonismo e a independência dos processos criativos dentro do mercado de trabalho”, disse ele.
“Entendo que produtores e indústrias com ideias criativas, precisam ter uma força de fomento que potencializem a sua incubação. A partir do momento que essa nova lei garanta que haja independência e autonomia, vamos conseguir multiplicar e garantir um mercado de trabalho sustentável”, lembrou ele.
“A indústria criativa é um setor voltado para a formação de produtos culturais, como, as músicas, artes visuais e questões digitais. Todos esses processos que são baseados da manifestação das ideias culturais estão voltados para indústria criativa”, complementou Albuquerque.
Os deputados estaduais de Mato Grosso, em sessão ordinária nesta quarta-feira (29), derrubaram cinco vetos do governador Mauro Mendes (União), a projetos aprovados na Casa de Leis. Foram três sessões ordinárias para votar os vetos e projetos em tramitação no plenário da Assembleia Legislativa. Os parlamentares derrubaram os vetos 64/2023, 101/2023, 67/2023, 71/2023 e o veto 106/2023. Só no PLDO foram derrubados outros quatro vetos apostos.
O Veto 106/2023, veto parcial aposto ao Projeto de Lei 1399/2023, que dispõe sobre as diretrizes para a elaboração da Lei Orçamentária de 2024 e dá outras providências, de autoria do Executivo, teve a votação de dez vetos apostos, relacionados a emendas e parágrafos.
Dos dez vetos apostos ao PL 1399/2023, os deputados derrubaram quatro vetos, sendo o veto 3, veto ao artigo 30, parágrafo único, que diz que “emendas parlamentares Impositivas não serão contabilizadas no limite estabelecido no caput ”, o veto 6, que trata da programação de despesas no Projeto de Lei Orçamentária para pavimentação asfáltica do trecho da rodovia MT-030, que liga o Município de Cuiabá ao Município de Chapada dos Guimarães.
O veto 7, que prevê programações orçamentárias para viabilizar a implantação de uma unidade de Medicina Legal (IML) no Município de Várzea Grande e o veto 8, que trata das “iniciativas voltadas ao Fortalecimento da Rede de Atenção Psicossocial e de Qualificação dos Servidores em saúde mental, constantes na Ação 2520, Subseção 2, Etapa III, deverão constar dentre as prioridades da área de Saúde, integrantes do Anexo de Metas e Prioridades”.
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (União), num balanço das sessões ordinárias, falou sobre a derrubada de vetos pelos deputados. “São vetos importantes que foram derrubados, que não têm nem sentido vetar. “A MT-030 é muito importante, ela é uma rodovia que já está na cabeça de todos os cuiabanos, de todos os chapadenses, de todos que moram nessa região como uma alternativa importante para essa rodovia que está totalmente congestionada que é a Emanuel Pinheiro, Cuiabá-Chapada”, disse Botelho.
“O deputado Nininho colocou, a Assembleia aprovou, teve o apoio de todo mundo, o governo vetou e a Assembleia derrubou o veto. E o IML de Várzea Grande é uma reivindicação antiga, as pessoas de Várzea Grande sofrem com isso. Então foi uma derrubada de veto também que eu vejo como muito importante, os deputados estão de parabéns porque Várzea Grande merece e a rodovia também, todos os mato-grossenses e cuiabanos merecem”, completou.
A compreensão é prerrogativa para a inclusão e a integração. Pensando nisso, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) aprovou e o Governo do Estado sancionou a Lei 12.336, que institui a Política Estadual de Linguagem Simples e de Direito Visual nos órgãos e nas entidades da administração direta e indireta de Mato Grosso. O instrumento busca promover uma mudança na cultura da comunicação administrativa, tornando as informações mais claras e compreensíveis para toda a população.
Entre os principais objetivos da Lei 12.336 está garantir que todas as pessoas consigam encontrar rapidamente as informações públicas, entendê-las imediatamente e usá-las com facilidade e segurança. A política também deverá romper com a cultura da escrita complexa, garantindo, além do acesso, a transparência e estimulando a participação social e a fiscalização das ações públicas.
Além da escrita, a comunicação compreensível e clara deverá incluir linguagem escrita, audiovisual, verbal e os canais físicos e digitais.
O deputado estadual Max Russi, que apresentou o projeto de lei no Parlamento, defende justamente que a linguagem seja um instrumento para ampliar o acesso e participação da população nos ambientes onde as políticas públicas são pensadas, desenvolvidas e aplicadas.
“É preciso garantir o acesso à informação para que tenhamos uma população mais participativa, fomentando principalmente a inclusão. Esse é um dos nossos principais papéis como agentes políticos: criar mecanismo para facilitar esse acesso. Tenho certeza que essa lei vai ser fundamental para isso”, afirma o primeiro-secretário da Assembleia Legislativa, Max Russi.
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O texto aprovado incluía as diretrizes e as etapas da construção da Linguagem Simples, elaborados com as técnicas de linguagem simples e direito visual. As orientações estão presentes na Lei por meio de um anexo.
Caberá a cada órgão e entidade usar suas dotações consignadas orçamentárias para custear possíveis despesas para a efetivação e implantação da linguagem simples e de direito visual.
Vale lembrar que a mudança de uma cultura é um processo e, como tal, é constante e depende do envolvimento de diferentes áreas e setores para que o resultado seja satisfatório. De acordo com a Política, os órgãos e instituições deverão criar e institucionalizar ações permanentes e núcleos internos de linguagem simples; incorporar a linguagem simples em seu planejamento estratégico e participar de redes e instituições conectadas ao tema da linguagem simples.