Quando foi mãe aos 21 anos, Dainara Pariz se viu diante de vários dilemas. Um deles foi de se sentir jovem demais para a maternidade, mas o principal foi a preocupação em postar a gravidez nas redes sociais. Conhecida por superar três paralisias faciais, a influenciadora, então, tomou a decisão de não expor muito o Kai, seu filho que hoje possui dois anos de idade, indo na contramão de outros influenciadores que chegam até criar conta no Instagram para as crianças. Por esse motivo, a jovem conhecida como Dapariz diz que não vai contar a ele sobre seu trabalho e revela que até hoje o cria de maneira ‘raiz’.
“Quando Kai crescer, não sei se ele vai querer ter uma conta no Instagram ou como ele vai desejar ser mostrado. Sempre vi meu filho como um indivíduo único, não uma extensão de mim. Não vou contar a ele que sou uma pessoa pública, deixarei que descubra por si mesmo. Ele ainda é pequeno demais para entender, chega até a chorar quando as pessoas tiram fotos comigo e fica com ciúmes. Conforme ele crescer, mostrarei o quão legal é o meu trabalho, e se ele demonstrar interesse, vou apoiá-lo integralmente”, diz.
“Eu compartilho as travessuras dele, como quando ele se divertiu brincando em uma poça de água esta semana, e as pessoas adoram. No geral, as pessoas elogiam muito a criação do Kai e têm um carinho sincero por ele. Kai é um furacão, então a maior parte do tempo não consigo filmar, pois estou correndo atrás dele ou preocupada porque ele está escalando alguma coisa”, continua Dainara, que conta com mais de 4 milhões de seguidores no seu Instagram.
Divulgação
Dainara Pariz e o filho Kai
Hoje com 23 anos, a influenciadora afirma que esse tipo de criação adotado por ela traz diversos benefícios, incluindo um ótimo desenvolvimento físico. Com apenas 2 aniversários completados, Kai já consegue escalar e ter um equilíbrio acima da média, além de estar se adaptando a diversos ambientes, levando um estilo de vida ativo, o que reduz o risco de obesidade e problemas de saúde derivados da inatividade e sedentarismo. Dainara revela que quando a criança morava em São Paulo, a saúde dele não era tão boa como é agora.
“Antes, em São Paulo, ele ficava doente frequentemente, mas aqui ele raramente adoece, apesar de brincar na lama e tomar chuva. A imunidade dele é notável. Além disso, a criação ao ar livre estimula a criatividade, já que ele explora e usa a imaginação o tempo todo. Kai não tem muito interesse em telas, prefere brincar e só assiste por breves minutos antes de ficar entediado. Quando ele crescer, será exposto à tecnologia, jogos e conhecimento, mas acredito que a primeira infância é preciosa demais para desperdiçar com a responsabilidade de ter um perfil em redes sociais e descobrir o mundo através das telas”, finaliza.
21 Dias de Ativismo não são suficientes para um país que estupra mulheres e crianças a cada oito minutos
Até o final desse texto, ao menos uma menina ou mulher terá sido estuprada no Brasil. Isso não é sensacionalismo, mas sim, estatística. E das mais alarmantes. Só no primeiro semestre de 2023, foram 34 mil casos registrados de estupro, o que representa um aumento de 15% em comparação com o mesmo período de 2022. E hoje, até o final do dia, aproximadamente quatro mulheres serão mortas em casos de feminicídio — o maior índice desde 2019.
Os dados são do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e reforçam o inegável: o Brasil tem questões estruturais de ódio às mulheres e às meninas. Misoginia e estruturas machistas permeiam historicamente a nossa formação como país e perpetuam cada vez mais rápido em tempos de hiperconexão, exposição digital acelerada e sentimento de impunidade. A situação se agrava quando falamos das pessoas mais vulneráveis. Mulheres negras representam cerca de 62% dos feminicídios, enquanto as crianças são estupradas principalmente dentro de casa, muitas vezes por seus familiares.
É por tudo isso que iniciativas como os 21 dias de Ativismo são mais que necessárias para conscientizar, mobilizar e, potencialmente, combater todos os tipos de agressões que mulheres e meninas sofrem hora após hora, minuto a minuto. A campanha, que globalmente se chama 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres, começou em 1991 com o Instituto de Liderança Global das Mulheres. Atualmente, cerca de 150 países aderem ao movimento com ações nas ruas e nas redes. Por aqui, iniciamos as mobilizações no dia 20 de novembro, como homenagem ao Dia da Consciência Negra, e seguimos até 10 de dezembro, que marca o Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Nós, da Think Olga, somamos aos 21 Dias de Ativismo trazendo mensagens, relatos e ferramentas que podem apoiar as mulheres, o Estado, o setor privado e a sociedade como um todo. Recentemente, por exemplo, mostramos como o medo da violência afeta outras esferas da vida das mulheres.
Em nosso Lab Think Olga Esgotadas, o medo constante de sofrer violência é citado por uma em cada seis entrevistadas como fator de impacto em sua saúde mental. Também trabalhamos com cartilhas de combate ao assédio e à violência e damos visibilidade a espaços de acolhimento e denúncia.
Infelizmente, toda mulher já sofreu, teme sofrer ou conhece alguma outra que já sofreu violência. Andar na rua sozinha de dia e de noite, cortar laços com um parceiro abusivo, ser assediada no transporte público ou ao caminhar em qualquer lugar, não poder deixar sua criança próxima de uma figura masculina… Essas são as realidades que já não podemos tolerar. Esse é o compromisso de mudança que precisamos assumir todos os dias, ativa e profundamente. Porque é sobre mudar uma sociedade cheia de ódio em relação às mulheres. É sobre fortalecer mulheres cheias de traumas. É sobre a vida e a sobrevivência. É sobre vivermos.
Bubble hair: Quais são os riscos e os danos para o cabelo?
Geralmente, usa-se muitas ferramentas para manter o cabelo em ordem, principalmente equipamentos que emitem calor, como secador, chapinha e babyliss. Porém, quando não se é usado um protetor térmico, as madeixas ficam expostas a altas temperaturas durante o uso desses equipamentos, surgindo assim o efeito do “bubble hair”, que acaba formando bolhas de ar que ficam no cabelo por danos térmicos.
Para isso, a cientista e especialista em cabelos, Jackeline Alecrim explica que as fibras capilares contém espaços cheios de ar, chamados vacúolos, e quando as madeixas são lavadas e ficam molhadas e esses espaços acabam sendo preenchidos pela água. “Se secarmos os fios encharcados e sem proteção térmica, isso faz com que a água vaporize e expanda esses vacúolos, formando bolhas de ar dentro dos fios. Dessa forma, os cabelos acabam se tornando mais frágeis, favorecendo a quebra capilar, deixando as madeixas mais ásperas e ressecadas. Ademais, a longo prazo, a saúde do cabelo vai sofrer com muita intensidade.”, explica Jackeline.
Além disso, de acordo com a cientista, nenhum tipo de cabelo escapa dos danos causados pelo calor, e para diminuir o efeito, basta usar protetores térmicos. “Cabelos danificados, quebradiços, com frizz, sem brilho e sem maciez podem ter sido agredidos pelo ‘bubble hair’ sem a pessoa nem ter noção disso”, afirma.
Segundo Jackeline, se o ‘bubble hair’ se forma no fio, não há tratamento. Ou seja, ele é irreversível. Dessa forma, as madeixas irão quebrar sempre que as bolhas se formarem. “Através de uma avaliação capilar, identificamos essa disfunção e elaboramos um cronograma de mudança de hábitos de cuidados capilares que podem ajudar”, aponta.
Porém, a ciência aponta que existem formas eficazes de previnir o efeito. “Quando for usar secador, por exemplo, mantenha-o a uma distância razoável do couro cabeludo e dos fios com uma temperatura não tão elevada. Ainda é essencial investir em protetores térmicos, pois eles formam uma barreira ao redor do fio, permitindo uma secagem externa e protegendo a estrutura interna dos fios”, destaca a especialista.