Entrar na Troc é uma experiência muito, muito distante daquela que várias pessoas ainda imaginam ser um brechó, empoeirado, com roupas velhas amontoadas e cheiro de mofo. A loja é um primor, instalada na rua Oscar Freire, em São Paulo, e ninguém diz que nas araras estão roupas de segunda mão.
O projeto é a realização profissional da ex-advogada tributária Luanna Toniolo, que desistiu do Direito quando, aos 27 anos e um mestrado aprovado com bolsa na Boston University, decidiu largar tudo. “Eu sabia que minha razão de ser não estava ali”, lembra.
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Em vez disso fez um curso de marketing em Harward e percebeu o empreendedorismo como tendência de consumo. Conheceu conceitos como economia circular, pós-consumo e decidiu transformar sua paixão por moda em negócio. “Quanta coisa você tem e não usa? As pessoas são apegadas, acumuladoras e há um consumo desenfreado”, provoca. Ao voltar para o Brasil, resolveu criar a Troc , uma startup com modelo de negócio circular para conectar pessoas que querem comprar e vender roupas e acessórios de segunda mão.
Parecia simples, a cliente separa as roupas que não quer mais para coleta, a Troc aprova, põe no site e vende, com uma parcela do lucro para cada. “Mas, como conquistar compradores? Não havia e ainda não há essa cultura de comprar roupa usada”, admite Luanna. Ela foi em frente.
Divulgação
Luanna transformou a paixão por moda em negócio
Sua casa virou um brechó. Foi preciso alugar uma sala comercial para receber todas as peças, fotografar e vender. Ela fez um vídeo que animou a clientela e foram vendidos todos os 6 mil itens que ela tinha em acervo. Hoje, o estoque conta com 65 mil peças, todas catalogadas. É possível identificar a proprietária de cada blusinha, saia, jeans, jaqueta ou bolsa expostos no site. As lojas físicas são novidade. A da Oscar Freire completou 4 meses, a do Shopping Pátio Battel, em Curitiba, tem 3. “A cliente pode pedir no site e provar na loja se quiser”, explica.
Nos primeiros 10 meses de atuação, a empresa faturou seu primeiro milhão. Antes de completar três anos, já tinha chegado aos R$10 milhões, números que sugerem que o resale é muito mais que uma tendência. No final de 2020, a Troc foi comprada pelo Grupo Arezzo&Co. e manteve Luanna à frente do negócio. A projeção para os próximos três anos é o crescimento de vinte vezes mais.
Luanna acredita que até 2031, 18% do consumo de moda será de second hand. “O verde é o novo preto”, anima-se. Ela conta que só usa roupa de brechó e sente que é uma quebra de paradigma. Confia nessa mudança de comportamento, que tem implicações sócio-ambientais reais. Na sua história, a Troc já proporcionou a economia de mais de 500 milhões de litros de água ou ainda evitou a emissão de mais de 700 toneladas de CO2 na atmosfera. É uma mudança que veio pra ficar.
Thaila Ayala tem se dedicado a mostrar uma gravidez real e sem romantização
Desde a sua gravidez, a atriz Thaila Ayala decidiu compartilhar e debater sobre os inúmeros desafios da maternidade. No perfil do Instagram “Mil e Uma TrETAS”, criado pela artista em conjunto com a amiga Julia Faria, ela traz assuntos voltados para maternidade real que, para ela, não são tratados com a devida atenção. No mais recente post do perfil, Thaila relata como a gestação foi uma dos piores momentos de sua vida.
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“Eu tive uma gravidez nada fácil, embora muitos dissessem ser o melhor momento de uma mulher. Definitivamente foi um dos piores momento da minha vida, tive todos os sintomas, dores, dificuldades e culpa, muita culpa. Sofri uma depressão terrível que, graças a minha rede de apoio, consegui passar por ela”, escreveu a mulher.
Ela desabafa em como a gravidez também foi um momento muito solitário para ela e que poder contar com o apoio de sua amiga, Julia Faria, foi de extrema importância para superar aquele momento difícil. Foi isso que a motivou a criar o perfil “Mil e Uma TrETAS”, com o objetivo de compartilhar a suas vivências e fazer com que outras mulheres se sintam acolhidas.
“Embora hoje eu saiba que gravidez é a vivência mais única e particular que uma pessoa pode ter, ter sofrido de uma doença que é tão pouco abraçada na gravidez só deixou ainda mais solitário o que já é extremamente só. Dividir e ser acolhida, foi fundamental para o meu processo. Ouvir e ser ouvida, sem julgamentos e sim, empatia. E por essa e todas as trocas maravilhosas e fundamentais que tive com a minha Marida nesse processo, nasceu MIL E UMA TETAS. Com a ideia de ouvir, dividir e acolher”, finalizou Ayala.
Crianças devem usar sapato de salto alto? Ortopedista infantil esclarece
Os sapatos de salto fazem sucesso tanto pela estética quanto pelo ganho de alguns centímetros na altura. E crianças e adolescentes podem manifestar interesse em usá-los muito cedo. Mas a prática deve ser orientada pelos responsáveis e levar em conta alguns parâmetros que indicam o melhor uso.
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A ortopedista infantil Daniella Dantas de Oliveira explica que, ao utilizar um sapato de salto, o centro de gravidade de uma pessoa muda, e o corpo precisa fazer alterações mecânicas para compensar essa mudança. No caso dos adultos, há estudos que indicam que um salto de oito centímetros desloca o peso do corpo em até 80% para a parte da frente do pé, o que pode causar uma sobrecarga nos joelhos, dores crônicas nos pés e até uma hiperlordose, uma deformação na coluna.
Essa sobrecarga também ocorre em crianças que desenvolvem desenvolvem o hábito de andar na ponta dos pés. Outro caso comum se dá nas sapatilhas de ponta de balé, que deslocam o peso do corpo para a região. Os ortopediatras recomendam atenção aos responsáveis pelas crianças que praticam esse exercício.
Já no caso dos adolescentes, é preciso analisar alguns parâmetros do crescimento da cartilagem e dos ossos. Para as meninas, o fechamento deste crescimento acontece perto da primeira menstruação, mas as idades variam em média entre 13 e 16 anos.
“O salto de até três centímetros, com uso esporádico, não diário, poderia ser algo não prejudicial, já que temos pouca mudança do eixo gravitacional e, dessa forma, poucas adaptações. Também deve-se respeitar a fisiologia da criança, ou seja, respeitar que a estrutura óssea é mais frágil que a do adulto e ainda está em formação”, explica a ortopedista.
Daniella também reforça a importância de levar em consideração o uso do salto alto pelas crianças e adolescentes e buscar entender de onde vem esse desejo.
“No mundo em que vivemos, de redes sociais e digital influencers, esse tema deveria ser trabalhado com pais, professores, pedagogos, psicopedagogos, psicólogos, pediatras e ortopedistas infantis para que se chegue a um equilíbrio, sempre priorizando o bem estar físico e mental da criança.”