Entenda como criar uma decoração atemporal para a sua casa
Arquitetas explicam como aplicar mudanças longevas e que garantam personalidade a o ambiente
Por Lucas Janini
Novas tendências, modas, trends diárias nas redes sociais, décadas passadas revisitadas e uma enxurrada de itens e produtos lançados todos os dias. O período em que estamos vivendo é marcado por um tsunami de informações e tudo isso, é claro, faz uma referência direta com a arquitetura e decoração. Mas, será que mesmo com essas mudanças constantes é possível decorar a casa de maneira longeva e com escolhas que não se caracterizem como ‘datadas’ com o passar do tempo?
Para discutir esse tema complexo, as arquitetas Claudia Yamada e Monike Lafuente, do Studio Tan-gram, abriram o jogo. Experientes, ambas refletiram sobre o estilo adotado nos projetos executados pelo escritório e apontaram tendências do passado e do presente, procurando descobrir e identificar o que veio para ficar no futuro do décor. Confira a seguir!
Desmistificação do neutro como único elemento atemporal
Um dos grandes mecanismos para garantir que um ambiente se mantenha atemporal é apostar em uma predominância dos tons claros. “Normalmente, buscamos trabalhar com uma base o mais neutra possível. Claro que, dependendo do conceito do projeto, as cores se fazem presente, e isso é perfeito! Entretanto, esse efeito é realizado comumente por meio da aplicação em itens complementares e de produção, como almofadas, mantas, mesa lateral e outros elementos que podem ser substituídos, mais facilmente, ao longo do tempo”, explicam as profissionais.
Contudo, até mesmo essa ideia de predominância pode ser alterada caso o morador expresse o desejo de viver mais perto das cores e fugir de uma paleta mais tradicional, assim como pode utilizar tons mais fechados, como o azul-marinho ou o amadeirado, que se passam muito bem pelo neutro.
“Existe, hoje em dia, uma facilidade muito grande, até na marcenaria, de pintar e envelopar. Ficou muito mais simples realizar a troca dos acabamentos, que deixou de ser um processo caótico, como encontrávamos anos atrás”, constata Claudia. Quando o cliente demonstra essa predileção, elas revelam que o projeto deve assumir essa singularidade para evidenciar as cores mais intensas em peças maiores e imponentes, como um sofá ou uma marcenaria planejada, por exemplo.
Graças aos avanços na área do décor, fica mais fácil promover uma mudança no ambiente sem que seja necessária a troca de todo o mobiliário. Ainda para as arquitetas, o entendimento sobre a atemporalidade foi ressignificado no décor. “Antigamente, o atemporal era automaticamente relacionado com o emprego de tons claros. Mas tudo segue de acordo com o momento que estamos vivendo”, analisa Monike.
Para ela, hoje em dia o cinza é uma das cores atemporais empregadas com o intuito de atribuir beleza e, ao mesmo tempo, ser a sustentação para aplicar outras expressivas. “Entretanto, na arquitetura de interiores a equação não é apenas essa. Pensando na harmonia, a utilização de cores complementares ou análogas também pode resultar em um projeto atemporal. Tudo depende do olhar meticuloso dos profissionais à frente do projeto”, complementa.
A partir desse pensamento, a dupla do Studio Tan-gram promove um verdadeiro trabalho de curadoria e análise do espaço em questão para desenvolver essa perenidade no décor. “Sempre destacamos para nossos clientes que o projeto precisa evidenciar aquilo que eles não vão enjoar. Esse é o segredo para que a pessoa conviva bem, a longo prazo, com as cores destacadas”, enfatiza Claudia.
Outro ponto inevitável para se refletir, quando o assunto é um décor que não perde a validade, é exatamente sobre a durabilidade dos elementos que integram a decoração. “Tudo o que é sintético acaba durando mais”, afirmam as arquitetas que sugerem, por exemplo, a utilização de amadeirado ao invés de folha de madeira, ou palha sintética ao contrário da palha indiana, para quem procura evitar a manutenção frequente do décor.
“Até pela questão de praticidade mesmo! Como os pisos de madeira, que dão mais trabalho, existem outras escolhas como porcelanato e vinílico , que tem o aspecto estético muito similar e que vão durar mais, ajudando também na questão da sustentabilidade”, refletem elas sobre a escolha dos materiais sintéticos, afinal, eles não sofrem tanto com a ação do tempo.
Utilize móveis atemporais
Mesmo com o passar dos anos, alguns mobiliários e itens de decoração permanecem no gosto popular, sendo impossível datá-los como peças do passado. “Tem alguns itens que são clássicos e que não saem de moda nunca. Um exemplo disso é a poltrona Mole, do designer Sérgio Rodrigues”, destaca Claudia, ressaltando o trabalho importantíssimo do designer carioca que nos deixou em 2014, mas mantém firme seu legado como um dos maiores nomes do design nacional.
Móveis clássicos contribuem para evitar uma decoração datada (Imagem: Estúdio São Paulo / Studio Tan-gram)
Aproveite os elementos naturais
Partindo para as tendências atuais, elas são enfáticas no desejo de trazer o natural para dentro de casa. “Por isso temos visto muito a paleta de verde e de tons terrosos no décor de interiores. Até mesmo por conta do período que atravessamos, e em função dos outros estilos mais ‘frios’ de decoração, como industrial, o ser humano começou a sentir falta dessa conexão com a essência da vida. Dessa forma, a introdução de materiais rústicos, plantas, e cores que nos deixam mais confortáveis, tem sido pedidos recorrentes”, enumera Monike.
A explicação para isso está nos próprios movimentos da sociedade atual e nas soluções que procuramos, enquanto indivíduos, para manter o bem-estar nesse cotidiano cada vez mais acelerado. “A natureza, de uma maneira geral, te traz para o momento presente. Eu acredito que isso veio para ficar”, finaliza Claudia, provando que a arquitetura e o décor refletem o comportamento da sociedade na contemporaneidade.
Thaila Ayala tem se dedicado a mostrar uma gravidez real e sem romantização
Desde a sua gravidez, a atriz Thaila Ayala decidiu compartilhar e debater sobre os inúmeros desafios da maternidade. No perfil do Instagram “Mil e Uma TrETAS”, criado pela artista em conjunto com a amiga Julia Faria, ela traz assuntos voltados para maternidade real que, para ela, não são tratados com a devida atenção. No mais recente post do perfil, Thaila relata como a gestação foi uma dos piores momentos de sua vida.
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“Eu tive uma gravidez nada fácil, embora muitos dissessem ser o melhor momento de uma mulher. Definitivamente foi um dos piores momento da minha vida, tive todos os sintomas, dores, dificuldades e culpa, muita culpa. Sofri uma depressão terrível que, graças a minha rede de apoio, consegui passar por ela”, escreveu a mulher.
Ela desabafa em como a gravidez também foi um momento muito solitário para ela e que poder contar com o apoio de sua amiga, Julia Faria, foi de extrema importância para superar aquele momento difícil. Foi isso que a motivou a criar o perfil “Mil e Uma TrETAS”, com o objetivo de compartilhar a suas vivências e fazer com que outras mulheres se sintam acolhidas.
“Embora hoje eu saiba que gravidez é a vivência mais única e particular que uma pessoa pode ter, ter sofrido de uma doença que é tão pouco abraçada na gravidez só deixou ainda mais solitário o que já é extremamente só. Dividir e ser acolhida, foi fundamental para o meu processo. Ouvir e ser ouvida, sem julgamentos e sim, empatia. E por essa e todas as trocas maravilhosas e fundamentais que tive com a minha Marida nesse processo, nasceu MIL E UMA TETAS. Com a ideia de ouvir, dividir e acolher”, finalizou Ayala.
Crianças devem usar sapato de salto alto? Ortopedista infantil esclarece
Os sapatos de salto fazem sucesso tanto pela estética quanto pelo ganho de alguns centímetros na altura. E crianças e adolescentes podem manifestar interesse em usá-los muito cedo. Mas a prática deve ser orientada pelos responsáveis e levar em conta alguns parâmetros que indicam o melhor uso.
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A ortopedista infantil Daniella Dantas de Oliveira explica que, ao utilizar um sapato de salto, o centro de gravidade de uma pessoa muda, e o corpo precisa fazer alterações mecânicas para compensar essa mudança. No caso dos adultos, há estudos que indicam que um salto de oito centímetros desloca o peso do corpo em até 80% para a parte da frente do pé, o que pode causar uma sobrecarga nos joelhos, dores crônicas nos pés e até uma hiperlordose, uma deformação na coluna.
Essa sobrecarga também ocorre em crianças que desenvolvem desenvolvem o hábito de andar na ponta dos pés. Outro caso comum se dá nas sapatilhas de ponta de balé, que deslocam o peso do corpo para a região. Os ortopediatras recomendam atenção aos responsáveis pelas crianças que praticam esse exercício.
Já no caso dos adolescentes, é preciso analisar alguns parâmetros do crescimento da cartilagem e dos ossos. Para as meninas, o fechamento deste crescimento acontece perto da primeira menstruação, mas as idades variam em média entre 13 e 16 anos.
“O salto de até três centímetros, com uso esporádico, não diário, poderia ser algo não prejudicial, já que temos pouca mudança do eixo gravitacional e, dessa forma, poucas adaptações. Também deve-se respeitar a fisiologia da criança, ou seja, respeitar que a estrutura óssea é mais frágil que a do adulto e ainda está em formação”, explica a ortopedista.
Daniella também reforça a importância de levar em consideração o uso do salto alto pelas crianças e adolescentes e buscar entender de onde vem esse desejo.
“No mundo em que vivemos, de redes sociais e digital influencers, esse tema deveria ser trabalhado com pais, professores, pedagogos, psicopedagogos, psicólogos, pediatras e ortopedistas infantis para que se chegue a um equilíbrio, sempre priorizando o bem estar físico e mental da criança.”