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Mato Grosso

Ex-aluno indígena da Escola Técnica de Barra do Garças passa em 1º lugar no vestibular de Medicina

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O jovem indígena Dyakalo Foratu Matipu, 34 anos, sempre teve o sonho de trabalhar com a área da saúde para ajudar a sua aldeia. Ele começou a realizar esse sonho em 2016, quando foi aprovado para fazer o curso técnico de Enfermagem, na Escola Técnica de Barra do Garças na Unidade Remota (UR) em Canarana (823 km a leste de Cuiabá).

Farato, como prefere ser chamado, é da etnia Matipu na região do Alto Xingu. Ele conta que os seus dois avôs eram pajés e seu pai é o Cacique da aldeia. “Desde pequeno fui orientado pelo meu pai a cuidar do meu povo. Quando os agentes de saúde chegavam à aldeia eu pedia para ajudá-los, porque sempre gostei dessa área. Aos poucos consegui a confiança deles e fui aprendendo a lidar com os medicamentos, fazendo os curativos e tratando dos doentes”.

Matipu conta que quando começou o curso técnico em Enfermagem havia 39 estudantes e, dentre eles, três eram indígenas, e que foi difícil se adaptar à outra cultura. “Quando cheguei à escola, foi um baque. Não entendia muita coisa que os professores falavam. Alguns termos eu anotava na aula e depois pesquisava em casa. Porque se você quer aprender, tem de correr atrás”.

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O jovem indígena explica que dos 39 alunos do curso técnico em enfermagem, somente 14 conseguiram se formar no dia 8 de dezembro do ano passado. Ele e mais um indígena da Etnia Kamayura. Farato relata que durante os dois anos que estudou Enfermagem chegou a passar muitas necessidades, às vezes não tinha nem o que comer, só bebia água para enganar o estômago. “Abandonar o curso era a saída mais fácil que existia. Mas, mesmo perante os obstáculos não desisti. Porque o meu amor pela área da saúde é muito mais forte”.

A diretora da Escola Técnica de Barra do Garças, Kenia Diniz, conta que Farato era muito esforçado e sempre dizia que iria finalizar o curso e que depois tentaria uma vaga para Medicina. “Sei o quanto ele se esforçou para chegar até aqui. Agora ele é um técnico em enfermagem e poderá ajudar sua aldeia muito mais com o conhecimento adquirido”.

Para os colegas do curso, a troca de experiências também foi muito importante. “Trouxe meu conhecimento indígena, meus hábitos alimentares, em contrapartida, me ajudaram a aprender a cultura deles. Acho que essa troca é muito enriquecedora para todos nós. Se você conhece uma cultura, você aprende a respeitá-la”, afirma Farato, exaltando o orgulho por sua origem.

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Na semana passada um grande sonho do jovem indígena se realizou: ele passou no vestibular para Medicina. Desde que foi aprovado em primeiro lugar no curso da Universidade Brasil, a vida tem sido de muita comemoração. Festas com os amigos, com a aldeia indígena e até algumas entrevistas para a imprensa regional animaram o jovem indígena.

Matipu destaca que está muito ansioso para começar a faculdade, já enviou os documentos para matrícula e já faz planos para a mudança, pois a faculdade fica em Fernandópolis, Estado de São Paulo. “Penso que daqui a nove anos devo retornar para minha aldeia, para retribuir a confiança que meu povo me deu. Afinal quero trabalhar em prol da minha aldeia, porque precisamos de profissionais da área da saúde”.

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Hospital Metropolitano atende 58 homens com consultas urológicas neste sábado (2)

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O Hospital Metropolitano, unidade mantida pelo Governo de Mato Grosso em Várzea Grande, realizou 58 consultas em urologia neste sábado (02.12). O mutirão possibilitou o atendimento de pacientes que aguardavam por uma consulta com especialista via Sistema de Regulação e de trabalhadores da própria unidade.

Além das consultas, também foram disponibilizados exames de análises clínicas e ultrassonografia.

Durante a ação, foi ministrada uma palestra sobre saúde do homem com o médico urologista Carlos Evaristo Metello.

“Os hospitais administrados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) estão cada vez mais empenhados na realização de mutirões para suprir a necessidade da população que precisa dos atendimentos. O objetivo é atender cada vez mais as demandas e expectativas da população de Mato Grosso”, disse o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo.

De acordo com a diretora do Hospital Metropolitano, Cristiane Oliveira, os pacientes que tiverem indicação cirúrgica já serão regulados para realizarem o procedimento na própria unidade.

“Foram ofertadas e agendadas 105 consultas com urologista no Hospital Metropolitano, contudo, 58 pacientes compareceram à unidade neste sábado. Os pacientes que não compareceram serão reagendados para consultas durante o mês de dezembro. Estamos fazendo a nossa parte no âmbito da Saúde do Homem e ofertamos exames e até cirurgias, caso necessário”, avaliou a gestora.

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Para a secretária adjunta de Gestão Hospitalar da SES-MT, a ação é resultado do comprometimento e dedicação das equipes técnicas do hospital.

“A necessidade de se fazer uma abordagem com o público masculino é tão importante quanto qualquer outro evento do calendário de saúde. O Hospital Metropolitano tem o serviço de urologia e se planejou para ofertar esse serviço ambulatorial e diminuir a demanda da rede. Essa ação contribui para a humanização do Sistema Único de Saúde (SUS) e atendimento das demandas reprimidas”, concluiu.

Fonte: Governo MT – MT

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Mato Grosso

Mulheres ocuparam 82% das novas vagas de emprego geradas em MT em outubro, aponta Caged

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Mato Grosso gerou 1.887 novas vagas de trabalho no mês de outubro de 2023, sendo que 82% delas foram ocupadas por mulheres. As informações são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, referentes aos resultados do mês de outubro.

Ao todo, foram contratadas 50.197 pessoas e demitidas 48.310, naquele mês, gerando saldo positivo de 1.887 vagas. Deste total, 1.561 foram ocupadas por mulheres e 326 por homens.

O perfil das mulheres contratadas é formado por jovens de até 24 anos, com ensino médio completo. Cerca de 73% das trabalhadoras foram contratadas para vendas no comércio e as demais para serviços administrativos.

“As contratações das mulheres se devem às vagas para as vendas de fim de ano. Muitas lojas abrem a oportunidade para pessoas sem experiência e, por isso, abre mais oportunidades para pessoas mais jovens. Mas, no acumulado do ano, Mato Grosso contratou mais homens do que mulheres. O que houve em outubro é uma questão sazonal”, comentou o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda.

No acumulado de janeiro a outubro de 2023, foram geradas 57.497 novas vagas de emprego no Estado, sendo que 39.818 resultaram em contratações de homens e 17.679 em mulheres. Em 10 meses, o setor de Serviços (21.834) e agropecuária (10.811) foram os que mais empregaram pessoas.

Se comparar o saldo de empregos gerados em outubro deste ano em relação ao mesmo mês de 2022, houve um salto de 136% em novas vagas de trabalho, passando de 800 para 1.887. O setor de comércio foi o maior contratante, seguido por serviços (842) e a indústria (409).

Por outro lado, a agropecuária e a construção civil tiveram saldo negativo com fechamento de 305 e 139 vagas, respectivamente.

“Nos últimos meses do ano, experimentamos uma considerável queda nas contratações no setor do agronegócio. Essa tendência pode ser atribuída à sazonalidade agrícola, pois esse período coincide com o final do plantio da soja, resultando em menor atividade agrícola e, consequentemente, menos contratações temporárias. Além disso, a interligação com os ciclos econômicos desempenha um papel crucial, já que em momentos de desaceleração econômica, as empresas ajustam suas contratações para se adaptarem a uma demanda mais fraca por produtos agrícolas”, afirmou o coordenador do Centro de Dados Econômicos de Mato Grosso (DataHub MT), Vinicius Hideki.

Ele ponderou ainda que os eventos climáticos extremos, como a seca e as ondas de calor, podem impactar adversamente a produção agrícola, contribuindo para a redução da necessidade de mão de obra no setor durante esse período.

Fonte: Governo MT – MT

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