Falha no FaceTime se manifestou em diferentes modelos do iPhone com a última versão do sistema iOS
A Apple decidiu nesta terça-feira (29) suspender temporariamente as chamadas em grupo no FaceTime até que um grave bug
(falha) no aplicativo seja consertado – o que a empresa promete fazer ainda nesta semana.
A falha no aplicativo de videochamadas foi descoberta nessa segunda-feira (28) pelo site 9to5Mac
e rapidamente ganhou alcance nas redes sociais e em veículos especializados ao redor do mundo. O bug permite que um usuário de aparelhos com sistema iOS (iPhone ou iPad) ou macOS tenha acesso à câmera e ao microfone de outro por meio do FaceTime
mesmo sem autorização.
Para que a falha se manifestasse, bastava um usuário ligar para o outro e adicionar o próprio número na conversa, por meio da chamada em grupo. Desse modo, antes mesmo que o receptor da ligação atendesse, o autor da chamada já conseguia escutar o que se passava pelo microfone do outro remotamente.
Já para ter acesso à câmera de outro usuário, bastava que o receptor pressionasse o volume para baixo ou para cima (gesto habitual para silenciar a ligação) em vez de recusar a chamada.
O funcionamento do bug
foi registrado em vários vídeos que circularam neste início da semana nas redes sociais. Antes de a Apple reagir, integrantes da equipe do Buzzfeed News registraram a falha utilizando um aparelho iPhone X (emissor da chamada) e um iPhone 8 (receptor), ambos com as últimas versões do iOS
instaladas.
Ironicamente, a falha foi descoberta justamente no Dia Internacional da Privacidade de Dados, celebrado nesse 28 de janeiro. O CEO da Apple
, Tim Cook, foi bombardeado no Twitter após publicar mensagem exaltando a data. “Devemos continuar lutando por um mundo em que queremos viver. Nesse Dia da Privacidade de Dados, devemos todos insistir em ações e em reformas para proteções de privacidade vitais. Os riscos são reais e as consequências são extremamente importantes”, escreveu Cook.
Até que a Apple anuncie quais serão as providências para consertar a falha, especialistas em segurança digital recomendam que os usuários de iOS desabilitem o aplicativo. Para isso, basta acessar os Ajustes, entrar em FaceTime
e desligar o botão que permite o funcionamento da aplicação.
OpenAI, dona do ChatGPT, é uma das empresas que assinou compromisso com governo dos EUA
As sete principais empresas de inteligência artificial (AI) dos Estados Unidos concordaram nesta sexta-feira (21) em adotar uma série de medidas para desenvolver seus sistemas de forma mais responsável. O acordo foi realizado entre as companhias e o governo dos Estados Unidos.
Dentre os compromissos aceitos pela Amazon, Anthropic, Google, Inflection, Meta, Microsoft e OpenAI, estão investimentos em cibersegurança, realização de testes envolvendo aspectos de discriminação nos sistemas de IA antes de seus lançamentos, e um novo sistema de marca d’água em conteúdos gerados por IA.
Este último compromisso é uma forma das empresas sinalizarem que um texto, áudio, vídeo ou foto foi gerado por uma inteligência artificial, evitando que usuários acreditem, por exemplo, em deepfakes. As empresas ainda trabalham para implementar as novidades.
Por se tratar de um compromisso voluntário, a medida não é considerada uma regulação das empresas de IA, já que não há consequências para o descumprimento das promessas.
Google testa inteligência artificial para escrever notícias; confira
O Google está atualmente desenvolvendo uma ferramenta de IA generativa, projetada para auxiliar jornalistas em seu trabalho. Denominada “Genesis”, a plataforma tem como objetivo absorver informações detalhadas sobre eventos recentes e produzir notícias.
Segundo uma reportagem do The New York Times, o Google fez uma apresentação da ferramenta Genesis para executivos de alguns dos principais jornais dos Estados Unidos, incluindo o próprio NYT, o The Washington Post e a News Corp, empresa detentora do The Wall Street Journal. A apresentação revelou detalhes sobre o funcionamento da ferramenta de IA generativa voltada para auxiliar jornalistas em suas atividades.
Representante do Google, Jean Crider afirmou que “estamos em estágios iniciais de ideias para fornecer ferramentas de IA que auxiliem os jornalistas em seus trabalhos”, enfatizando a intenção de estabelecer parcerias com editores de notícias no desenvolvimento da iniciativa.
De acordo com pessoas que estiveram presentes na apresentação, o Google tem a convicção de que a IA poderá atuar como uma assistente no trabalho de jornalistas, automatizando o processo de produção de notícias.
Contudo, nem todos ficaram completamente convencidos com a abordagem do Google. Alguns executivos, que preferiram manter o anonimato, revelaram ao New York Times que a proposta da IA desvaloriza os esforços dos profissionais da área em termos de apuração e produção de notícias.
Atualmente, alguns veículos de comunicação já estão empregando Inteligências Artificiais generativas para criar conteúdo, porém, as publicações de notícias têm sido cautelosas em sua adoção, principalmente devido a preocupações relacionadas à tendência da tecnologia de gerar informações factualmente incorretas.
Os pesquisadores constataram que a precisão das respostas geradas pareceu diminuir com o passar do tempo, corroborando os relatos de usuários sobre as versões mais recentes do software apresentando uma aparente “queda de inteligência”. Usuários têm relatado há mais de um mês a percepção de uma queda na qualidade da plataforma.
O Bard funciona de forma bastante similar ao ChatGPT, conseguindo responder perguntas, resumir textos, dar ideias sobre diversos assuntos, escrever e-mails e muito mais.