Seu celular contém muitas informações valiosas. Por isso, perdê-lo ou ser roubado pode ser catastrófico. E por mais que haja recursos para proteger seus dados e o acesso às suas contas, nem sempre eles são suficientes. Um vídeo que viralizou recentemente questiona a segurança do aplicativo do Gmail. Ele permitiria que qualquer pessoa troque a senha da conta do Google. Nós do Tecnoblog testamos para ver se é isso mesmo.
O vídeo que circulou no Twitter foi feito pelo jornalista Gabriel Justo e publicado em 11 de abril. Ele mostra uma gravação de tela do app do Gmail no iPhone. Ao ir até Configurações, Segurança e depois Senha, o aplicativo pede uma confirmação de segurança.
Ao tocar em “Esqueceu a senha?”, porém, o Google faz apenas uma verificação do aparelho para garantir que ele é realmente do usuário e, depois, permite trocá-la. Com uma nova senha, é possível usar um navegador e acessar o gerenciador de senhas do Google, tendo acesso a mais e mais contas salvas.
Não tem nenhuma verificação de segurança ou FaceID/afins. E por quê? Porque o @googlebrasil entende que, se a solicitação de troca de senha vem do seu celular, é você que está solicitando. Jurou, né gatas pic.twitter.com/At2HYKXZt0
A equipe do Tecnoblog fez vários testes em diferentes contas para confirmar se o processo exibido no vídeo é real. A resposta é sim, mas nem sempre.
Em aparelhos sem autenticação por dois fatores (2FA) ativada, acontece o mesmo: há apenas uma verificação de aparelho e é possível trocar a senha. É o caso do dispositivo do vídeo: note que, debaixo de “Como fazer login no Google”, não aparece “Verificação em duas etapas”.
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Autenticação por dois fatores é o nome dado por uma proteção extra para uma conta de um sistema digital. Isso significa que não basta ter a senha (primeiro fator) para acessar; é preciso usar outra informação ou dispositivo (segundo fator), como um código gerado automaticamente, um número recebido por SMS, uma confirmação em um dispositivo confiável, uma chave física, entre outras opções.
Quando a autenticação por dois fatores está ativada na conta do Google, o processo para mudar a senha pelo Gmail é diferene. Ao tocar em “Esqueceu a senha?”, o Google exibe uma tela de “Tente outra maneira de fazer login”.
Entre as opções, está “Toque em Sim no seu smartphone ou tablet”. O Google reconheceu automaticamente meu aparelho, mas não me deixou trocar a senha imediatamente.
O próximo passo é aguardar seis horas para receber um e-mail naquela conta. A mesma coisa acontece ao optar por receber um código por SMS ou por usar o Google Authenticator.
A lógica é impedir mudanças imediatas, e o prazo dado serviria para o usuário bloquear o acesso remotamente, desconectando dispositivos logados ou trocando a senha.
Um problema é que esta não é a única opção. O Google também deixa confirmar a identidade usando um e-mail alternativo cadastrado. Se seu aparelho tem acesso àquele e-mail, fica fácil para alguém usar o código e trocar a senha.
O que diz o Google
Procurado pelo Tecnoblog, o Google diz que, com a autenticação por dois fatores ativada, “toda vez que uma pessoa solicitar a Recuperação de Conta, ela terá de passar por uma segunda etapa de confirmação de identidade”.
A empresa não comentou se o comportamento sem o 2FA ativado é mesmo o esperado nem se planeja alguma mudança. Portanto, até o momento, a melhor recomendação é colocar este recurso de segurança na sua conta.
Desde 2021, o Google vem tornando a autenticação em dois fatores obrigatória. Mesmo assim, a exigência ainda não chegou a todas as contas, deixando brechas como essa. A melhor solução é se proteger e ativar o recurso.
As sete principais empresas de inteligência artificial (AI) dos Estados Unidos concordaram nesta sexta-feira (21) em adotar uma série de medidas para desenvolver seus sistemas de forma mais responsável. O acordo foi realizado entre as companhias e o governo dos Estados Unidos.
Dentre os compromissos aceitos pela Amazon, Anthropic, Google, Inflection, Meta, Microsoft e OpenAI, estão investimentos em cibersegurança, realização de testes envolvendo aspectos de discriminação nos sistemas de IA antes de seus lançamentos, e um novo sistema de marca d’água em conteúdos gerados por IA.
Este último compromisso é uma forma das empresas sinalizarem que um texto, áudio, vídeo ou foto foi gerado por uma inteligência artificial, evitando que usuários acreditem, por exemplo, em deepfakes. As empresas ainda trabalham para implementar as novidades.
Por se tratar de um compromisso voluntário, a medida não é considerada uma regulação das empresas de IA, já que não há consequências para o descumprimento das promessas.
O Google está atualmente desenvolvendo uma ferramenta de IA generativa, projetada para auxiliar jornalistas em seu trabalho. Denominada “Genesis”, a plataforma tem como objetivo absorver informações detalhadas sobre eventos recentes e produzir notícias.
Segundo uma reportagem do The New York Times, o Google fez uma apresentação da ferramenta Genesis para executivos de alguns dos principais jornais dos Estados Unidos, incluindo o próprio NYT, o The Washington Post e a News Corp, empresa detentora do The Wall Street Journal. A apresentação revelou detalhes sobre o funcionamento da ferramenta de IA generativa voltada para auxiliar jornalistas em suas atividades.
Representante do Google, Jean Crider afirmou que “estamos em estágios iniciais de ideias para fornecer ferramentas de IA que auxiliem os jornalistas em seus trabalhos”, enfatizando a intenção de estabelecer parcerias com editores de notícias no desenvolvimento da iniciativa.
De acordo com pessoas que estiveram presentes na apresentação, o Google tem a convicção de que a IA poderá atuar como uma assistente no trabalho de jornalistas, automatizando o processo de produção de notícias.
Contudo, nem todos ficaram completamente convencidos com a abordagem do Google. Alguns executivos, que preferiram manter o anonimato, revelaram ao New York Times que a proposta da IA desvaloriza os esforços dos profissionais da área em termos de apuração e produção de notícias.
Atualmente, alguns veículos de comunicação já estão empregando Inteligências Artificiais generativas para criar conteúdo, porém, as publicações de notícias têm sido cautelosas em sua adoção, principalmente devido a preocupações relacionadas à tendência da tecnologia de gerar informações factualmente incorretas.
Os pesquisadores constataram que a precisão das respostas geradas pareceu diminuir com o passar do tempo, corroborando os relatos de usuários sobre as versões mais recentes do software apresentando uma aparente “queda de inteligência”. Usuários têm relatado há mais de um mês a percepção de uma queda na qualidade da plataforma.
O Bard funciona de forma bastante similar ao ChatGPT, conseguindo responder perguntas, resumir textos, dar ideias sobre diversos assuntos, escrever e-mails e muito mais.