A Great Wall Motors (GWM) anuncia a tecnologia DHT (Dedicated Hybrid Tecnology, ou Tecnologia Híbrida Dedicada) dos motores que vão equipar os próximos veículos a serem lançados no mercado brasileiro.
De acordo com a marca chinesa, todos os modelos serão eletrificados e contarão com versões que vão desde o híbrido leve até o híbrido plug-in. A a nova tecnologia será incorporada à plataforma LMN, voltada para carros de passeio e lançada no final de 2020 pela GWM.
O primeiro modelo que deverá estrear no fim do ano no Brasil será o SUV Haval H6 , que ainda virá importado e, em breve, junto com os demais produtos, será produzido na fábrica de Iracemápolis (SP), a mesma onde eram fabricados os carros da Mercedes-Benz.
Falando no H6 , este poderá concorrer com Jeep com Compass, Toyota com o Corolla Cross, Volkswagen com o Taos e Mitsubishi com o Outlander.
“Vamos concorrer com essas marcas na faixa de preços, mas trazendo o diferencial do híbrido e do plug-in híbrido dentro destes segmento”, explica Oswaldo Ramos, COO da GWM Brasil.
A princípio, a GWM vai vender apenas os modelos ditos híbridos e plug-in, como é o caso do Haval H6 , mas a empresa adiantou que, em breve, vai oferecer também os híbridos flex , num futuro bem próximo.
Além do SUV H6, está em testes um esportivo, levando em consideração os números de desempenho que a marca vem trabalhando. Diz que a aceleração de 0 a 100 km/h, por exemplo, será feita em menos de 5 segundos.
Falando na DHT, todas as três configurações apresentadas vão funcionar com motor 1.5T DHT130 e mais 1 elétrico e tração dianteira, exceto a terceira variante PHEV 4, que adotará mais dois elétricos, sendo um para cada eixo (AWD), além do a combustão.
Com as baterias de autonomia para até 200 km , dependendo da configuração, no modo 100% elétrico, a Great Wall Motors garante que é possível rodar no ciclo urbano, sem a precisar usar o motor a combustão.
Com velocidades de até 140 km/h, o modo elétrico integral continua trabalhando, e acima disso, onde geralmente o motorista é forçado a fazer ultrapassagem, o motor passa a atuar juntamente com o a combustão, entregando o máximo de força.
A GWM lançará primeiramente o Haval H6 nas versões HEV e PHEV , ainda importado da China, mas em breve, vai produzir não só este modelo, mas outros na nova fábrica em Iracemápolis (SP) que está sendo preparada para 2023. Dessa maneira, a fabricante chinesa GMW fará sua estreia com 100% de cobertura nacional e contará com um sistema de assinatura de seus veículos.
Neste último fim de semana fui até o Rio Grande do Sul acompanhar a terceira etapa do Campeonato Brasileiro de Rally de Regularidade Histórica , promovido pela Federação Brasileira de Veículos Antigos – FBVA. A etapa chama-se Rally dos Vinhedos e é organizada pelo Veteran Car Club dos Vinhedos , sediado no município de Bento Gonçalves , na Serra Gaúcha.
Só o fato de estar em uma região tão bela, tão bem dotada pela natureza, já vale qualquer dificuldade em chegar, visto que fica no extremo sul do país, região que é bem conhecida pelas baixas temperaturas , especialmente no inverno. Mas é justamente isso que faz do lugar um destino tão desejado.
O Rally dos Vinhedos está comemorando sua décima edição, reunindo 129 veículos antigos e clássicos para um passeio cronometrado pelas estradas da região, passando por municípios como Bento Gonçalves, Garibaldi, Carlos Barbosa, Pinto Bandeira e Santa Tereza. O mais interessante foi a participação de 13 intrépidos pilotos de motonetas clássicas , que enfrentaram a temperatura de quase zero grau no momento da largada.
E mais, diferentemente dos automóveis, que têm um piloto e um navegador, que além de lhe fornecer a velocidade ideal para cada trecho também indica o caminho a ser seguido, no scooter o piloto faz sozinho todos os trabalhos.
Claro, sendo um rally de veículos antigos , essas motonetas, que atualmente são conhecidas por scooters , são de época, de um tempo quando ainda não tinham esse apelido.
Dos 13 participantes, 11 deles pilotavam Vespa nacionais dos anos 80, que eram fabricadas em Manaus, AM, pela Piaggio . Os outros dois pilotavam Lambretta Li 150 , fabricadas nos anos 60. Vespa e Lambretta eram (e são) eternos rivais nesse segmento dos veículos de duas rodas.
Um rally de regularidade , que também pode ser chamado de passeio cronometrado, avalia a capacidade do piloto em manter as médias de velocidade pré-estabelecidas, que figuram na planilha com o roteiro. Quanto mais próximo o tempo de passagem pelos vários pontos de controle distribuídos pelo percurso, menos pontos o participante perde. No final, quem perder menos pontos, de acordo com um regulamento complexo, vence a prova.
Entre as motonetas, o vencedor foi André Sain, de Bento Gonçalves, pilotando (e navegando) a Vespa PX 200 1986 de número 21. André teve 78 pontos perdidos nessa etapa.
Em segundo lugar chegou Daniel Orso, também de Bento Gonçalves, com a Vespa PX 200 Elestart 1987 de número 24, com 84 pontos perdidos. Em terceiro lugar ficou Rodrigo Nenini, de Garibaldi, com a Vespa PX 200 1986 de número 22, com 123 pontos perdidos.
A Volkswagen tem uma história muito interessante. Como sabemos, ela começou na Alemanha da década de 30 produzindo aquele que seria um dos carros mais icônicos do planeta: o Fusca. Naquela época, Ferdinand Porsche criou a ideia de um motor boxer com refrigeração a óleo e manutenção muito simples.
Após o final da Segunda Guerra Mundial, a marca retomou a produção do besouro e, na década seguinte, percebeu que o seu público consumidor buscava algo diferente. Na metade dos anos 50, nasceu o Karmann-Ghia , o modelo com linhas clássicas e esportivas utilizando a mesma mecânica confiável.
Na década seguinte, a Volkswagen ampliou a sua gama de modelos com versões diferentes. No Brasil, a grande mudança ocorreu nos anos 70 quando a matriz deu liberdade para que as suas filiais criassem modelos diferentes de acordo com o público consumidor. O Brasil foi um deles e a genialidade e capacidade de nossos projetistas marcou a história.
Nesse sentido, nasceu o Brasília, em 1973. O projeto da equipe de Márcio Piancastelli conseguiu sanar os problemas clássicos do Fusca e aprimorar a ideia desse projeto tão versátil. Nascia ali um modelo que agradou em cheio o consumidor, trazendo resistência e um estilo muito marcante para as famílias brasileiras.
O modelo comemorou 50 anos este ano com muita festa por parte da montadora. Algumas de suas versões chamaram atenção, trazendo mais acessórios e mais equipamentos. É o caso desse exemplar LS , de 1980, que pertence a Leandro Coelho , mecânico e que também possui um canal popular no YouTube .
O exemplar está extremamente bem conservado com todas as características originais da época. Os destaques vão para o lavador elétrico do vidro, frisos laterais e o interior monocromático. Os bancos com encosto de cabeça também fazem parte desse pacote juntamente com o motor de 1.584 cm³ cilindrada.
Dirigir o Brasília é uma grande satisfação. Realmente o acerto do projeto em relação ao Fusca é notável. Vale destacar a sua estabilidade, o conforto dos assentos e a mesma simplicidade mecânica que acompanhou toda essa história fantástica desses 70 anos da Volkswagen no Brasil .