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Agronegócio

Incertezas no mercado de etanol sustentam mix açucareiro na safra 2020/21

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Incertezas no mercado de etanol sustentam mix açucareiro na safra 2020/21“O elevado patamar do dólar comercial estimulou ainda mais a fixação da produção por parte de algumas usinas, visto que os preços do açúcar convertidos ao real alcançaram os arredores de R$ 1.500/t na metade do último mês proporcionando margem significativa em relação ao custo médio de produção”, avalia o analista de inteligência de mercado da INTL FCStone, Matheus Costa.

Segundo a revisão de março, divulgada na quarta-feira, 18 de março, a INTL FCStone espera que o Centro-Sul brasileiro produza 33,1 milhões de toneladas de açúcar em 2020/21, crescimento de 24,5% em relação a 2019/20. Especificamente, esse volume representa um mix açucareiro de 42,1%, 4,3 pontos percentuais acima da estimativa anterior e 8 p.p. além do esperado para 2019/20.

A rápida disseminação do Coronavírus (COVID-19) aliada ao desentendimento entre dois grandes produtores de petróleo, Arábia Saudita e Rússia, levou à forte derrocada nos preços do óleo bruto.

Consequentemente, a Petrobras fez novo reajuste negativo nos preços da gasolina A na quinta-feira (12 de março), na ordem de R$ 0,16/L fazendo com que no acumulado de 2020, as revisões totalizassem pouco mais de -R$ 0,39/L.

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Considerando esse contexto, a fabricação de etanol de cana deve se posicionar em 28,1 milhões de m³ de acordo com os cálculos da INTL FCStone, queda safra-a-safra de 11,4%. Em meio às perspectivas de que a gasolina ganhe participação no consumo de combustíveis de ciclo Otto, o grupo estima que a destilação de hidratado atinja 19,2 milhões de m³, queda de cerca de 1,2 milhão de m³ em relação à estimativa de janeiro e de 14,0% ante ao ciclo 2019/20. O anidro, por sua vez, deve apresentar retração mais branda no comparativo com o ciclo anterior, para 8,9 milhões de m³ (-5,1% no comparativo anual).

As perspectivas para a fabricação de etanol de milho se mantém estáveis em relação à última estimativa, com pouco menos de 1,7 milhão de m³ de hidratado e 804 mil m³ de anidro. De modo geral, a destilação total de álcool pelo Centro-Sul deve atingir 30,6 milhões de m³ em 2020/21, recuando 8,2% frente ao projetado para a temporada anterior.

Em relação às condições climáticas sobre os canaviais, destaca-se que no acumulado do último mês, as precipitações totalizaram 182,3 mm na média ponderada da região analisada. Embora represente diminuição de 11,3 mm em relação à mesma época de 2019, esse volume supera a média histórica para o período em 6,7%, segunda análise de inteligência de mercado da INTL FCStone.

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Os efeitos positivos da umidade observada em fevereiro/20 devem se somar aos ganhos de saúde vegetal obtidos desde o início de outubro/19, resultando em maior disponibilidade de matéria prima.

O grupo elevou sua expectativa de moagem no Centro-Sul em relação à publicação anterior, para 597,8 milhões de toneladas, volume que representa crescimento de 1,4% ante ao estimado para 2019/20.

Uma evidência desse incremento é a quantidade de usinas em atividade no início de março. Estima-se que 33 unidades produtoras estejam operacionais na 1ª quinzena de mês corrente, superando em 22,2% a quantidade observada na mesma época do ano passado.

A quantidade disponível de ATR (açúcar total recuperável) estimada para a próxima temporada é de 82,5 milhões de toneladas, crescimento de aproximadamente 0,8 milhão de toneladas em relação à estimativa anterior e de 0,9% frente ao estimado para 2019/20.

Fonte: Revista Cultivar
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Agronegócio

FPA diz que programa Terra da Gente, do governo, aumenta a insegurança no campo

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O governo federal lançou um decreto polêmico, que tem levado insegurança ao campo. O objetivo, segundo o governo, é revitalizar a política de reforma agrária no Brasil. O Decreto nº 11.995, de 15 de abril de 2024, introduz o programa “Terra da Gente”, que pretende agilizar a aquisição de terras para distribuição aos beneficiários de políticas públicas de regularização fundiária, incluindo comunidades quilombolas e outros grupos tradicionais. No entanto, a medida suscitou debates acalorados e críticas por parte de representantes do setor agropecuário, que veem a ação como uma ameaça à segurança jurídica e ao direito de propriedade.

O programa delineia várias formas de obtenção de terras, como desapropriação por interesse social, expropriação em casos de trabalho análogo à escravidão e arrematação judicial de imóveis rurais. Essas modalidades estão alinhadas com esforços anteriores do governo para garantir o cumprimento da função social da propriedade.

Pedro Lupion, presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), destacou a necessidade de proteção ao direito de propriedade e expressou preocupação com o recente aumento das invasões de terras, principalmente durante o período conhecido como “Abril Vermelho”. Lupion criticou o que ele descreve como uma conivência entre membros do governo e grupos de movimentos sociais rurais, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que têm participado ativamente de tais invasões.

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Em resposta, o governo argumenta que o “Terra da Gente” é uma ferramenta crucial para combater a desigualdade no acesso à terra no Brasil. O programa também contempla diretrizes específicas para garantir que apenas terras que não cumprem sua função social sejam consideradas para desapropriação, conforme determinado por recentes decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).

Além disso, a legislação em torno das desapropriações gerou um debate legal significativo. Especialistas apontam que o decreto pode estar em desacordo com a Constituição Federal, que exige que desapropriações sejam regulamentadas por lei, não por decreto. Esse ponto é particularmente sensível, uma vez que envolve a interpretação de cláusulas pétreas da Constituição relacionadas à propriedade produtiva e sua função social.

De acordo com o presidente da FPA, o setor produtivo está preocupado com o decreto que pode trazer insegurança jurídica e promover a relativização do direito de propriedade, enfatizando que a regulamentação de procedimentos para desapropriação deve ser feita por lei, não por decreto.

O presidente da FPA destacou a importância de proteger a população rural e o direito de propriedade, salientando que o decreto recentemente publicado apresenta pontos que acentuam a insegurança jurídica e afrontam garantias fundamentais asseguradas pela Constituição Federal. Nesse sentido, a Frente Parlamentar busca soluções para garantir a segurança e o desenvolvimento do campo brasileiro, enfrentando os desafios decorrentes das invasões de terras e das mudanças nos programas de apoio à agricultura.

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Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Levantamento mostra que acesso precário à internet limita o potencial do campo

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Mesmo em polos agrícolas de grande relevância nacional, como Sorriso (MT), Uberaba (MG) e Rio Bananal (ES), a conectividade rural ainda apresenta índices preocupantes. Segundo o Indicador de Conectividade Rural (ICR), elaborado pela ConectarAgro em parceria com a Universidade Federal de Viçosa (UFV), esses municípios apresentam ICRs de 0,2190, 0,4877 e 0,5725, respectivamente, demonstrando a necessidade urgente de ampliar o acesso à internet no campo.

O ICR, que teve sua primeira atualização em abril de 2024, é resultado do cruzamento de dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR) com o Índice Brasileiro de Conectividade (IBC) da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Através dessa análise, o estudo identificou que apenas 18,79% da área agrícola nacional possui cobertura 4G e 5G, concentrando-se principalmente nas regiões Sul e Sudeste.

As disparidades no acesso à internet no campo também se manifestam entre diferentes grupos de produtores. Enquanto 39% dos pequenos agricultores possuem cobertura 4G e 5G em toda a área de produção, essa proporção cai para 16,2% entre os médios produtores e 6,4% entre os grandes. Nos assentamentos da reforma agrária e comunidades tradicionais, a situação é ainda mais crítica, com apenas 10,4% e 26,1% de cobertura, respectivamente.

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A internet se configura como uma ferramenta essencial para o aumento da produtividade no campo. Através dela, os agricultores podem monitorar em tempo real o funcionamento de máquinas agrícolas, otimizar o manejo das lavouras, acessar informações de mercado e se conectar com compradores. A falta de conectividade, portanto, limita o potencial do agronegócio brasileiro de alcançar sua máxima eficiência.

Auxílio-internet – Para combater essa realidade, a Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que cria o auxílio-internet para famílias de baixa renda e agricultores familiares. O projeto, que ainda precisa ser aprovado pelo Senado e sancionado pelo Presidente da República, prevê a concessão de um valor mensal para a compra de dispositivos móveis e acesso à internet.

Além do auxílio-internet, o projeto também cria a Política Nacional de Conectividade da Agricultura Familiar (PNCAF), com o objetivo de promover a inclusão digital nesse segmento populacional e fomentar o uso de tecnologias digitais no campo. A PNCAF prevê a priorização da compra de equipamentos nacionais, a oferta de cursos de capacitação e a criação de mecanismos para facilitar a comercialização da produção por meio de plataformas online.

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Desafios – Apesar dos avanços, ainda há um longo caminho a ser percorrido para garantir o acesso universal à internet no campo brasileiro. A universalização da conectividade rural exigirá investimentos em infraestrutura, políticas públicas direcionadas e ações de conscientização sobre os benefícios da internet para o agronegócio.

Superar os desafios da conectividade rural é fundamental para impulsionar o desenvolvimento do agronegócio brasileiro, aumentar a produtividade, reduzir custos e ampliar as oportunidades para os agricultores familiares.

Imagem e informações da ConectarAgro

Este mapa radiográfico da conectividade rural no Brasil, apresentado pelo ICR, serve como um alerta para a necessidade de ações urgentes e coordenadas para garantir que o campo brasileiro esteja conectado ao mundo digital e possa alcançar todo o seu potencial.

Fonte: Pensar Agro

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