No começo de 2021, a Intel revelou planos de fabricar chips para outras companhias. Meses depois, a companhia fechou um acordo de produção de chips para a Qualcomm. Nesta segunda-feira (25), outro acordo do tipo foi anunciado, este com a taiwanesa MediaTek.
Fabricar chips para outras companhias é uma das estratégias que Pat Gelsinger priorizou ao se tornar CEO da Intel, em fevereiro de 2021. O plano inclui um investimento de US$ 20 bilhões na construção de novas fábricas nos Estados Unidos.
Isso só na fase inicial. Nos próximos anos, os investimentos da Intel na construção de fábricas pode chegar à soma de US$ 100 bilhões. O momento é favorável para uma expansão. Isso porque, além da demanda crescente, em breve, o governo dos Estados Unidos deve anunciar incentivos para a indústria local de semicondutores.
Parceria com a MediaTek
A MediaTek é mais conhecida por produzir chips para celulares. Ou melhor, desenvolver. Assim como Qualcomm, AMD e outras empresas do setor, a MediaTek projeta chips, mas a fabricação destes cabe a companhias especializadas, a exemplo da TSMC.
É justamente a TSMC que produz a ampla maioria dos chips da MediaTek, inclusive os que são destinados a celulares. Essa parceria não vai ser rompida com a chegada da Intel, no entanto.
Pelo menos na fase inicial, a Intel Foundry Services (IFS), como é chamada a divisão da Intel que produz semicondutores para terceiros, ficará responsável por fabricar chips da MediaTek para dispositivos inteligentes de borda (smart edge devices).
Entende-se como dispositivo de borda equipamentos que controlam fluxos de dados entre redes, bem como aqueles que se comunicam com redes diferentes. Um roteador que interliga uma rede local à internet, por exemplo, pode ser enquadrado nessa categoria.
Acordo é importante para as duas companhias
Uma das razões pelas quais a Intel aposta na IFS é a expectativa de que essa divisão a ajude a superar a sua queda de relevância percebida nos últimos anos. Ao produzir chips para terceiros, a Intel aumenta a sua presença em uma mercado que tem uma demanda altíssima.
Neste ponto, temos que ter em mente que a IFS não foi criada apenas para produzir chips tão complexos quanto os processadores da própria Intel. Em numerosas aplicações, chips com design simples e, portanto, de baixo custo, são suficientes. A MediaTek está olhando justamente para esse segmento.
O acordo também deve ajudar a MediaTek a reforçar a sua presença em duas regiões extremamente importantes: Estados Unidos e Europa (a Intel também tem fábricas no continente europeu, além de planos para novas unidades na Alemanha).
Além disso, a parceria deve permitir à MediaTek contar com uma cadeia de suprimentos mais robusta. Teoricamente, um número maior de fornecedores reduz o risco de a empresa sofrer com atrasos de entrega ou crises de escassez de componentes.
Também deve haver vantagens financeiras, mas ambas as companhias tomaram o cuidado de não revelar todos os detalhes da parceria. O volume de chips que a Intel irá produzir para a MediaTek e os valores oriundos do acordo estão entre as informações que permanecem sob sigilo.
Vale lembrar que, além da MediaTek, a Intel Foundry Services fechou acordos para produzir chips para a Qualcomm e a Amazon Web Services.
Mark Zuckerberg, CEO da Meta, virou motivo de piada nas redes sociais nesta semana depois de publicar uma selfie no metaverso. O ambiente digital foi criticado por ter design muito simples e nada imersivo.
A imagem foi postada por Zuckerberg na terça-feira (16) para anunciar a chegara da plataforma de metaverso da empresa, a Horizon Worlds, na França e na Espanha.
Na foto, Zuckerberg aparece na frente da Torre Eiffel, em Paris, e do Templo da Sagrada Família, em Barcelona. Nas redes sociais, a falta de recursos da imagem foi criticada.
“Não parece um produto real. Não há nada de ‘imersivo’ nisso. Quando seu produto principal se parece com as paredes pintadas de uma creche abandonada, você deve se perguntar”, escreveu um internauta. “Parece ótimo”, brincou outro.
“O que eles estão fazendo com todo esse dinheiro?”, questionou outro usuário, em referência aos US$ 10 bilhões que a Meta está investindo na criação de seu metaverso.
A Meta afirmou nesta semana que vai proibir anúncios questionando a legitimidade das eleições deste ano em suas plataformas. A atualização apareceu em uma publicação da empresa a respeito das medidas que está tomando durante o período eleitoral brasileiro.
Enquanto alguns anúncios tinham datas e locais de votação errados, o que poderia impedir cidadãos brasileiros de votarem, outros criticavam as urnas eletrônicas, questionando a legitimidade do pleito.
Na terça-feira (16), a Meta atualizou sua publicação confirmando a novidade. “Como parte do nosso trabalho para proteger a eleição no Brasil em 2022, vamos proibir anúncios questionando a legitimidade desta eleição”, afirmou a companhia.
A atualização aconteceu em um texto publicado na última semana que relata os esforços da Meta em relação às eleições deste ano. Entre as medidas, estão a parceria com checadores de fatos e a “remoção de conteúdos que violam as políticas voltadas para supressão de votos, ou seja, para conteúdos que desestimulam o voto ou interferem na votação”.
Esses conteúdos, que já são proibidos, também foram aprovados nos anúncios que a Global Witness publicou, o que mostra um baixo cumprimento das próprias regras da Meta. “O Facebook sabe muito bem que sua plataforma é usada para espalhar desinformação eleitoral e minar a democracia em todo o mundo”, disse Jon Lloyd, consultor sênior da ONG.
“Apesar dos autoproclamados esforços do Facebook para combater a desinformação, particularmente em eleições de alto risco, ficamos chocados ao ver que eles aceitaram todos os anúncios de desinformação eleitoral que enviamos no Brasil”, completou.