Aventador SVJ Roadster do Salão de Genebra 2019 é o mais sofisticado de sua classe, com V12 de raízes históricas
O Lamborghini Aventador Superveloce Jota Roadster foi revelado para o Salão de Genebra 2019, que será aberto para o público entre os dias 7 e 17 de março. O superesportivo provou-se, mais uma vez, como um dos mais velozes do mundo, conquistando o topo do ranking do circuito de Nürburgring (Alemanha), entre os mais rápidos a percorrer uma volta no circuito Norte, após cravar os 6 minutos e 44,97 segundos. Apesar das 963 unidades da versão cupê, que sai por R$ 1,6 milhão, numa conversão direta, não foram divulgados estes dados para a novidade sem o teto.
A novidade do Salão de Genebra 2019
recebeu modificações em cima do Lamborghini Aventador S
. Além de mais agressivo no visual, recebe melhorias na carroceria, entradas de ar no capô, além de peças de fibra de carbono. Já o para-choque ganhou extensões nas bordas, enquanto a asa traseira deixa o SVJ Roadster ainda mais chamativo.
Outro destaque fica por conta do pacote de aerodinâmica ativa da Lamborghini “Active Aerodynamics” (ALA), usado pela primeira vez no Huracán Performante Coupe, e em seguida no conversível Spyder. A tecnologia de última geração das corridas adaptam a carroceria por meio de abas que se movimentam, e com isso, o Aventador SVJ Roadster se adapta à cada situação de pista.
Os visitantes do Salão de Genebra 2019 poderão ver que, em seu interior, não há nada além do necessrário
O motor 6.5, V12, aspirado foi preparado para entregar 770 cv e 72 kgfm, enquanto o kit aerodinâmico gera quase 500 kg de pressão descendente quando estiver na velocidade máxima de 350 km/h. De acordo com a fabricante, o superesportivo é capaz de fazer de 0 a 100 km/h em 2,8 segundos e leva 8,6 s para ir de 0 a 200 km/h. O câmbio do supercarro italiano
é automatizado, de dupla embreagem, sete marchas e a tração integral.
Em seu interior, o Lamborghini Aventador SVJ Roadster
traz bancos concha com Alcântara e detalhes pintados de vermelho. Os painéis das portas foram substituídos por uma placa de fibra de carbono, enquanto as maçanetas agora são apenas tiras de tecido vermelho. Tal como em modelos esportivos icônicos, com versões semi-pista, por aqui o que comanda é uma dieta obsessiva.
A novidade do Salão de Genebra 2019
é, segundo a marca, uma remanescente no mundo dos supercarros. Não só porque quase não se tem mais carros V12 em produção, como a “escola old school” de preparação foi levada a sério no Aventador SVJ. Para se ter uma ideia, as válvulas de admissão são feitas de titânio, muitos componentes do motor são de peças aliviadas, houve toda uma engenharia para otimizar fluxo e, inclusive, otimizar o ronco do motor — algo muito mais artesanal (e espirituoso) do que se tivessem simplesmente adotado um sistema híbrido, ou com turbocompressores.
Ainda bem cedo, os competidores se dirigem à largada. A temperatura esteve próxima do zero
Neste último fim de semana fui até o Rio Grande do Sul acompanhar a terceira etapa do Campeonato Brasileiro de Rally de Regularidade Histórica , promovido pela Federação Brasileira de Veículos Antigos – FBVA. A etapa chama-se Rally dos Vinhedos e é organizada pelo Veteran Car Club dos Vinhedos , sediado no município de Bento Gonçalves , na Serra Gaúcha.
Só o fato de estar em uma região tão bela, tão bem dotada pela natureza, já vale qualquer dificuldade em chegar, visto que fica no extremo sul do país, região que é bem conhecida pelas baixas temperaturas , especialmente no inverno. Mas é justamente isso que faz do lugar um destino tão desejado.
O Rally dos Vinhedos está comemorando sua décima edição, reunindo 129 veículos antigos e clássicos para um passeio cronometrado pelas estradas da região, passando por municípios como Bento Gonçalves, Garibaldi, Carlos Barbosa, Pinto Bandeira e Santa Tereza. O mais interessante foi a participação de 13 intrépidos pilotos de motonetas clássicas , que enfrentaram a temperatura de quase zero grau no momento da largada.
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As motonetas cruzaram alguns centros urbanos durante o percurso
E mais, diferentemente dos automóveis, que têm um piloto e um navegador, que além de lhe fornecer a velocidade ideal para cada trecho também indica o caminho a ser seguido, no scooter o piloto faz sozinho todos os trabalhos.
Claro, sendo um rally de veículos antigos , essas motonetas, que atualmente são conhecidas por scooters , são de época, de um tempo quando ainda não tinham esse apelido.
Dos 13 participantes, 11 deles pilotavam Vespa nacionais dos anos 80, que eram fabricadas em Manaus, AM, pela Piaggio . Os outros dois pilotavam Lambretta Li 150 , fabricadas nos anos 60. Vespa e Lambretta eram (e são) eternos rivais nesse segmento dos veículos de duas rodas.
Um rally de regularidade , que também pode ser chamado de passeio cronometrado, avalia a capacidade do piloto em manter as médias de velocidade pré-estabelecidas, que figuram na planilha com o roteiro. Quanto mais próximo o tempo de passagem pelos vários pontos de controle distribuídos pelo percurso, menos pontos o participante perde. No final, quem perder menos pontos, de acordo com um regulamento complexo, vence a prova.
Entre as motonetas, o vencedor foi André Sain, de Bento Gonçalves, pilotando (e navegando) a Vespa PX 200 1986 de número 21. André teve 78 pontos perdidos nessa etapa.
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O vencedor André Sain, com sua Vespa PX 200 1986
Em segundo lugar chegou Daniel Orso, também de Bento Gonçalves, com a Vespa PX 200 Elestart 1987 de número 24, com 84 pontos perdidos. Em terceiro lugar ficou Rodrigo Nenini, de Garibaldi, com a Vespa PX 200 1986 de número 22, com 123 pontos perdidos.
Brasília LS 1980 é um dos modelos históricos da Volkswagen no Brasil
A Volkswagen tem uma história muito interessante. Como sabemos, ela começou na Alemanha da década de 30 produzindo aquele que seria um dos carros mais icônicos do planeta: o Fusca. Naquela época, Ferdinand Porsche criou a ideia de um motor boxer com refrigeração a óleo e manutenção muito simples.
Após o final da Segunda Guerra Mundial, a marca retomou a produção do besouro e, na década seguinte, percebeu que o seu público consumidor buscava algo diferente. Na metade dos anos 50, nasceu o Karmann-Ghia , o modelo com linhas clássicas e esportivas utilizando a mesma mecânica confiável.
Na década seguinte, a Volkswagen ampliou a sua gama de modelos com versões diferentes. No Brasil, a grande mudança ocorreu nos anos 70 quando a matriz deu liberdade para que as suas filiais criassem modelos diferentes de acordo com o público consumidor. O Brasil foi um deles e a genialidade e capacidade de nossos projetistas marcou a história.
Nesse sentido, nasceu o Brasília, em 1973. O projeto da equipe de Márcio Piancastelli conseguiu sanar os problemas clássicos do Fusca e aprimorar a ideia desse projeto tão versátil. Nascia ali um modelo que agradou em cheio o consumidor, trazendo resistência e um estilo muito marcante para as famílias brasileiras.
O modelo comemorou 50 anos este ano com muita festa por parte da montadora. Algumas de suas versões chamaram atenção, trazendo mais acessórios e mais equipamentos. É o caso desse exemplar LS , de 1980, que pertence a Leandro Coelho , mecânico e que também possui um canal popular no YouTube .
O exemplar está extremamente bem conservado com todas as características originais da época. Os destaques vão para o lavador elétrico do vidro, frisos laterais e o interior monocromático. Os bancos com encosto de cabeça também fazem parte desse pacote juntamente com o motor de 1.584 cm³ cilindrada.
Dirigir o Brasília é uma grande satisfação. Realmente o acerto do projeto em relação ao Fusca é notável. Vale destacar a sua estabilidade, o conforto dos assentos e a mesma simplicidade mecânica que acompanhou toda essa história fantástica desses 70 anos da Volkswagen no Brasil .