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Agronegócio

MILHO/RETRO 2018: Clima prejudica produção em 2018, preço interno sobe e exportação cai

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Cepea, 10/01/2019 – O mercado de milho em 2018 foi marcado pela forte queda na produção nacional, resultado da menor produtividade no campo, que, por sua vez, foi prejudicada pelo clima, de acordo com dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. A menor oferta sustentou os preços domésticos na maior parte do ano, reduzindo a competitividade do cereal no mercado externo, contexto que limitou as exportações do milho. Em termos globais, também houve redução na oferta.

 

Em janeiro/18, o estoque inicial da safra 2017/18 era o maior da história, de 17,2 milhões de toneladas. Essa previsão de maior disponibilidade pressionou as cotações no final da temporada passada, o que acabou influenciando na decisão do produtor de reduzir a área com o milho de verão. Segundo dados da Conab, a área da temporada de verão 2017/18 caiu 7,3% e a produtividade, 5,1%, resultando em produção de 26,81 milhões de toneladas, volume 12% inferior ao da safra anterior.

 

Após o semeio de milho da segunda safra ter sido concluído de forma satisfatória no primeiro trimestre, a estiagem de abril a maio em praças de Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo prejudicou o desenvolvimento das lavouras, contexto que deixou agentes incertos quanto à produção. De acordo com a Conab, a produção nacional de segunda safra se consolidou em 53,97 milhões de toneladas, redução de mais de 19% em relação à temporada anterior, devido às quedas de 15,2% na produtividade e de 4,6% na área. Com isso, a produção total foi de 80,78 milhões de toneladas, 17% abaixo à temporada anterior, segundo a Conab.

 

Nesse mesmo período – especificamente em maio –, a greve dos caminhoneiros trouxe incertezas quanto aos valores dos fretes. Todo esse cenário limitou as negociações envolvendo milho e elevou os preços. Assim, no balanço do primeiro semestre, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) subiu 9,5%, com média de R$ 38,65/saca de 60 kg no período, 23% acima da observada na primeira metade de 2017, em termos nominais.

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No segundo semestre, produtores/vendedores, atentos à menor produção, postergaram ao máximo as negociações do cereal, à espera de preços maiores. Esse fato somado às valorizações do dólar frente ao Real, em decorrência do cenário político, impulsionaram com força os valores do milho em agosto. Já em setembro e outubro, no entanto, o avanço da colheita e a consequente maior disponibilidade pressionaram as cotações do cereal. 

 

No último bimestre do ano, os preços retomaram o movimento de alta, principalmente nas regiões consumidoras, influenciados pela maior demanda para reposição de estoques e pela posição retraída de vendedores. No segundo semestre de 2018, a média do Indicador foi apenas 1,1% inferior à do primeiro semestre, mas 30% superior à observada na segunda metade de 2017, em termos nominais.

 

No acumulado do ano, o Indicador subiu 15,3%, a R$ 38,93 no dia 28 de dezembro. Na média das regiões acompanhas pelo Cepea, houve aumento de 23,7% no mercado de balcão e de 19,5% no de lotes.

 

Na média do ano, os preços brasileiros estiveram cerca de 20% superiores aos norte-americanos e 4% acima dos argentinos. Essa menor competitividade do milho brasileiro no mercado internacional influenciou na queda das exportações na safra 2017/18.

 

Além dos preços elevados no mercado interno, disputas internacionais entre os Estados Unidos e a China elevaram a atratividade da soja brasileira, fazendo com que tradings optassem por exportar a oleaginosa – e isso deslocou o volume armazenado de milho para o mercado interno. 

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No início da safra, a Conab estimava que as exportações na temporada 2017/18 (de fevereiro/18 a janeiro/19) atingissem 30 milhões de toneladas. Porém, ao longo da safra, as estimativas foram reajustadas, passando para 23 milhões de toneladas atualmente. Segundo dados da Secex, de fevereiro/18 a dezembro/18, as exportações brasileiras somam 20,89 milhões de toneladas, 24,99% abaixo do volume do mesmo período de 2017.

 

Caso as atuais estimativas da Conab se concretizem, o estoque final da safra 2017/18 (final de janeiro/19) devem atingir 15,9 milhões de toneladas. Apesar de ser 8% menor em relação à temporada anterior, ainda é considerado um estoque confortável em termo de abastecimento interno para o período de entressafra.

 

Em termos mundiais, a produção na safra 2017/18 é estimada em 1,07 bilhão de toneladas, quantidade 4,1% inferior à anterior, segundo o USDA. Nos Estados Unidos, principal produtor mundial do cereal, a produção foi de 370,96 milhões de toneladas, queda de 3,6% em relação ao ano anterior.

 

O consumo da temporada foi estimado pelo USDA em 1,08 bilhão de toneladas, aumento de 0,2% em relação à safra anterior. As transações internacionais são estimadas em 151 milhões de toneladas, incremento de 6,6% em relação à temporada passada. Os Estados Unidos seguem como principal exportador mundial do cereal, seguido pelo Brasil, Argentina e Ucrânia. Assim, o estoque mundial atingiu 340,2 milhões de toneladas, quantidade 2,9% inferior à da temporada passada. 

 

ASSESSORIA DE IMPRENSA: Outras informações podem ser obtidas por meio da Comunicação do Cepea: (19) 3429 8836 / 8837 e [email protected].

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Agronegócio

Com 87% do agronegócio formado por pequenos, Minas se destaca na diversificação

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Minas Gerais se destaca no cenário agrícola nacional como o estado mais diversificado em culturas e criações, abrigando cerca de 20,5 milhões de habitantes em seus 853 municípios distribuídos em 58,6 milhões de hectares. Reconhecido como o segundo estado com o maior número de agricultores familiares, quase 87% das propriedades agrícolas mineiras têm menos de 50 hectares.

No que diz respeito à produção de alimentos, Minas Gerais ocupa posição de liderança em diversas categorias. É o primeiro estado produtor de café, alho, batata-inglesa, baroa, marmelo, ervilha, leite, vacas ordenhadas, equinocultura e ovos de codorna. Além disso, se destaca em outras culturas, como abacate, feijão, laranja, limão, tangerina, sorgo, azeitona, banana, girassol e borracha (látex).

Em termos de exportações do agronegócio, Minas Gerais viu um crescimento significativo, passando de US$ 7,6 bilhões em 2010 para US$ 15,1 bilhões em 2022, porém, apresentou um valor de US$ 11,9 bilhões entre janeiro e outubro de 2023. Café e soja são responsáveis por cerca de 65,1% do valor total exportado.

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As exportações de carne bovina saltaram de US$ 318,6 milhões em 2010 para US$ 1,3 bilhão em 2022, enquanto as de carne de frango passaram de US$ 299,2 milhões em 2015 para US$ 335,8 milhões em 2022. Entre janeiro e outubro de 2023, as exportações de carne de frango atingiram US$ 312,3 milhões.

Além disso, Minas Gerais expandiu sua oferta de grãos, que foi de 10,2 milhões de toneladas em 2010 para 17,1 milhões em 2022, com projeção de alcançar 19,3 milhões de toneladas na safra 23/24, considerando eventuais alterações decorrentes de fatores climáticos.

Esse panorama agrícola e econômico demonstra o protagonismo de Minas Gerais no cenário nacional, gerando empregos, ampliando a produção de alimentos e contribuindo significativamente para as exportações do país.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Produtores da Bahia têm até 15 de janeiro para vacinar contra aftosa

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A Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri), prorrogou o prazo para a vacinação contra a Febre Aftosa  até o dia 15 de janeiro próximo.

Com um rebanho bovino estimado em cerca de 12 milhões de cabeças, a Bahia enfatiza a importância da vacinação como medida preventiva contra a febre aftosa, uma das enfermidades mais severas que impactam bovinos e bubalinos. A Adab solicita que todos os criadores façam a declaração da vacinação o mais brevemente possível.

A imunização dos animais não apenas zela pela saúde dos rebanhos, mas também desempenha um papel vital na economia, uma vez que a presença da doença pode afetar as exportações de carne. A Bahia está em direção a se tornar o pioneiro estado do Nordeste a alcançar o status de Zona Livre da Aftosa sem Vacinação até 2024, abrindo caminho para a exploração de novos mercados para a carne baiana.

Fonte: Pensar Agro

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