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“Minhas cicatrizes não me definem”, diz mulher que teve 65% do corpo queimado

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Em dezembro de 2005, anos 16 anos, Kechi Okwuchi não imaginava que seu corpo ficaria coberto de cicatrizes
. Na época, ela embarcou em um avião em Abuja, na Nigéria, com outros 60 colegas. A 15 minutos da hora de pousar, a aeronave enfrentou um problema. “Lembro-me de ouvir um som alto de metal raspando e, depois disso, não lembro de mais nada”, conta ao portal  Health
.


A americana Kechi Okwuchi ficou com cicatrizes em diversas partes do corpo após sobreviver a um acidente aéreo
Reprodução/Instagram/kechi_agt

A americana Kechi Okwuchi ficou com cicatrizes em diversas partes do corpo após sobreviver a um acidente aéreo

Cinco semanas depois, Kechi abriu seus olhos em um hospital em Joanesburgo, na África do Sul. “Enquanto eu estava lá, minha mãe cantou para mim e me contou o que havia acontecido e onde eu estava. Então, quando acordei do coma induzido, percebi que havia sobrevivido a um acidente de avião e que estava sendo cuidada”, diz a jovem com cicatrizes
ao portal

A americana teve queimaduras de terceiro grau que cobriram mais de 65% do seu corpo. Ela ainda perdeu massa muscular e superfícies da pele nas pernas, braços, cabeça e em outras partes. Os médicos fizeram enxertos para que ela não fosse tão propensa a desenvolver infecções e sepse.

Nos primeiros meses de recuperação, seu corpo
estava dormente. Quando se curou, sentiu esse sintoma de volta e, com isso, veio dor e coceira. “Quanto mais dor eu sentia, mais viva me sentia. Fiquei curiosa sobre o que aconteceu com meus colegas e amigos. Acreditava que todos os outros haviam sobrevivido, como eu. Quatro meses após o acidente, a verdade me foi revelada: 107 dos 109 passageiros morreram”, explica.

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Ao saber da notícia, ela entrou em depressão. “Eu me apoiei na minha fé e na minha família. A música também desempenhou um papel importante na minha recuperação. Foi uma maneira maravilhosa de me distrair da dor. Por fim, decidi que queria que minha vida significasse alguma coisa, especialmente para as crianças que haviam falecido e para suas famílias”, expõe.

A partir daquele momento, Kechi decidiu viver de uma forma que os deixasse orgulhosos. “Parei de perguntar ‘por que’ as coisas aconteceram do jeito que aconteceram, porque eu sabia que nunca conseguiria uma resposta. Em vez disso, encontrei propósito em minha sobrevivência e decidi viver o máximo e o melhor possível, para comemorar a memória daqueles que se perderam”, conta.

Nos dois anos seguintes, ela enfrentou inúmeras cirurgias. Ela precisou usar uma  cadeira de rodas
no começo, mas conseguiu recuperar sua mobilidade com o passar do tempo. Em 2009, já estava andando, correndo e nadando.

“Adultos com cicatrizes me mostraram que há vida depois das queimaduras”


Kechi Okwuchi exibe suas cicatrizes em seu perfil do Instagram; ela fala que outras pessoas a ajudaram a seguir em frente
Reprodução/Instagram/kechi_agt

Kechi Okwuchi exibe suas cicatrizes em seu perfil do Instagram; ela fala que outras pessoas a ajudaram a seguir em frente

Em 2010, a americana entrou para uma organização sem fins lucrativos dedicada a capacitar qualquer pessoa afetada por lesões. “Antes disso, eu só conheci sobreviventes que eram da minha idade ou mais jovens, pacientes do hospital. Mas, no evento, vi adultos com cicatrizes que estavam se saindo bem e aproveitando a vida. Eles me mostraram que há vida depois das queimaduras
”, ressalta.

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Isso ajudou a jovem a melhorar e começar a pensar sobre o que teria feito se o acidente nunca tivesse acontecido. Diante disso, resolveu terminar o ensino médio e, depois, passou a estudar economia na University of St. Thomas, no Texas. A formatura aconteceu em 2015. “Me formei com muita honra”, afirma.

No ano seguinte, um amigo a inscreveu para participar do “America’s Got Talent”. “Eu cresci amando cantar, mas não achava que minha voz era competitiva o suficiente para fazer uma carreira a partir disso. E sabia que Hollywood estava focada na imagem e achei que minhas cicatrizes não seriam aceitas. Para minha surpresa, o show me contatou e me pediu para seguir em frente – e eu assumi o risco”, declara.

O programa de TV serviu para que ela pudesse compartilhar sua história e inspirar outras pessoas com sua jornada como sobrevivente de queimaduras. Com a notoriedade, Kechi chegou até crianças que estavam passando por aquilo que havia sofrido. Conforme conta, ela pode lhes dar esperança e mostrar a elas que é possível ter a vida que quiserem depois das queimaduras.

A americana ainda conta sobre a primeira vez que viu seu reflexo depois do acidente. “Embora tudo parecesse tão diferente, ainda assim, de alguma forma, vi Kechi naquele espelho. Percebi que o que quer que fosse, eu tinha que ser mais do que minha aparência física. Minhas cicatrizes não me definem”, garante.

Quase 14 anos depois do acidente que marcou sua vida, a texana inspira com suas mensagens
. “Se você tem cicatrizes
visíveis ou invisíveis, você é mais do que elas. Você é mais do que as pessoas podem ver. Eu cheguei até aqui e sei que posso ir mais longe. Eu tenho muito mais força e resiliência dentro de mim do que jamais soube”, finaliza.

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Violência contra a mulher: 21 Dias de Ativismo não são suficientes

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21 Dias de Ativismo não são suficientes para um país que estupra mulheres e crianças a cada oito minutos
Reprodução/Adobe Stock

21 Dias de Ativismo não são suficientes para um país que estupra mulheres e crianças a cada oito minutos

Até o final desse texto, ao menos uma menina ou mulher terá sido estuprada no Brasil. Isso não é sensacionalismo, mas sim, estatística. E das mais alarmantes. Só no primeiro semestre de 2023, foram 34 mil casos registrados de estupro, o que representa um aumento de 15% em comparação com o mesmo período de 2022. E hoje, até o final do dia, aproximadamente quatro mulheres serão mortas em casos de feminicídio — o maior índice desde 2019.

Os dados são do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e reforçam o inegável: o Brasil tem questões estruturais de ódio às mulheres e às meninas. Misoginia e estruturas machistas permeiam historicamente a nossa formação como país e perpetuam cada vez mais rápido em tempos de hiperconexão, exposição digital acelerada e sentimento de impunidade. A situação se agrava quando falamos das pessoas mais vulneráveis. Mulheres negras representam cerca de 62% dos feminicídios, enquanto as crianças são estupradas principalmente dentro de casa, muitas vezes por seus familiares.

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É por tudo isso que iniciativas como os 21 dias de Ativismo são mais que necessárias para conscientizar, mobilizar e, potencialmente, combater todos os tipos de agressões que mulheres e meninas sofrem hora após hora, minuto a minuto. A campanha, que globalmente se chama 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres, começou em 1991 com o Instituto de Liderança Global das Mulheres. Atualmente, cerca de 150 países aderem ao movimento com ações nas ruas e nas redes. Por aqui, iniciamos as mobilizações no dia 20 de novembro, como homenagem ao Dia da Consciência Negra, e seguimos até 10 de dezembro, que marca o Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Nós, da Think Olga, somamos aos 21 Dias de Ativismo trazendo mensagens, relatos e ferramentas que podem apoiar as mulheres, o Estado, o setor privado e a sociedade como um todo. Recentemente, por exemplo, mostramos como o medo da violência afeta outras esferas da vida das mulheres.

Em nosso Lab Think Olga Esgotadas, o medo constante de sofrer violência é citado por uma em cada seis entrevistadas como fator de impacto em sua saúde mental. Também trabalhamos com cartilhas de combate ao assédio e à violência e damos visibilidade a espaços de acolhimento e denúncia.

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Infelizmente, toda mulher já sofreu, teme sofrer ou conhece alguma outra que já sofreu violência. Andar na rua sozinha de dia e de noite, cortar laços com um parceiro abusivo, ser assediada no transporte público ou ao caminhar em qualquer lugar, não poder deixar sua criança próxima de uma figura masculina… Essas são as realidades que já não podemos tolerar. Esse é o compromisso de mudança que precisamos assumir todos os dias, ativa e profundamente. Porque é sobre mudar uma sociedade cheia de ódio em relação às mulheres. É sobre fortalecer mulheres cheias de traumas. É sobre a vida e a sobrevivência. É sobre vivermos.

Fonte: Mulher

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Bubble hair:Jackeline Alecrim explica os riscos e os danos para cabelo

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Bubble hair: Quais são os riscos e os danos para o cabelo?
Reprodução/BellaHairCosméticos

Bubble hair: Quais são os riscos e os danos para o cabelo?


Geralmente, usa-se muitas ferramentas para manter o cabelo em ordem, principalmente equipamentos que emitem calor, como secador, chapinha e babyliss. Porém, quando não se é usado um protetor térmico, as madeixas ficam expostas a altas temperaturas durante o uso desses equipamentos, surgindo assim o efeito do “bubble hair”, que acaba formando bolhas de ar que ficam no cabelo por danos térmicos.

Para isso, a cientista e especialista em cabelos, Jackeline Alecrim explica que as fibras capilares contém espaços cheios de ar, chamados vacúolos, e quando as madeixas são lavadas e ficam molhadas e esses espaços acabam sendo preenchidos pela água. “Se secarmos os fios encharcados e sem proteção térmica, isso faz com que a água vaporize e expanda esses vacúolos, formando bolhas de ar dentro dos fios. Dessa forma, os cabelos acabam se tornando mais frágeis, favorecendo a quebra capilar, deixando as madeixas mais ásperas e ressecadas. Ademais, a longo prazo, a saúde do cabelo vai sofrer com muita intensidade.”, explica Jackeline.

Além disso, de acordo com a cientista, nenhum tipo de cabelo escapa dos danos causados pelo calor, e para diminuir o efeito, basta usar protetores térmicos. “Cabelos danificados, quebradiços, com frizz, sem brilho e sem maciez podem ter sido agredidos pelo ‘bubble hair’ sem a pessoa nem ter noção disso”, afirma.

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Segundo Jackeline, se o ‘bubble hair’ se forma no fio, não há tratamento. Ou seja, ele é irreversível. Dessa forma, as madeixas irão quebrar sempre que as bolhas se formarem. “Através de uma avaliação capilar, identificamos essa disfunção e elaboramos um cronograma de mudança de hábitos de cuidados capilares que podem ajudar”, aponta.

Porém, a ciência aponta que existem formas eficazes de previnir o efeito. “Quando for usar secador, por exemplo, mantenha-o a uma distância razoável do couro cabeludo e dos fios com uma temperatura não tão elevada. Ainda é essencial investir em protetores térmicos, pois eles formam uma barreira ao redor do fio, permitindo uma secagem externa e protegendo a estrutura interna dos fios”, destaca a especialista.

Fonte: Mulher

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