A Netflix ganhou 5,9 milhões de usuários pagantes no trimestre entre abril e junho deste ano, resultado que a empresa credita, em maior parte, ao plano para acabar com o compartilhamento de senhas na plataforma.
O programa de compartilhamento pago da Netflix foi lançado em 100 países em maio, incluindo o Brasil. De acordo com a empresa, esses mercados representam 80% da sua base de receita.
“A receita em cada região agora é maior do que antes do lançamento, com inscrições já superando cancelamentos”, afirmou a Netflix em sua divulgação de resultados trimestrais nesta quarta-feira (19). Diante do sucesso, a empresa anunciou que está ampliando o programa para os países restantes.
No trimestre, o faturamento da Netflix foi de US$ 8,2 bilhões, enquanto o lucro operacional foi de US$ 1,8 bilhão.
“A maior parte do crescimento de nossa receita este ano vem do crescimento em volume por meio de novas assinaturas pagas, e isso é amplamente impulsionado por nosso lançamento de compartilhamento pago. É o nosso principal acelerador de receita no ano e esperamos que esse impacto aumente ao longo de vários trimestres”, afirmou Spencer Adam Neumann, diretor financeiro da Netflix, durante conferência de resultados.
Além da implementação do compartilhamento pago, a Netflix também está investindo em outras mudanças nas assinaturas. Em alguns países, a empresa encerrou o plano Básico, forçando os usuários a migrarem para a versão com anúncios ou para um plano mais caro. Por enquanto, essa medida não atinge o Brasil.
OpenAI, dona do ChatGPT, é uma das empresas que assinou compromisso com governo dos EUA
As sete principais empresas de inteligência artificial (AI) dos Estados Unidos concordaram nesta sexta-feira (21) em adotar uma série de medidas para desenvolver seus sistemas de forma mais responsável. O acordo foi realizado entre as companhias e o governo dos Estados Unidos.
Dentre os compromissos aceitos pela Amazon, Anthropic, Google, Inflection, Meta, Microsoft e OpenAI, estão investimentos em cibersegurança, realização de testes envolvendo aspectos de discriminação nos sistemas de IA antes de seus lançamentos, e um novo sistema de marca d’água em conteúdos gerados por IA.
Este último compromisso é uma forma das empresas sinalizarem que um texto, áudio, vídeo ou foto foi gerado por uma inteligência artificial, evitando que usuários acreditem, por exemplo, em deepfakes. As empresas ainda trabalham para implementar as novidades.
Por se tratar de um compromisso voluntário, a medida não é considerada uma regulação das empresas de IA, já que não há consequências para o descumprimento das promessas.
Google testa inteligência artificial para escrever notícias; confira
O Google está atualmente desenvolvendo uma ferramenta de IA generativa, projetada para auxiliar jornalistas em seu trabalho. Denominada “Genesis”, a plataforma tem como objetivo absorver informações detalhadas sobre eventos recentes e produzir notícias.
Segundo uma reportagem do The New York Times, o Google fez uma apresentação da ferramenta Genesis para executivos de alguns dos principais jornais dos Estados Unidos, incluindo o próprio NYT, o The Washington Post e a News Corp, empresa detentora do The Wall Street Journal. A apresentação revelou detalhes sobre o funcionamento da ferramenta de IA generativa voltada para auxiliar jornalistas em suas atividades.
Representante do Google, Jean Crider afirmou que “estamos em estágios iniciais de ideias para fornecer ferramentas de IA que auxiliem os jornalistas em seus trabalhos”, enfatizando a intenção de estabelecer parcerias com editores de notícias no desenvolvimento da iniciativa.
De acordo com pessoas que estiveram presentes na apresentação, o Google tem a convicção de que a IA poderá atuar como uma assistente no trabalho de jornalistas, automatizando o processo de produção de notícias.
Contudo, nem todos ficaram completamente convencidos com a abordagem do Google. Alguns executivos, que preferiram manter o anonimato, revelaram ao New York Times que a proposta da IA desvaloriza os esforços dos profissionais da área em termos de apuração e produção de notícias.
Atualmente, alguns veículos de comunicação já estão empregando Inteligências Artificiais generativas para criar conteúdo, porém, as publicações de notícias têm sido cautelosas em sua adoção, principalmente devido a preocupações relacionadas à tendência da tecnologia de gerar informações factualmente incorretas.
Os pesquisadores constataram que a precisão das respostas geradas pareceu diminuir com o passar do tempo, corroborando os relatos de usuários sobre as versões mais recentes do software apresentando uma aparente “queda de inteligência”. Usuários têm relatado há mais de um mês a percepção de uma queda na qualidade da plataforma.
O Bard funciona de forma bastante similar ao ChatGPT, conseguindo responder perguntas, resumir textos, dar ideias sobre diversos assuntos, escrever e-mails e muito mais.