Grupo Peugeot-Citroën nunca escondeu o interesse de retornar para os Estados Unidos. Eis a segunda chance
De acordo com o site americano Automotive News, a Peugeot será a linha de frente no retorno das marcas francesas aos Estados Unidos. A fabricante tem planos de iniciar suas vendas em meados de 2026, após abandonar o país ainda no começo dos anos 90.
Os planos de retornar aos Estados Unidos já haviam sido detalhados pelo Grupo PSA ainda em 2016, mas não havia evidências se apostariam em Peugeot
, Citroën, DS ou a recém-adquirida Opel.
O presidente da PSA
, Carlos Tavares, antecipou ao Automotive News que os modelos vendidos nos Estados Unidos serão feitos na Europa e na China. Além da nova investida na América do Norte, a Peugeot pretende realocar suas marcas em novos mercados globais, incluindo a Citroën na Índia e Opel na Rússia.
Também é cedo para apontar quais modelos serão vendidos na América do Norte, mas rumores sugerem ênfase em modelos híbridos e elétricos. Sua família de SUVs (composta por 2008, 3008 e 5008) também faria sentido, uma vez que a categoria continua crescendo em todo o planeta. Em seu primeiro passo na eletrificação, a Peugeot apresentará o novo 208 no Salão de Genebra (Suíça). Portanto, novas versões eletrificadas poderão surgir nos próximos anos.
Peugeot-Citroën no Brasil
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Mesmo com Peugeot 3008 e Citroën C4 Cactus, vendas não tiveram resultado satisfatório no Brasil
Mesmo com crescimento do mercado de 13,7% em 2018, de acord com a Fenabrave (Federação dos Distribuidores de Veículos) tanto Peugeot quanto Citroën perderam espaço de mercado no Brasil. Ainda de acordo com a entidade, a Peugeot caiu das 26.855 unidades emplacadas em 2017 para 23.674 em 2018. A Citroën
foi de 22.556 emplacamentos para apenas 20.336.
Por mais que os números não mostrem uma queda tão acentuada, a participação de mercado de ambas as marcas caiu neste período. A Peugeot
representava 1,24% do mercado brasileiro em 2017, indo para 0,96% em 2018. Da mesma forma, a Citroën foi de 1,04% para 0,82%, mesmo com um lançamento recente na categoria que mais cresce no Brasil, o SUV C4 Cactus.
Apesar de não estar bem na América do Sul, os resultados globais da PSA são animadores. O resultado operacional corrente do Grupo foi de € 5,689 milhões, um aumento de 43%, com o resultado operacional corrente da PCD Automotiva crescendo 21,9% e alcançando € 3,617 bilhões.
Esse nível recorde de rentabilidade de 8,4% do Grupo PSA ( Peugeot
-Citroën Sociedade Anônima) foi alcançado apesar de grandes dificuldades nas taxas de câmbio e de aumentos de custos de matérias-primas, graças a um mix de produtos e condições de preço positivos, bem como devido a maiores reduções de custos. O resultado operacional corrente da OV Automotiva foi positivo em € 859 milhões em 2018, comparado a uma perda de € 179 milhões nos cinco últimos meses de 2017.
Ainda bem cedo, os competidores se dirigem à largada. A temperatura esteve próxima do zero
Neste último fim de semana fui até o Rio Grande do Sul acompanhar a terceira etapa do Campeonato Brasileiro de Rally de Regularidade Histórica , promovido pela Federação Brasileira de Veículos Antigos – FBVA. A etapa chama-se Rally dos Vinhedos e é organizada pelo Veteran Car Club dos Vinhedos , sediado no município de Bento Gonçalves , na Serra Gaúcha.
Só o fato de estar em uma região tão bela, tão bem dotada pela natureza, já vale qualquer dificuldade em chegar, visto que fica no extremo sul do país, região que é bem conhecida pelas baixas temperaturas , especialmente no inverno. Mas é justamente isso que faz do lugar um destino tão desejado.
O Rally dos Vinhedos está comemorando sua décima edição, reunindo 129 veículos antigos e clássicos para um passeio cronometrado pelas estradas da região, passando por municípios como Bento Gonçalves, Garibaldi, Carlos Barbosa, Pinto Bandeira e Santa Tereza. O mais interessante foi a participação de 13 intrépidos pilotos de motonetas clássicas , que enfrentaram a temperatura de quase zero grau no momento da largada.
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As motonetas cruzaram alguns centros urbanos durante o percurso
E mais, diferentemente dos automóveis, que têm um piloto e um navegador, que além de lhe fornecer a velocidade ideal para cada trecho também indica o caminho a ser seguido, no scooter o piloto faz sozinho todos os trabalhos.
Claro, sendo um rally de veículos antigos , essas motonetas, que atualmente são conhecidas por scooters , são de época, de um tempo quando ainda não tinham esse apelido.
Dos 13 participantes, 11 deles pilotavam Vespa nacionais dos anos 80, que eram fabricadas em Manaus, AM, pela Piaggio . Os outros dois pilotavam Lambretta Li 150 , fabricadas nos anos 60. Vespa e Lambretta eram (e são) eternos rivais nesse segmento dos veículos de duas rodas.
Um rally de regularidade , que também pode ser chamado de passeio cronometrado, avalia a capacidade do piloto em manter as médias de velocidade pré-estabelecidas, que figuram na planilha com o roteiro. Quanto mais próximo o tempo de passagem pelos vários pontos de controle distribuídos pelo percurso, menos pontos o participante perde. No final, quem perder menos pontos, de acordo com um regulamento complexo, vence a prova.
Entre as motonetas, o vencedor foi André Sain, de Bento Gonçalves, pilotando (e navegando) a Vespa PX 200 1986 de número 21. André teve 78 pontos perdidos nessa etapa.
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O vencedor André Sain, com sua Vespa PX 200 1986
Em segundo lugar chegou Daniel Orso, também de Bento Gonçalves, com a Vespa PX 200 Elestart 1987 de número 24, com 84 pontos perdidos. Em terceiro lugar ficou Rodrigo Nenini, de Garibaldi, com a Vespa PX 200 1986 de número 22, com 123 pontos perdidos.
Brasília LS 1980 é um dos modelos históricos da Volkswagen no Brasil
A Volkswagen tem uma história muito interessante. Como sabemos, ela começou na Alemanha da década de 30 produzindo aquele que seria um dos carros mais icônicos do planeta: o Fusca. Naquela época, Ferdinand Porsche criou a ideia de um motor boxer com refrigeração a óleo e manutenção muito simples.
Após o final da Segunda Guerra Mundial, a marca retomou a produção do besouro e, na década seguinte, percebeu que o seu público consumidor buscava algo diferente. Na metade dos anos 50, nasceu o Karmann-Ghia , o modelo com linhas clássicas e esportivas utilizando a mesma mecânica confiável.
Na década seguinte, a Volkswagen ampliou a sua gama de modelos com versões diferentes. No Brasil, a grande mudança ocorreu nos anos 70 quando a matriz deu liberdade para que as suas filiais criassem modelos diferentes de acordo com o público consumidor. O Brasil foi um deles e a genialidade e capacidade de nossos projetistas marcou a história.
Nesse sentido, nasceu o Brasília, em 1973. O projeto da equipe de Márcio Piancastelli conseguiu sanar os problemas clássicos do Fusca e aprimorar a ideia desse projeto tão versátil. Nascia ali um modelo que agradou em cheio o consumidor, trazendo resistência e um estilo muito marcante para as famílias brasileiras.
O modelo comemorou 50 anos este ano com muita festa por parte da montadora. Algumas de suas versões chamaram atenção, trazendo mais acessórios e mais equipamentos. É o caso desse exemplar LS , de 1980, que pertence a Leandro Coelho , mecânico e que também possui um canal popular no YouTube .
O exemplar está extremamente bem conservado com todas as características originais da época. Os destaques vão para o lavador elétrico do vidro, frisos laterais e o interior monocromático. Os bancos com encosto de cabeça também fazem parte desse pacote juntamente com o motor de 1.584 cm³ cilindrada.
Dirigir o Brasília é uma grande satisfação. Realmente o acerto do projeto em relação ao Fusca é notável. Vale destacar a sua estabilidade, o conforto dos assentos e a mesma simplicidade mecânica que acompanhou toda essa história fantástica desses 70 anos da Volkswagen no Brasil .