Com a reforma da Previdência, segundo o governo, o PIB per capita do País saltaria para R$ 36,6 mil em cinco anos
Após a divulgação do desempenho da economia brasileira em 2018
, o Ministério da Economia publicou um estudo em que alerta que o PIB (Produto Interno Bruto) per capita
– isto é, a soma de todas as riquezas produzidas no País dividida pelo número de habitantes – entrará em trajetória de queda se a reforma da Previdência não for aprovada.
Do PIB registrado em 2018 (R$ 6,8 trilhões), coube a cada brasileiro uma porção média de R$ 32,7 mil. Segundo cálculos do governo, se o País não fizer os ajustes necessários no sistema de aposentadorias, esse valor cairia ano a ano, chegando a R$ 30,8 mil em 2023. Se a proposta de reforma da Previdência
for colocada em prática, porém, o PIB per capita
saltaria para R$ 36,6 mil em cinco anos.
Os números do PIB mostram que o ritmo de recuperação da atividade econômica do Brasil ainda está muito lento. Para acelerar o processo, a saída seria aprovar a reforma, o que geraria, de acordo com o governo, um impacto imediato. As expectativas quanto à dívida pública do País ficariam mais otimistas, levando a uma redução das taxas de juros e consequente crescimento econômico.
“Não há dúvida de que o Brasil se encontra em uma das piores décadas da sua história em termos de crescimento econômico”, diz o estudo. “Para que o PIB per capita
volte a crescer de maneira sustentável, é necessário que as reformas estruturais ocorram. A nova Previdência é condição necessária para o equilíbrio fiscal de longo prazo da economia”, completa.
Possibilidade de recessão
Valter Campanato/Agência Brasil
Sem a aprovação da reforma da Previdência, segundo o governo, o crescimento do PIB em 2019 seria inferior a 1%
O Brasil entraria em recessão já no segundo semestre de 2020 se a reforma da Previdência não for aprovada. O crescimento do PIB em 2019, primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro (PSL), seria inferior a 1%, chegando a -1,8% em 2023. O diagnóstico foi feito pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia e divulgado na última sexta-feira (22).
O relatório com perspectivas dramáticas para o País foi elaborado para mostrar a importância da aprovação do projeto enviado ao Congresso Nacional. Segundo o documento, se nenhuma reforma for feita nos próximos cinco anos, o crescimento do PIB tende a ser, em média, 2,9 pontos percentuais menor do que seria em um cenário com mudanças no sistema previdenciários. A recessão
viria logo em 2020.
Em contrapartida, se a reforma da Previdência passar pelo Congresso, a expectativa de crescimento para o PIB salta para 2,9% já neste ano. A diferença entre os dois cenários é justificada pela iminente deterioração das atividades econômicas causada pela manutenção do atual regime previdenciário.
Para a SPE, o descontrole das contas públicas é o principal responsável pela crise econômica que o País vem enfrentando, e o aumento dos gastos do governo com benefícios previdenciários explica esse estrago. Sem reformas estruturais, de acordo com a Secretaria, haverá cada vez menos espaço no Orçamento para a manutenção de despesas essenciais, como educação e saúde, por exemplo, e a dívida pública
vai disparar.
Rio de Janeiro reduz para 18% alíquota do ICMS sobre combustíveis
Publicados
57 minutos atrás
em
1 de julho de 2022 - 15:10
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O governo do Rio de Janeiro reduziu a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de 32% para 18%. A medida está no Decreto 48.145, publicado hoje (1º) em edição extra do Diário Oficial do estado.
“Fica fixada em 18% (dezoito por cento) a alíquota máxima do ICMS para operações e prestações internas com combustíveis, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo, preservadas as alíquotas inferiores estabelecidas na Lei nº.2.657/1996, para as mesmas operações e prestações”, diz o decreto.
Segundo o governador Cláudio Castro, a redução no preço da gasolina será, em média, de R$ 1,19.
Ele ressaltou que a redução está saindo por decreto, mas que vai como projeto de lei para a Assembleia Legislativa. “O preço médio [do litro] da gasolina no Rio de Janeiro hoje é R$ 7,8. Acreditamos que, com essa redução, haverá uma diminuição de R$ 1,19, fazendo com que o preço médio seja de R$ 6,61”, disse Castro.
O governador informou que o Procon-RJ inicia segunda-feira (4) a Operação Lupa na Bomba, para verificar se a redução foi repassada para os consumidores. A ação terá apoio das forças policiais civis e militares. “Quem não estiver segunda-feira com o preço novo, será multado”, afirmou Castro.
A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) cresceu 2,9% de maio para junho deste ano e atingiu 80,2 pontos em uma escala de 0 a 200. É a sexta alta consecutiva do indicador, que atingiu o maior patamar desde maio de 2020 (81,7 pontos). Os dados, divulgados hoje (1º), são da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Os sete componentes do indicador tiveram alta de maio para junho, com destaque para as avaliações sobre perspectiva profissional (5,4%), renda atual (3,5%) e emprego atual (3%).
Comparação
Na comparação com junho de 2021, a ICF cresceu 18,8%, puxada pelos mesmos componentes: perspectiva profissional (30,9%), emprego atual (24,2%) e renda atual (23,4%).
Segundo a CNC, o indicador cresceu em todos os meses do ano, apesar da inflação e dos juros mais altos. “Isso pode ser atribuído às medidas de suporte à renda e à evolução positiva do mercado de trabalho. No primeiro semestre, o avanço na intenção de consumo foi de 10,1%”, informou nota da CNC.