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Economia

Presidente do BNDES defende corte gradual dos subsídios à agricultura

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Marcelo Camargo/Agência Brasil

“O ‘desmame’ [dos subsídios à agricultura] tem que acontecer”, enfatizou Joaquim Levy, atual presidente do BNDES

O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e ex-ministro da Fazenda, Joaquim Levy, defendeu o que chamou de “desmame” do setor agrícola quanto aos subsídios concedidos pelo governo federal. O discurso foi feito nesta terça-feira (26), em São Paulo, durante a 20º CEO Brasil 2019 Conference, organizada pelo banco BTG Pactual.

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“A ideia é de que o ‘desmame’ tem que acontecer. O ‘desmame’ tem que acontecer”, enfatizou o presidente do BNDES
. A fala de Levy foi uma resposta à declaração da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, feita em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo
no último dia 11. Na ocasião, a ex-deputada disse que o corte radical nos subsídios poderia desarrumar o agronegócio, que responde por 20% do PIB (Produto Interno Bruto) do País.

Para embasar sua opinião, o ex-ministro citou as distorções causadas pelos subsídios agrícolas, como as pedaladas fiscais
, por exemplo, que causaram um passivo bilionário que precisou ser devolvido ao Tesouro Nacional. “Tem R$ 20 bilhões de pedaladas, R$ 20 bilhões de crédito rural que não tinha sido pagos e que devolvemos”, destacou Levy.

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O presidente do BNDES ainda afirmou que o banco, ao financiar máquinas para a agricultura, se tornou “o parceiro número um do aumento da produtividade” no setor, e que “ninguém se toca” disso. Como exemplo, Levy citou a cultura da cana de açúcar. “Algumas áreas do setor eram pastagens, que passaram a ser usadas para plantação mecanizada. As áreas com um setor sucroalcooleiro moderno criaram classe média
que não existia”, apontou.

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Ao ser questionado sobre a crise que posteriormente atingiu o setor, marcada pelos pedidos de recuperação judicial e o fechamento de dezenas de unidades produtoras de açúcar e etanol, o ex-ministro foi pragmático. “Se não funcionou, não funcionou. Temos que ser absolutamente capitalistas. É a perda do capital do investidor”, concluiu.

Empréstimos à Venezuela


A recuperação dos empréstimos concedidos à Venezuela, segundo Joaquim Levy, é uma das prioridades do BNDES
Reprodução/Twitter

A recuperação dos empréstimos concedidos à Venezuela, segundo Joaquim Levy, é uma das prioridades do BNDES

Durante o evento em São Paulo, Levy também comentou sobre as dívidas da Venezuela
com o BNDES. A recuperação dos empréstimos concedidos ao país vizinho, segundo o presidente, é uma das prioridades do banco. “Há alguns empréstimos pagos, outros nem tanto. Mas a [questão da] Venezuela vai envolver uma grande negociação internacional que deve acabar no Clube de Paris. Vamos ver”, comentou.

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Reforma da Previdência


Para Joaquim Levy, a reforma da Previdência é fundamental para criar um ambiente fiscal estável e atrair investidores
Marcelo Camargo/Agência Brasil

Para Joaquim Levy, a reforma da Previdência é fundamental para criar um ambiente fiscal estável e atrair investidores

Para Levy, mudar o atual sistema previdenciário do País é fundamental para criar um ambiente fiscal estável e atrair investidores estrangeiros para a infraestrutura. “A reforma [da Previdência] é importante para dar estabilidade e atrair o investidor. Só assim terei parceiro do setor privado para financiar projetos comigo”, avaliou o ex-ministro.

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O presidente do BNDES
ainda acrescentou que trazer previsibilidade fiscal é o que vai possibilitar que o mercado brasileiro assuma riscos mais longos.  “O sistema só destrava com previsibilidade fiscal, que começa com a Previdência. Se tiver reformas setoriais, estas são também indispensáveis”, completou Joaquim Levy.

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Economia

Brasil quita dívidas de R$ 3,8 bilhões com organismos internacionais

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O governo brasileiro anunciou que quitou R$ 3,8 bilhões em dívidas com organismos internacionais ao longo de 2023. Desse total, R$ 2,4 bilhões são referentes a anos anteriores, e R$ 1,4 bilhão são relativos ao exercício de 2023. Nesta quarta-feira (6) foi feito o pagamento de R$ 14,6 milhões ao Instituto Social do Mercosul (ISM).

A regularização dos débitos foi um dos assuntos da 63ª Reunião Ordinária do Conselho do Mercosul, no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro. O encontro reúne autoridades dos países membros do bloco econômico.

Ao fazer um balanço da presidência pro tempore (rotatividade semestral entre os países) do Brasil, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, destacou a quitação, em abril, de quase US$ 100 milhões (cerca de R$ 500 milhões) ao Fundo de Convergência Estrutural do Mercosul (Focem).

O Focem é o primeiro mecanismo solidário de financiamento próprio dos países do bloco e tem por objetivo reduzir as assimetrias entre os países integrantes.

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“Buscamos, com isso, contribuir para que esses órgãos possam ter suas capacidades renovadas para o bom desempenho de suas atividades e possam, assim, seguir apoiando nossos países. Valorizamos o trabalho desses órgãos na troca de experiências e na cooperação em programas para melhoria de políticas públicas e da qualidade de vida das nossas populações”, discursou o chanceler.

Outras dívidas quitadas este ano foram de R$ 17,6 milhões com o Parlamento do Mercosul (Parlasul) e de R$ 4,2 milhões com a Secretaria do Mercosul.

“O esforço para quitar dívidas atrasadas reflete a compreensão e o compromisso do governo do presidente Lula com soluções negociadas e maior integração com nossos vizinhos”, disse a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.

Dívidas acumuladas

De acordo com o Ministério do Planejamento e Orçamento, o Brasil chegou a acumular uma dívida de cerca de R$ 5 bilhões com aproximadamente 120 organismos e fundos internacionais. A maior parte dos atrasos se concentrou nos últimos seis anos. Ainda resta pagar até o final do ano cerca de R$ 1,2 bilhão.

Apesar de envolver relações exteriores, a responsabilidade para pagamentos de contribuições dos organismos internacionais é do Ministério do Planejamento e Orçamento.

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Reunião de cúpula

A reunião de cúpula com autoridades do Mercosul começou nesta quarta-feira e terminará na quinta-feira (7), quando estarão presentes os presidentes dos países-membros. Neste primeiro dia, que concentra ministros das Relações Exteriores e de áreas econômicas, foram discutidos assuntos como acordos de livre comércio e integração regional.

Fonte: EBC Economia

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Economia

Ministro da Agricultura negocia mais R$ 500 milhões para seguro rural

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O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, disse nesta quarta-feira (6) que negocia com a equipe econômica mais R$ 500 milhões para o programa de subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR). A declaração foi dada durante audiência pública na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados. 

De acordo com o ministro, em 2023, o valor reservado no Orçamento, de R$ 933 milhões, já foi consumido, mas há necessidade de mais recursos devido às dificuldades climáticas enfrentadas pelos produtores rurais e ao aumento do preço das apólices. “Não podemos fechar o ano sem aportar, pelo menos, mais R$ 500 milhões para o seguro rural. É prioridade total e não há nenhuma insensibilidade do governo com relação a isso”, disse. 

O seguro rural é um auxílio fornecido pelo governo federal para que o produtor possa contratar uma apólice para cobrir riscos à safra, como estiagens. O orçamento para essa ação tem girado em torno de R$ 1 bilhão desde 2020. 

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O deputado Afonso Hamm (PP-RS) defendeu o fim do contingenciamento dos recursos reservados no Orçamento para o ao Prêmio do Seguro Rural. Ele é autor de um projeto de lei nesse sentido que tramita na Câmara, o PL 1511/23. “É muito importantes evoluirmos para que não possa haver cortes. Hoje, o seguro agrícola é um faz-de-conta”, disse.

Leite

Durante a audiência, deputados pediram apoio do ministro à cadeia do leite, que enfrenta crise devido à alta das importações e à queda do preço aos produtores brasileiros. Em outubro, um decreto passou a conceder benefício fiscal às empresas de laticínios ou cooperativas que comprarem leite no Brasil. O texto, entretanto, prevê um prazo de 90 dias para que mudança tributária entre em vigor e os efeitos do decreto só entram em vigor no fim de janeiro. 

O deputado Domingos Sávio (PL-MG) lamentou que o decreto editado para ajudar o segmento só vá produzir efeitos a partir de janeiro. Para o parlamentar, a existência do prazo incentivou os importadores a fazerem estoques de leite, prejudicando ainda mais o segmento nacional. “Isso agravou o problema, porque aí aumenta a importação”, disse. 

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O ministro da Agricultura reconheceu que houve aumento nas importações após o decreto. Outros deputados, como Welter (PT-PR) e Zé Trovão (PL-SC), também criticaram a chamada noventena e pediram mais apoio à cadeia leiteira. 

*Com informações da Agência Câmara

Fonte: EBC Economia

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