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Política Nacional

Promotoria vê “descaso” e pede condenação de Covas por viaduto que cedeu em SP

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Ministério Público pede que prefeito Bruno Covas pague multa por viaduto que cedeu
Heloisa Ballarini/ Secom

Ministério Público pede que prefeito Bruno Covas pague multa por viaduto que cedeu

O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) entrou, nesta segunda-feira (25), com uma ação de responsabilidade civil por atos de improbidade administrativa e por danos morais difusos e coletivos contra o atual prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), e mais três pessoas devido ao acidente ocorrido com o viaduto da Marginal Pinheiros em novembro do ano passado
.

O MP-SP pede, na petição, que  Covas
 tenha os direitos políticos suspensos pelo período de cinco a oito anos, que perca a função pública, que pague multa referente ao acidente com o viaduto e que tenha os bens bloqueados. A promotoria ainda pediu a suspensão da obra de reparação do viaduto.

Além do prefeito, a ação envolve o secretário de Obras, Vitor Aly, seu antecessor, Marcos Penido, e o engenheiro do Departamento de Estradas e Rodagem (DER), Raphael do Amaral. A empresa responsável pela obra de restauração do viaduto
, a JZ Engenharia e Comércio Ltda., também está sendo processada.

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Para o promotor de Justiça Marcelo Milani, da Promotoria do Patrimônio Público, a gestão sabia dos riscos de desabamento envolvendo o viaduto desde o ano de 2012
. “O engenheiro integrante da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras, Fábio Sampaio Pupo Nogueira, em relatório de vistoria visual, identificou diversos problemas na estrutura do viaduto que colocaria tal viaduto em risco de ruína”, escreveu no documento.

Milani ainda afirma que, em 2018, houve uma previsão orçamentária de mais de R$ 44 milhões para a manutenção de viadutos e pontes da cidade, porém, do valor total, foram usados apenas R$ 7.723.930 para esse fim. “A quantia dispendida é evidentemente ínfima perto do que deveria ser empregado evidenciando o total descaso da administração pública”, afirmou o promotor.

Outro argumento apontado por MP-SP
foi em relação à forma na qual a obra foi contratada, após a queda do viaduto. Segundo o órgão, a contratação da empresa JZ Engenharia e Comércio Ltda. foi feita de maneira irregular, já que não houve licitação, esperada em casos de obras emergenciais.

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Além disso, a empresa não teria apresentado projeto que indicasse quais serviços seriam executados durante a obra e recuperação. “Não existe qualquer prova que a recuperação da estrutura configure a medida mais adequada, eficiente e principalmente segura para a população que utilizará a via”, alegou Milani.

Nos dois laudos usados pelo Ministério Público, o órgão atesta que o acidente foi decorrente da falta de manutenção da gestão de Covas
e pede uma indenização por parte dos envolvidos de R$ 27 milhões, três vezes mais que o valor da obra de recuperação. O viaduto cedeu no dia 15 de novembro e tem previsão de liberação para o dia 15 de março
.

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Política Nacional

Presidente em exercício defende menos exceções na reforma tributária

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O presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, afirmou, nesta sexta-feira (1º), que torce para a Câmara dos Deputados reduzir o número de produtos e serviços que poderão receber tratamento diferenciado da regra geral da reforma tributária, em tramitação novamente na Casa, após passar pelo Senado.

O texto da reforma tributária foi aprovado na Câmara dos Deputados com 33 exceções à regra geral. No Senado, o número foi ampliado para 42 produtos ou serviços que terão desconto fiscal ou isenção. Agora, o texto está sendo analisado novamente pela Câmara.    

“A reforma tributária traz eficiência econômica, ela faz o PIB [Produto Interno Bruto] crescer, ajuda todos os setores, tira cumulatividade [de impostos], simplifica, desonera completamente investimento e exportação. O que precisa é ter menos exceções. Espero que a Câmara reduza, ainda mais, faça supressões. Quanto menos exceções, melhor, mais eficiência nós teremos na reforma tributária”, disse Alckmin, por videoconferência, em evento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

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O presidente em exercício elogiou ainda o aumento do crédito bancário nos últimos quatro anos, que chegou a 53% do PIB. “Nós tivemos uma ampliação do crédito, de 2020 até agora, 20 trilhões [de reais] foram emprestados para empresas e famílias. Isso significa que nós passamos o estoque de crédito na proporção do PIB de 46% para 53%, É um crescimento relevante, um crescimento importante”, afirmou.

Fonte: EBC Política Nacional

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Política Nacional

Brasil busca protagonismo na COP após reduzir desmatamento na Amazônia

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O Brasil enviou para Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023 (COP28) em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, a maior comitiva brasileira da história das COPs com cerca de 3 mil pessoas entre representantes da sociedade civil, de empresas privadas, do Congresso Nacional, dos governos estaduais e do federal. O tamanho da comitiva traduz o desejo de protagonismo do Brasil no debate climático global.  

Com uma redução do desmatamento na Amazônia de 22,3%, a maior queda em uma década, o governo espera convencer o mundo de que é uma liderança no combate às mudanças climáticas. Por outro lado, o aumento do desmatamento do Cerrado, os incêndios no Pantanal e a defesa da exploração de Petróleo na Marguem Equatorial Brasileira são pontos que os ambientalistas ainda criticam.  

Ao discursar em Dubai nesta sexta-feira (1º), o presidente Luís Inácio Lula da Silva enfatizou que o Brasil “está disposto a liderar pelo exemplo” e citou medidas adotadas pelo país, como a redução do desmatamento na Amazônia, a meta de zerar a destruição da floresta até 2030, a Cúpula dos países amazônicos realizada neste ano, em Belém (PA).

“Vamos trabalhar de forma construtiva, com todos os países, para pavimentar o caminho entre esta COP 28 e a COP30, que sediaremos no coração da Amazônia”, afirmou. A COP30 ocorre em 2025, também em Belém.  

Entre as medidas que o governo apresenta hoje na COP28, em Dubai, está a de remunerar a proteção das florestas para que o mundo pague os países que mantém as florestas em pé. Outra “vitrine” do país na COP28 é o Plano de Transformação Ecológica. O plano traz medidas para finanças sustentáveis, transição energética, bioeconomia e de infraestrutura e adaptação à mudança do clima.  

O governo ainda apresenta à COP28 o recém lançado programa para recuperação de pastagens degradadas, com previsão de recuperar 40 milhões de hectares de pastagem em até 15 anos, além de ter destacado a retomada e ampliação do Fundo Amazônia e do Fundo Clima.  

Plano Ecológico  

Na avaliação da diretora de Políticas Públicas e Relações Governamentais da The Nature Conservancy (TNC) Brasil, Karen Oliveira, o Brasil chega à COP com uma agenda climática positiva e destacou o Plano de Transformação Ecológica do país.  

“Esse plano tem uma importância grande porque traz uma visão sistêmica. Ele sai daquela lógica de investimento de projeto, projeto e busca realmente um planejamento que seja mais alcançado em termos de escala, né impactando diretamente políticas públicas e planos de governo”, enfatizou.  

Na avaliação do Pedro Côrtes, professor do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (USP), o governo Lula conseguiu restabelecer o protagonismo ambiental do Brasil no mundo.

“Temos coisas positivas para demonstrar. O uso da energia eólica vem crescendo muito no Brasil, a energia fotovoltaica vem crescendo bastante. Estamos, aos poucos, limpando a nossa matriz”, destacou. 

Côrtes citou ainda a credibilidade que a Ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática, Marina Silva, tem no meio ambientalista mundial. Mas ponderou que ainda existem problemas para serem resolvidos no Cerrado e no Pantanal.  

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Para o especialista, porém, o fato de voltar a ser respeitado não significa que nossos pleitos serão atendidos. “O pleito dos US$ 100 bilhões anuais não será atendido. Esse dinheiro não vai vir”, afirmou. O governo brasileiro tem cobrado, insistentemente, a promessa feita pelos países ricos, em 2009, de financiamento para transição energética dos países mais pobres.

Cerrado 

A representante da TNC no Brasil Karen Oliveira destacou que o desmatamento é o principal fator que faz do Brasil um grande emissor de gases do efeito estufa. Por isso, opina que, para avançar no debate climático, é preciso combater o desmatamento também no Cerrado, que registrou um aumento de 3% no último período, com 11 mil kmª de savana derrubados em um ano.

“Houve aumento desmatamento no Cerrado. De acordo com o Código Florestal, o proprietário pode desmatar o Cerrado [até 80% da propriedade]. Com isso, usa-se o Cerrado para expansão do agronegócio”, ponderou.  

Para a especialista, as áreas já degradadas são suficientes para manter a exploração agropecuária sem precisar derrubar novas áreas nativas. “Essas áreas degradadas, por si só, seriam suficientes para o agronegócio, sem necessidade de desmatamento. As áreas de pasto degradado poderiam se tornar mais efetivas no processo produtivo”, destacou.   

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Outra medida do Brasil que deve ser destaque na COP28 é a construção de um bloco de países tropicais que detém grandes florestas. Além do Brasil, devem fazer parte do grupo países como Indonésia, Congo e Gabão. “Há a expectativa de que o Brasil se apresente junto com esses outros países como bloco de nações com medidas efetivas de uso sustentável da floresta”, concluiu. 

Petróleo  

Brasil busca protagonismo na COP28 após reduzir desmatamento na Amazônia. - StelaHerschman. Foto: Marcio Menasce Brasil busca protagonismo na COP28 após reduzir desmatamento na Amazônia. - StelaHerschman. Foto: Marcio Menasce

Para coordenadora adjunta de Política Internacional do Observatório do Clima, StelaHerschma, Brasil vai apresentar resultados positivos na COP28.  Foto: Marcio Menasce – Marcio Menasce

A coordenadora adjunta de Política Internacional do Observatório do Clima, Stela Herschmann, acredita que o Brasil tem muitos resultados positivos para apresentar nessa COP, mas critica a manutenção dos projetos para exploração de petróleo, um dos vilões do aquecimento global.  

“O Brasil precisa definir internamente sua posição em relação ao petróleo. Existem algumas incoerências que o Brasil precisa resolver. Como vai ser líder global com projetos de lei que atacam direitos indígenas ou favorecem desmatamento em tramitação no Congresso?”, ponderou.  

Em agosto deste ano, durante debate no Senado, o presidente da Petrobrás, Jean Paulo Prates, defendeu que o petróleo deve financiar a transição energética. Prates discorda do movimento internacional Just Stop Oil (Apenas Pare o Óleo, em português), que defende a proibição de toda e qualquer nova licitação de exploração de petróleo para forçar uma transição energética mais rápida. 

Para Prates, a transição energética não é ruptura energética e deve demorar uns 50 anos. Ele critica a tentativa de se proibir novas explorações. “A transição energética para empresa de petróleo é uma metamorfose ambulante, tem que investir em petróleo para pagar a transição energética”, defendeu. 

Fonte: EBC Política Nacional

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