A boy with glasses sitting in the classroom studying
Desde 1938, pesquisadores de Harvard buscam respostas sobre a felicidade por meio de uma pesquisa que já dura oito décadas. Trata-se do mais longo estudo já feito sobre o assunto, que acompanhou de perto o desenvolvimento de mais de 700 jovens ao longo do último século e hoje segue estudando os filhos dos participantes originais, somando mais duas mil pessoas estudadas.
Para o psiquiatra Robert Waldinger, atual diretor do estudo, todo este trabalho – constituído por centenas de milhares de páginas com dados sobre a vida, a felicidade e a saúde dessas pessoas – pode ser resumido em poucas palavras. “A mensagem mais clara que tiramos deste estudo é esta: bons relacionamentos nos mantém mais felizes e saudáveis”, enfatizou Waldingers em palestra no TED Talks.
Se, para muitos, essa conclusão não chega a ser surpreendente, ao menos serve para confirmar, a partir do rigor do método científico de uma das universidades mais respeitadas do mundo, o que já era uma verdade aceita e praticada por muitas pessoas e culturas.
É o caso da Finlândia, por exemplo. O país ostenta o título de mais feliz do mundo, segundo o estudo World Happiness Report, realizado pela parceria entre especialistas de diversas instituições do mundo, com apoio da consultoria Gallup e da Organização das Nações Unidas (ONU). Ao mesmo, a Finlândia é a grande referência em educação socioemocional nas escolas, tendo sua experiência pedagógica aclamada pelos maiores especialistas em educação ao redor do mundo.
A educação socioemocional no Brasil
O Brasil, por outro lado, é o país mais ansioso do mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Por aqui, o desenvolvimento das competências sociais e emocionais nas escolas é um fenômeno mais recente e só se tornou obrigatório neste ano de 2020, por meio da BNCC.
Para Leandro Klein, CEO do Sistema Piaget, mais do que a implementação da educação socioemocional, é necessário que haja uma mudança na mentalidade dos gestores das escolas brasileiras. “Alguns dos principais sistemas de ensino e escolas do país ainda vendem uma ideia de de que só o conteúdo importa e que o papel mais importante da escola é fazer com que os seus alunos entrem nas melhores universidades. É claro que isso importa, mas não pode ser essa a principal finalidade da escola”, observa.
“Essa mentalidade está formando várias gerações de pessoas que estão submetendo a sua própria felicidade e a sua autoestima à nota do vestibular, e isso gera muita ansiedade e estresse. Enquanto isso, o que os estudos científicos e as práticas pedagógicas mais modernas estão nos mostrando é que a nossa felicidade está muito mais ligada à capacidade lidarmos com as emoções e construirmos relações pessoais significativas”, reflete Leandro.
Apesar das críticas, ele se mantém otimista quanto ao futuro. “Estamos percebendo que existem cada vez mais gestores com essa preocupação com o desenvolvimento socioemocional de seus estudantes e isso já é um ótimo sinal. Acredito que essa mudança de mentalidade e de valorização dos aspectos mais humanos da educação deverá acontecer de maneira cada vez mais intensa nos próximos anos”, conclui.
Sobre o Sistema Piaget
Com mais de 40 anos de atuação, o Sistema Piaget nasceu a partir da vivência escolar prática do Colégio Piaget, de São Bernardo do Campo, onde as soluções de ensino são aplicadas e aprimoradas constantemente. Presente em mais de 250 escolas, o Sistema Piaget oferece materiais didáticos, conteúdos digitais e serviços educacionais de qualidade em todo o Brasil, incluindo uma plataforma exclusiva de meditação e o programa socioemocional mais utilizado no mundo, incluindo países referência na educação, como a Finlândia.
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