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Agronegócio

Relatório Indica desafios climáticos para o plantio de soja e milho

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O plantio das safras de soja e milho em Mato Grosso enfrenta desafios significativos devido à variabilidade climática, que impacta diretamente a produtividade e o período de colheita. Este cenário é detalhado num relatório divulgado nesta segunda-feira (20.11) por uma empresa consultora do agronegócio.

Os especialistas analisaram dados de vários anos e apontam um retardamento no início do plantio da soja provocado pelo clima irregular, com precipitações abaixo da média e altas temperaturas afetando a maior parte do país. A análise incide sobre as tendências de plantio das últimas safras e seus efeitos nas colheitas de soja e milho no estado, especialmente quando houve atrasos na semeadura.

Observou-se nas últimas temporadas agrícolas, especificamente nas safras 2017/18 e 2020/21, que o plantio da soja foi realizado tardiamente, com velocidade frequentemente abaixo da média histórica. Esta demora se refletiu na colheita subsequente, que também ocorreu em um ritmo reduzido.

Curiosamente, a temporada 2017/18 de soja, apesar do início atrasado, não sofreu impactos negativos significativos no desenvolvimento das lavouras, mantendo a produtividade estável. Em contraste, a safra de soja de 2018/19, que começou aceleradamente, sofreu com a seca e teve uma queda notável na produtividade em Mato Grosso.

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Para a safra 2020/21, tanto o plantio quanto a colheita da soja ocorreram de forma mais lenta devido ao atraso das precipitações. Isso acarretou uma redução da produtividade, embora o aumento da área plantada tenha contribuído para manter a produção em níveis aceitáveis.

No tocante ao milho de segunda safra no estado, os atrasos no plantio da soja refletiram negativamente na semeadura do milho nas safras 2017/18 e 2020/21, culminando em uma colheita também postergada.

Na temporada 2017/18, o atraso no plantio da safra de verão, associado à baixa cotação do milho, desencorajou muitos agricultores a cultivar a segunda safra, o que prejudicou a produtividade devido ao plantio fora do período ideal. Similarmente, a safra 2020/21 enfrentou um ritmo mais lento de plantio, impactado pelas chuvas insuficientes, resultando em declínio da produtividade e da produção do milho de segunda safra, apesar da expansão da área semeada.

Quanto à soja, o atraso no plantio nas últimas safras não implicou necessariamente em danos à produtividade. Um exemplo disso é a safra 2017/18, que, apesar de ter sido a mais atrasada dos últimos tempos, registrou um aumento de 5,9% na produtividade em Mato Grosso.

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Entretanto, para o milho, as temporadas mais recentes em que o plantio foi retardado resultaram em impactos negativos na produtividade. Na safra 2017/18, a produção de milho de segunda safra teve uma queda de 5,7% na produtividade.

A temporada 2020/21, além do atraso, sofreu com a escassez de chuvas durante o ciclo, provocando uma diminuição de 12% na produtividade do milho de segunda safra no estado. O adiamento no plantio da safra de verão aumenta a dependência por precipitações mais tardias e eleva o risco de diminuição da produtividade do milho em Mato Grosso.

É importante salientar que, apesar da possibilidade de impactos reduzidos na soja devido exclusivamente ao atraso do plantio, como aconteceu em 2017/18, há preocupações adicionais devido à previsão de chuvas abaixo da média para Mato Grosso em dezembro. Além disso, nas áreas já cultivadas, é esperado que as falhas na lavoura afetem a produtividade, indicando que a produção de soja já pode estar distante de seu potencial máximo.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Mercado de produtos para muçulmanos deve crescer 15% em 2024

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O chamado “mercado halal”, de produtos direcionado aos muçulmanos, está crescendo bastante e chamando atenção. Hoje, já são 1,9 bilhão de consumidores, e espera-se que esse número aumente 25% nos próximos anos.

No ano passado, a América Latina exportou US$ 25 bilhões em comidas halal, e o Brasil é o líder mundial nesse segmento. Quando falamos de carne bovina, 95% do que o Brasil exporta está nessa categoria. No caso do frango, a produção brasileira representa 40%. Só para os Emirados Árabes Unidos, foram vendidas 445 mil toneladas de frango em 2021, gerando uma receita de US$ 953 milhões. Dubai, sozinha, importou 18 mil contêineres dessa proteína e 22 mil no total (carne e frango).

Mahmood Al Bastaki, do World Logistics Passport (WLP), plataforma de comércio global do governo de Dubai, destaca a relação comercial positiva entre os países. Os árabes confiam nos produtos brasileiros devido à segurança sanitária e à certificação halal.

O WLP espera que as exportações de produtos halal na América Latina cresçam 15% em 2024. Essa iniciativa oferece benefícios como processos aduaneiros mais ágeis e tarifas reduzidas, o que ajuda bastante nas negociações. Al Bastaki exemplifica que uma empresa exportadora de frango congelado parceira do WLP economiza cerca de US$ 1.020 em um contêiner de 40 pés.

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Para ser considerado halal, um produto precisa seguir padrões específicos e ter certificação. O mercado de certificação halal está crescendo junto com as exportações. Uma das principais certificadoras na América Latina aprovou 30 novas empresas do agronegócio em 2022, o dobro do ano anterior, sendo dez delas na produção de proteína animal.

Atualmente, o processo de certificação leva de três a cinco semanas, mas o WLP está trabalhando com o governo brasileiro para simplificar e agilizar a autenticação on-line.

Além das carnes de frango e bovina, os Emirados Árabes Unidos têm interesse em desenvolver rotas comerciais para café, cacau e frutas. O Brasil é o principal produtor e exportador de café no mundo e tem potencial para expandir ainda mais nesse mercado. Quanto às frutas, embora o transporte seja mais caro, a qualidade das frutas brasileiras é superior, o que atrai interesse de países árabes e de outros destinos.

É um cenário promissor para o mercado brasileiro explorar essas vantagens e expandir seus negócios.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Embrapa inicia projeto inédito em apoio à agricultura de baixa emissão de carbono

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A Embrapa está liderando um amplo projeto de apoio à agricultura de baixa emissão de carbono. Esse projeto se concentra em sistemas integrados e intensificados de produção agropecuária, buscando reduzir a emissão de gases do efeito estufa (GEE) e promover o sequestro de carbono no solo.

O estudo vai analisar experimentos de campo de longo prazo realizados em instituições públicas e propriedades privadas do estado de São Paulo. Utilizando métodos avançados, incluindo o uso de laser para medir o carbono no solo, a pesquisa pretende obter dados detalhados para entender melhor como ocorre o sequestro de carbono.

O projeto visa construir a partir de trabalhos já realizados, como a Rede “Pecus” liderada pela Embrapa Pecuária Sudeste, além de outros estudos sobre emissões de GEE na pecuária do Sudeste brasileiro. A intenção é implementar atividades que permitam análises e avaliações precisas em diversas regiões de São Paulo, visando fornecer informações valiosas para os produtores rurais locais e do país.

O coordenador do projeto, Ladislau Martin Neto, da Embrapa Instrumentação, ressalta a importância de avaliar experimentos de longo prazo em sistemas integrados de lavoura-pecuária-floresta. O objetivo é utilizar técnicas analíticas avançadas para entender melhor o sequestro de carbono nos sistemas analisados.

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A pesquisa envolve uma equipe multidisciplinar, composta por profissionais de diferentes áreas do conhecimento, e pretende desenvolver métricas e indicadores que auxiliem na compreensão da dinâmica do carbono no solo. Isso proporcionará informações cruciais para a avaliação de práticas agrícolas mais sustentáveis e para a redução da emissão de carbono na agricultura e pecuária brasileiras.

O projeto é parte de uma iniciativa mais ampla da Embrapa para promover práticas agrícolas mais sustentáveis e auxiliar o Brasil a alcançar suas metas de redução de emissões de gases do efeito estufa.

Fonte: Pensar Agro

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