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SUÍNOS/RETRO 2018: Custo alto, embargo e quedas nos preços internos marcam 2018

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Cepea, 9/01/2019 – Após registrar um 2017 de recuperação, o setor suinícola voltou a enfrentar dificuldades em 2018. De acordo com pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, os custos de produção com alimentação (milho e farelo de soja) subiram, as exportações da proteína foram limitadas por conta do embargo russo – que durou praticamente todo o ano – e os preços do animal vivo e da carne caíram. Esse cenário desfavorável levou, inclusive, muitos produtores a deixaram a atividade.

 

Entre janeiro/18 e dezembro/18, o preço médio da saca de 60 kg de milho na região de Campinas (SP) foi de R$ 36,90, alta de 26% em relação ao de 2017, em termos nominais. Para o farelo de soja, a valorização foi de 30% na mesma comparação, com a média a R$ 1.275,82/tonelada em 2018. 

 

Quanto ao embargo da Rússia, foi anunciado em dezembro de 2017 e mantido até outubro de 2018, sob alegação de presença de ractopamina na carne brasileira. A suspensão das compras por parte daquele país acabou reduzindo significativamente as exportações nacionais, principalmente no primeiro semestre. Segundo dados da Secex, de janeiro a dezembro de 2018, o volume de carne suína exportada somou 635,8 mil toneladas, queda de 7% frente ao de 2017. A receita totalizou R$ 4,4 bilhões, montante 15% inferior ao recebido de janeiro a dezembro de 2017. 

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Por outro lado, é importante ressaltar que houve aumento no volume embarcado para outros destinos, principalmente em decorrência dos surtos de peste suína em alguns países. Os envios à China entre janeiro e dezembro de 2018, por exemplo, cresceram expressivos 216% em relação aos do mesmo período de 2017.

 

A retração das exportações totais se juntou à produção de suíno crescente, contexto que acabou elevando a disponibilidade doméstica e pressionando os valores do animal e da carne. De acordo com a Pesquisa Trimestral do Abate de Animais, divulgada pelo IBGE no dia 12 de dezembro, entre janeiro e setembro de 2018, foram abatidas 33,1 milhões de cabeças de suínos, 3% acima dos três primeiros trimestres de 2017 e também um volume recorde no último trimestre, considerando-se toda a série do Instituto, iniciada em 1997. 

 

Entre janeiro e dezembro de 2018, a carcaça especial suína, negociada na Grande São Paulo, teve média de R$ 5,55/kg, desvalorização de 14% frente ao mesmo período de 2017, em termos nominais. O preço médio da carcaça comum foi de R$ 5,26/kg, queda de 13% na mesma comparação. 

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As baixas nos preços da carne se refletiram ainda na comercialização do suíno vivo em todas as regiões do País. Na praça de SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), entre janeiro e dezembro de 2018, a média do animal vivo foi de R$ 3,50/kg, queda de 15% frente à de 2017, em termos nominais. Na região mineira de Belo Horizonte, no mesmo período, o recuo foi de 14%, com a média de 2018 a R$ 3,59/kg.

 

Vale ressaltar, no entanto, que, em junho, os preços levantados pelo Cepea registraram um forte movimento de alta, o que esteve atrelado à greve dos caminhoneiros no final de maio. Naquele período, as cotações da proteína animal foram impulsionadas, devido ao menor número de lotes de suínos com peso adequado para abate e à maior procura dos mercados e distribuidoras para reabastecimento de seus estoques de carne.

 

ASSESSORIA DE IMPRENSA: Outras informações podem ser obtidas por meio da Comunicação do Cepea: (19) 3429 8836 / 8837 e [email protected].

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Rio de Janeiro sediará o Fórum Internacional do Desenvolvimento Agroambiental Sustentável

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O Rio de Janeiro receberá, em julho de 2024, o Fórum Internacional do Desenvolvimento Agroambiental Sustentável, Rio+Agro. O evento deverá reunir debatedores internacionais e brasileiros para discutir questões sociais, legais e econômicas do setor agropecuário e agroindustrial, com o foco agroambiental, em âmbito mundial. 

Estão previstas dez palestras internacionais, com mais de 50 conferencistas nas discussões, entre pesquisadores, profissionais do mercado, representantes de organismos internacionais, produtores rurais e sociedade civil organizada. Também haverá espaços para conexões entre os participantes e mentorias com especialistas. Os organizadores esperam receber 15 mil pessoas, nos cinco dias de evento.

“O principal objetivo do Rio+Agro é mostrar ao mundo que é possível conciliar a produção agrícola com a proteção ambiental. Você consegue através de técnicas, boa engenharia agronômica e da boa engenharia florestal, fazer produção agrícola e, ao mesmo tempo, preservar o meio ambiente”, explica Carlos Favoreto, porta-voz do evento.

Entre as metas do Rio+Agro, estão a consolidação do Brasil como a maior potência agroambiental do mundo, a atração de investidores internacionais para cadeias produtivas de valor agregado no Brasil e a demonstração da força da agricultura familiar para a segurança alimentar.

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Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

USDA estima produção de algodão do Brasil em 14,7 milhões de fardos

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O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) está projetando um aumento na produção de algodão do Brasil para a temporada 2023/2024, estimando um total de 14,7 milhões de fardos, em comparação com a marca revisada da temporada anterior, que foi de 11,720 milhões de fardos. O adido do USDA reporta que a área cultivada está prevista para 1,660 milhão de hectares, maior que os 1,600 milhão de hectares da temporada 2022/2023.

As importações esperadas para a temporada 2023/2024 são de 15 mil fardos, em contraste com os 8 mil fardos estimados na temporada anterior. A projeção para a demanda interna é de 3,450 milhões de fardos, ante 3,2 milhões na safra passada. No que se refere às exportações, a previsão é de 11 milhões de fardos, superando os 6,656 milhões da temporada 2022/23. Os estoques finais são previstos em 6,020 milhões de fardos para a temporada 2023/24, comparados a 5,755 milhões de fardos na temporada anterior.

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Essa projeção do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos sobre a produção de algodão no Brasil servem de baliza para os produtores nacionais por várias razões:

  1. Planejamento da Safra: Os produtores usam essas projeções para planejar suas atividades agrícolas, como preparação do solo, compra de insumos e sementes, além de determinar a área a ser cultivada.
  2. Decisões de Investimento: Com base nessas estimativas, os agricultores podem tomar decisões sobre investimentos em maquinário, tecnologia e mão de obra para a safra.
  3. Comercialização: As projeções do USDA influenciam as decisões de venda dos produtores. Compreender a oferta projetada global pode ajudar a determinar o momento certo para vender a produção.
  4. Contexto de Mercado: O conhecimento das projeções globais de produção de algodão auxilia os produtores a entenderem o contexto do mercado internacional, influenciando as estratégias de preços e negociações.
  5. Tomada de Decisão Governamental: Essas estimativas podem impactar a formulação de políticas governamentais relacionadas à agricultura, comércio exterior e subsídios.

Em resumo, as projeções do USDA fornecem uma visão valiosa sobre a direção provável do mercado de algodão, possibilitando aos produtores se prepararem e adaptarem suas estratégias para aproveitar ao máximo as condições do mercado.

Fonte: Pensar Agro

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