Toyota Yaris XL 1.3 CVT vem com rodas de liga-leve, mas sem o acabamento mais caprichado das versões 1.5 do compacto
No terreno dos haches compactos mais caprichados, o Toyota Yaris tem entre os principais rivais o VW Polo. Na versão mais em conta XL do modelo da marca japonesa é possível escolher pelo câmbio automático CVT para ter uma dose extra de conforto nível de equipamentos que satifaz no dia a dia.
Com preço sugerido que parte de R$ 67.090, o Toyota Yaris
XL 1.3 CVT pode ser encontrado com pacote Plus Tech, que o faz atingir R$ 71.790, ante R$ 75.890 do XS 1.5 com o mesmo tipo de transmissão. Na prática, a versão de menor cilindrada vale mais a pena, uma vez as as diferenças entre as duas são pequenas, inclusive quando o assunto é consumo e desempenho.
Apenas o curso do pistão do motor 1.3 é diferente do 1.5. O restante é praticamente igual. Em ambos, há duplo comando com variador de fase na admissão e escape. Nos dois também é preciso pisar com um pouco mais de vontade no acelerador para conseguir extrair agilidade suficiente para ultrapassagens rápidas e seguras, uma vez que o pico da força aparece em relativamente altos 4.000 rpm.
Toyota Yaris XL1.3 tem a mesma traseira da versão XS 1.5 exceto pelo logo no canto direito e as lanternas escurecidas
No caso do Yaris 1.5
, a única vantagem é que o câmbio automático CVT vem com hastes atrás do volante, o que ajuda numa tocada mais animada. A questão é que o Toyota não é dos hatches compactos mais ousados. E prioriza o rodar comfortável, sem pretensões esportivas. Portanto, é melhor ir devagar com o andor. Nas curvas, a carroceria costuma inclinar mais que o ideal, mas transmite segurança, ajudado pelos controles eletrônicos de estabilidade e tração.
O volante de três raios do Yaris XL 1.3 tem boa empunhadura, vem com os principais comandos do sistema de som, mas faltou o ajuste de profundidade. A área envidraçada garante visibilidade adequada para o porte do carro e os níveis de vibração e de ruído são baixos o suficiente para manter o conforto, um dos pontos fortes do Toyota.
Nesse aspecto, até o revestimento aveludado dos bancos e laterais das portas ajuda, mas o tecido favorece o acúmulo de energia eletrostática, o que exige certo cuidado para não tomar pequenos choques assim que toca na carroceria, ao sair do carro.
Mais detalhes do Toyota Yaris 1.3 CVT
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Toyota Yaris 1.3 CVT é simples por dentro, sem o mostrador de TFT no quadro de instrumentos e entrada USB escondida
Dois aspectos que incomodaram no hatch compacto
no dia dia foram: primeiro, a falta de sensores nos para-choques para ajudar nas manobras de estacionamento, principalmente porque também não há câmera de ré. Depois, existe somente uma entrada USB na versão XL do Yaris com pacote Plus Tech. Ela fica escondida dentro do porta-objetos central, acessado ao abrir a tampa que tambem serve de apoio de braço. Além disso, se quiser ver informações do computador de bordo terá que apertar um pequeno botão no próprio cluster, o que causa certo incômodo.
Quando o assunto é consumo de combustível, o Yaris XL 1.3 CVT até gasta um pouco mais na estrada que o XS 1.5, de acordo com os números fornecidos pelo Inmetro. Na cidade, ambos se equivalem, com 9 km/l de etanol e 13 km/l com gasolina. Em trecho rodoviário, o 1,3 faz 9,9 km/l de etanol e 14,2 km/l de gasolina, ante 10,6 km/l e 14,5 km/l, respectivamente.
Toyota Yaris Xl tem poucas diferenças em relação do XS 1.5, que custa cerca de R$ 4 mil a mais
O espaço interno do Yaris XL 1.3 CVT é suficiente para levar quatro ocupantes com conforto. O quinto passageiro, que fica no centro do banco traseiro, terá alguma dificuldade de se acomodar as pernas, atrapalhado por parte do porta-objetos central. Porém, há alças de apoio e altura do teto compatível para ninguém com estatura até um pouco acima da média reclamar de algo. No porta-malas de 310 litros há espaço razoável para um hatch compacto.
Conclusão
Pela diferença de preço entre o Toyota Yaris
XL 1.3 CVT com pacote Tech Plus em relação ao XS 1.5 CVT, o modelo de menor cilindrada é uma escolha interessante por oferecer quase o mesmo por cerca de R$ 4 mil a menos. O problema é quando o modelo da marca japonesa é comparado com o VW Polo 1.6 automático, que sai por R$ 71.385, com mais fôlego, conjunto mais bem acertado e um pacote equipamentos com eficiência extra.
Ficha Técnica – Toyota Yaris XL 1.3 CVT
Preço: a partir de R$ 67.090
Motor: 1.3, quatro cilindros, flex
Potência (cv): 94 (G) / 101 (E) a 5.600 rpm
Torque (kgfm): 12,9 (G) / 12,5 (E) a 4.000 rpm
Transmissão: automática, CVT, tração dianteira
Suspensão: Independente, McPherson (dianteira) / Eixo de torção (traseira)
Ainda bem cedo, os competidores se dirigem à largada. A temperatura esteve próxima do zero
Neste último fim de semana fui até o Rio Grande do Sul acompanhar a terceira etapa do Campeonato Brasileiro de Rally de Regularidade Histórica , promovido pela Federação Brasileira de Veículos Antigos – FBVA. A etapa chama-se Rally dos Vinhedos e é organizada pelo Veteran Car Club dos Vinhedos , sediado no município de Bento Gonçalves , na Serra Gaúcha.
Só o fato de estar em uma região tão bela, tão bem dotada pela natureza, já vale qualquer dificuldade em chegar, visto que fica no extremo sul do país, região que é bem conhecida pelas baixas temperaturas , especialmente no inverno. Mas é justamente isso que faz do lugar um destino tão desejado.
O Rally dos Vinhedos está comemorando sua décima edição, reunindo 129 veículos antigos e clássicos para um passeio cronometrado pelas estradas da região, passando por municípios como Bento Gonçalves, Garibaldi, Carlos Barbosa, Pinto Bandeira e Santa Tereza. O mais interessante foi a participação de 13 intrépidos pilotos de motonetas clássicas , que enfrentaram a temperatura de quase zero grau no momento da largada.
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As motonetas cruzaram alguns centros urbanos durante o percurso
E mais, diferentemente dos automóveis, que têm um piloto e um navegador, que além de lhe fornecer a velocidade ideal para cada trecho também indica o caminho a ser seguido, no scooter o piloto faz sozinho todos os trabalhos.
Claro, sendo um rally de veículos antigos , essas motonetas, que atualmente são conhecidas por scooters , são de época, de um tempo quando ainda não tinham esse apelido.
Dos 13 participantes, 11 deles pilotavam Vespa nacionais dos anos 80, que eram fabricadas em Manaus, AM, pela Piaggio . Os outros dois pilotavam Lambretta Li 150 , fabricadas nos anos 60. Vespa e Lambretta eram (e são) eternos rivais nesse segmento dos veículos de duas rodas.
Um rally de regularidade , que também pode ser chamado de passeio cronometrado, avalia a capacidade do piloto em manter as médias de velocidade pré-estabelecidas, que figuram na planilha com o roteiro. Quanto mais próximo o tempo de passagem pelos vários pontos de controle distribuídos pelo percurso, menos pontos o participante perde. No final, quem perder menos pontos, de acordo com um regulamento complexo, vence a prova.
Entre as motonetas, o vencedor foi André Sain, de Bento Gonçalves, pilotando (e navegando) a Vespa PX 200 1986 de número 21. André teve 78 pontos perdidos nessa etapa.
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O vencedor André Sain, com sua Vespa PX 200 1986
Em segundo lugar chegou Daniel Orso, também de Bento Gonçalves, com a Vespa PX 200 Elestart 1987 de número 24, com 84 pontos perdidos. Em terceiro lugar ficou Rodrigo Nenini, de Garibaldi, com a Vespa PX 200 1986 de número 22, com 123 pontos perdidos.
Brasília LS 1980 é um dos modelos históricos da Volkswagen no Brasil
A Volkswagen tem uma história muito interessante. Como sabemos, ela começou na Alemanha da década de 30 produzindo aquele que seria um dos carros mais icônicos do planeta: o Fusca. Naquela época, Ferdinand Porsche criou a ideia de um motor boxer com refrigeração a óleo e manutenção muito simples.
Após o final da Segunda Guerra Mundial, a marca retomou a produção do besouro e, na década seguinte, percebeu que o seu público consumidor buscava algo diferente. Na metade dos anos 50, nasceu o Karmann-Ghia , o modelo com linhas clássicas e esportivas utilizando a mesma mecânica confiável.
Na década seguinte, a Volkswagen ampliou a sua gama de modelos com versões diferentes. No Brasil, a grande mudança ocorreu nos anos 70 quando a matriz deu liberdade para que as suas filiais criassem modelos diferentes de acordo com o público consumidor. O Brasil foi um deles e a genialidade e capacidade de nossos projetistas marcou a história.
Nesse sentido, nasceu o Brasília, em 1973. O projeto da equipe de Márcio Piancastelli conseguiu sanar os problemas clássicos do Fusca e aprimorar a ideia desse projeto tão versátil. Nascia ali um modelo que agradou em cheio o consumidor, trazendo resistência e um estilo muito marcante para as famílias brasileiras.
O modelo comemorou 50 anos este ano com muita festa por parte da montadora. Algumas de suas versões chamaram atenção, trazendo mais acessórios e mais equipamentos. É o caso desse exemplar LS , de 1980, que pertence a Leandro Coelho , mecânico e que também possui um canal popular no YouTube .
O exemplar está extremamente bem conservado com todas as características originais da época. Os destaques vão para o lavador elétrico do vidro, frisos laterais e o interior monocromático. Os bancos com encosto de cabeça também fazem parte desse pacote juntamente com o motor de 1.584 cm³ cilindrada.
Dirigir o Brasília é uma grande satisfação. Realmente o acerto do projeto em relação ao Fusca é notável. Vale destacar a sua estabilidade, o conforto dos assentos e a mesma simplicidade mecânica que acompanhou toda essa história fantástica desses 70 anos da Volkswagen no Brasil .