Protetor solar nos lábios! Usar produto na região é fundamental para evitar danos, queimadura e câncer
Você já deve ter ouvido que o protetor solar é um produto de uso diário, fundamental para evitar o envelhecimento precoce e o câncer de pele. Por esse motivo, muitas pessoas aderiram ao seu uso, para evitar danos ao colágeno e às estruturas de defesa cutânea, no corpo e no rosto. Mas o que muita gente esquece é que os lábios também precisam de fotoproteção.
“Os lábios possuem a pele muito fina, o que os torna mais suscetíveis à ação prejudicial dos raios solares, que pode causar consequências desagradáveis tanto na aparência como aumentando o campo de cancerização desta área. Os lábios, principalmente os inferiores, sofrem muito com a incidência direta dos raios solares e por isso, é necessário que eles estejam protegidos”, explica Ana Maria Pellegrini, dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. “Os lábios compreendem uma área que muitas vezes é esquecida, mas é muito importante aplicar FPS nessa região também.
Na verdade, a área pode realmente ser mais propensa a danos causados pelo sol, uma vez que é constantemente exposta e frequentemente negligenciada. Por essa razão, o carcinoma espinocelular, um dos cânceres de pele mais comuns na região da face, tem maior incidência na região dos lábios”, explica Lilian Brasileiro, médica especializada em Dermatologia. “Em aproximadamente 90% dos casos, o câncer ocorre no lábio inferior e o tipo mais comum é o carcinoma espinocelular”, acrescenta a dermatologista Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Segundo Paola, a pele dos lábios é formada por uma semimucosa, ou seja, uma transição da mucosa da boca para a pele ao redor dos lábios. “Além disso, essa semimucosa não apresenta glândulas sebáceas (glândulas que secretam uma substância que garante a lubrificação da pele do rosto)”, diz a médica. Segundo Ana Maria Pellegrini, por esse motivo, expor a região à radiação ultravioleta pode causar não só ressecamento, queimaduras e pequenas manchas e rachaduras, que já causam um dano estético considerável, mas também podem aparecer placas esbranquiçadas, chamadas leucoplasias, que podem evoluir para o câncer.
Ana explica que a queimadura ocorre com mais facilidade nesta região e o protetor solar labial é ideal para isso, mas também apresenta outros benefícios: “Ele pode reconstruir a pele ressecada, hidratar, e deixar mais macia e o básico: proteger os lábios da radiação ultravioleta”, explica Ana Maria Pellegrini. A classe de protetores labiais de hoje é formulada com ingredientes hidratantes e nutritivos e pode dar um toque de cor ou um pouco de brilho, segundo a médica Lilian Brasileiro. “Existem produtos com texturas mais fluidas, serosas ou cremosas”, diz Lilian.
A recomendação, segundo Paola Pomerantzeff, é proteger os lábios diariamente. “É importantíssimo aplicar protetor específico para a região dos lábios com FPS 30 ou maior, diariamente, e reaplicar a cada 2 horas ou após comer ou beber. Se a pessoa tem o hábito de “umedecer” os lábios com a língua, ou comer ou beber, ou entrar na água, esse protetor labial deve ser reaplicado (após essas ações)”, diz a médica.
No caso do ressecamento, além do uso diário do protetor solar, existem ações que podem ser feitas em clínica. Uma boa solução para ‘pelinhas’ descamando é o HydraFacial Perk Lábios. “Em consultório, a experiência HydraFacial Perk Lábios é realizada com a exclusiva tecnologia roller-flex, que, por meio de sucção à vácuo, promove uma limpeza e esfoliação suave enquanto deposita na pele da região um poderoso sérum nutritivo e hidratante, que, após o tratamento, é levado pelo paciente para ser aplicado em casa, assim contribuindo para prolongar e melhorar gradualmente os resultados do procedimento”, explica a dermatologista Lilian Brasileiro. O resultado, que pode ser visto imediatamente, são lábios mais sedosos, hidratados e brilhantes, além de um efeito volumizador temporário.
Já a dermatologista Paola Pomerantzeff explica que, felizmente, hoje existem procedimentos dermatológicos que podem prevenir ou reverter efeitos indesejados na região. “Podemos usar o laser erbium com drug delivery (aplicação de sérum de ácido hialurônico estéril imediatamente após a realização do laser) para estimular a produção de novas fibras de colágeno. Os skinboosters (hidratação injetável) também estimulam a produção de colágeno e resultam num efeito ‘gloss’ nos lábios. Quando aplicados na pele ao redor da boca, há melhora das linhas, do ‘código de barras’”, destaca ela.
“Se o objetivo for marcar novamente o contorno dos lábios, reverter a queda do ângulo da boca ou devolver o volume perdido aos lábios, o ideal é realizar preenchimento com ácido hialurônico. A toxina botulínica também pode ser utilizada para tratamento do código de barras. O ideal é procurar um dermatologista para indicação correta”, finaliza Paola.
21 Dias de Ativismo não são suficientes para um país que estupra mulheres e crianças a cada oito minutos
Até o final desse texto, ao menos uma menina ou mulher terá sido estuprada no Brasil. Isso não é sensacionalismo, mas sim, estatística. E das mais alarmantes. Só no primeiro semestre de 2023, foram 34 mil casos registrados de estupro, o que representa um aumento de 15% em comparação com o mesmo período de 2022. E hoje, até o final do dia, aproximadamente quatro mulheres serão mortas em casos de feminicídio — o maior índice desde 2019.
Os dados são do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e reforçam o inegável: o Brasil tem questões estruturais de ódio às mulheres e às meninas. Misoginia e estruturas machistas permeiam historicamente a nossa formação como país e perpetuam cada vez mais rápido em tempos de hiperconexão, exposição digital acelerada e sentimento de impunidade. A situação se agrava quando falamos das pessoas mais vulneráveis. Mulheres negras representam cerca de 62% dos feminicídios, enquanto as crianças são estupradas principalmente dentro de casa, muitas vezes por seus familiares.
É por tudo isso que iniciativas como os 21 dias de Ativismo são mais que necessárias para conscientizar, mobilizar e, potencialmente, combater todos os tipos de agressões que mulheres e meninas sofrem hora após hora, minuto a minuto. A campanha, que globalmente se chama 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres, começou em 1991 com o Instituto de Liderança Global das Mulheres. Atualmente, cerca de 150 países aderem ao movimento com ações nas ruas e nas redes. Por aqui, iniciamos as mobilizações no dia 20 de novembro, como homenagem ao Dia da Consciência Negra, e seguimos até 10 de dezembro, que marca o Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Nós, da Think Olga, somamos aos 21 Dias de Ativismo trazendo mensagens, relatos e ferramentas que podem apoiar as mulheres, o Estado, o setor privado e a sociedade como um todo. Recentemente, por exemplo, mostramos como o medo da violência afeta outras esferas da vida das mulheres.
Em nosso Lab Think Olga Esgotadas, o medo constante de sofrer violência é citado por uma em cada seis entrevistadas como fator de impacto em sua saúde mental. Também trabalhamos com cartilhas de combate ao assédio e à violência e damos visibilidade a espaços de acolhimento e denúncia.
Infelizmente, toda mulher já sofreu, teme sofrer ou conhece alguma outra que já sofreu violência. Andar na rua sozinha de dia e de noite, cortar laços com um parceiro abusivo, ser assediada no transporte público ou ao caminhar em qualquer lugar, não poder deixar sua criança próxima de uma figura masculina… Essas são as realidades que já não podemos tolerar. Esse é o compromisso de mudança que precisamos assumir todos os dias, ativa e profundamente. Porque é sobre mudar uma sociedade cheia de ódio em relação às mulheres. É sobre fortalecer mulheres cheias de traumas. É sobre a vida e a sobrevivência. É sobre vivermos.
Bubble hair: Quais são os riscos e os danos para o cabelo?
Geralmente, usa-se muitas ferramentas para manter o cabelo em ordem, principalmente equipamentos que emitem calor, como secador, chapinha e babyliss. Porém, quando não se é usado um protetor térmico, as madeixas ficam expostas a altas temperaturas durante o uso desses equipamentos, surgindo assim o efeito do “bubble hair”, que acaba formando bolhas de ar que ficam no cabelo por danos térmicos.
Para isso, a cientista e especialista em cabelos, Jackeline Alecrim explica que as fibras capilares contém espaços cheios de ar, chamados vacúolos, e quando as madeixas são lavadas e ficam molhadas e esses espaços acabam sendo preenchidos pela água. “Se secarmos os fios encharcados e sem proteção térmica, isso faz com que a água vaporize e expanda esses vacúolos, formando bolhas de ar dentro dos fios. Dessa forma, os cabelos acabam se tornando mais frágeis, favorecendo a quebra capilar, deixando as madeixas mais ásperas e ressecadas. Ademais, a longo prazo, a saúde do cabelo vai sofrer com muita intensidade.”, explica Jackeline.
Além disso, de acordo com a cientista, nenhum tipo de cabelo escapa dos danos causados pelo calor, e para diminuir o efeito, basta usar protetores térmicos. “Cabelos danificados, quebradiços, com frizz, sem brilho e sem maciez podem ter sido agredidos pelo ‘bubble hair’ sem a pessoa nem ter noção disso”, afirma.
Segundo Jackeline, se o ‘bubble hair’ se forma no fio, não há tratamento. Ou seja, ele é irreversível. Dessa forma, as madeixas irão quebrar sempre que as bolhas se formarem. “Através de uma avaliação capilar, identificamos essa disfunção e elaboramos um cronograma de mudança de hábitos de cuidados capilares que podem ajudar”, aponta.
Porém, a ciência aponta que existem formas eficazes de previnir o efeito. “Quando for usar secador, por exemplo, mantenha-o a uma distância razoável do couro cabeludo e dos fios com uma temperatura não tão elevada. Ainda é essencial investir em protetores térmicos, pois eles formam uma barreira ao redor do fio, permitindo uma secagem externa e protegendo a estrutura interna dos fios”, destaca a especialista.