Brasília LS 1980 é um dos modelos históricos da Volkswagen no Brasil
A Volkswagen tem uma história muito interessante. Como sabemos, ela começou na Alemanha da década de 30 produzindo aquele que seria um dos carros mais icônicos do planeta: o Fusca. Naquela época, Ferdinand Porsche criou a ideia de um motor boxer com refrigeração a óleo e manutenção muito simples.
Após o final da Segunda Guerra Mundial, a marca retomou a produção do besouro e, na década seguinte, percebeu que o seu público consumidor buscava algo diferente. Na metade dos anos 50, nasceu o Karmann-Ghia , o modelo com linhas clássicas e esportivas utilizando a mesma mecânica confiável.
Na década seguinte, a Volkswagen ampliou a sua gama de modelos com versões diferentes. No Brasil, a grande mudança ocorreu nos anos 70 quando a matriz deu liberdade para que as suas filiais criassem modelos diferentes de acordo com o público consumidor. O Brasil foi um deles e a genialidade e capacidade de nossos projetistas marcou a história.
Nesse sentido, nasceu o Brasília, em 1973. O projeto da equipe de Márcio Piancastelli conseguiu sanar os problemas clássicos do Fusca e aprimorar a ideia desse projeto tão versátil. Nascia ali um modelo que agradou em cheio o consumidor, trazendo resistência e um estilo muito marcante para as famílias brasileiras.
O modelo comemorou 50 anos este ano com muita festa por parte da montadora. Algumas de suas versões chamaram atenção, trazendo mais acessórios e mais equipamentos. É o caso desse exemplar LS , de 1980, que pertence a Leandro Coelho , mecânico e que também possui um canal popular no YouTube .
O exemplar está extremamente bem conservado com todas as características originais da época. Os destaques vão para o lavador elétrico do vidro, frisos laterais e o interior monocromático. Os bancos com encosto de cabeça também fazem parte desse pacote juntamente com o motor de 1.584 cm³ cilindrada.
Dirigir o Brasília é uma grande satisfação. Realmente o acerto do projeto em relação ao Fusca é notável. Vale destacar a sua estabilidade, o conforto dos assentos e a mesma simplicidade mecânica que acompanhou toda essa história fantástica desses 70 anos da Volkswagen no Brasil .
Ainda bem cedo, os competidores se dirigem à largada. A temperatura esteve próxima do zero
Neste último fim de semana fui até o Rio Grande do Sul acompanhar a terceira etapa do Campeonato Brasileiro de Rally de Regularidade Histórica , promovido pela Federação Brasileira de Veículos Antigos – FBVA. A etapa chama-se Rally dos Vinhedos e é organizada pelo Veteran Car Club dos Vinhedos , sediado no município de Bento Gonçalves , na Serra Gaúcha.
Só o fato de estar em uma região tão bela, tão bem dotada pela natureza, já vale qualquer dificuldade em chegar, visto que fica no extremo sul do país, região que é bem conhecida pelas baixas temperaturas , especialmente no inverno. Mas é justamente isso que faz do lugar um destino tão desejado.
O Rally dos Vinhedos está comemorando sua décima edição, reunindo 129 veículos antigos e clássicos para um passeio cronometrado pelas estradas da região, passando por municípios como Bento Gonçalves, Garibaldi, Carlos Barbosa, Pinto Bandeira e Santa Tereza. O mais interessante foi a participação de 13 intrépidos pilotos de motonetas clássicas , que enfrentaram a temperatura de quase zero grau no momento da largada.
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As motonetas cruzaram alguns centros urbanos durante o percurso
E mais, diferentemente dos automóveis, que têm um piloto e um navegador, que além de lhe fornecer a velocidade ideal para cada trecho também indica o caminho a ser seguido, no scooter o piloto faz sozinho todos os trabalhos.
Claro, sendo um rally de veículos antigos , essas motonetas, que atualmente são conhecidas por scooters , são de época, de um tempo quando ainda não tinham esse apelido.
Dos 13 participantes, 11 deles pilotavam Vespa nacionais dos anos 80, que eram fabricadas em Manaus, AM, pela Piaggio . Os outros dois pilotavam Lambretta Li 150 , fabricadas nos anos 60. Vespa e Lambretta eram (e são) eternos rivais nesse segmento dos veículos de duas rodas.
Um rally de regularidade , que também pode ser chamado de passeio cronometrado, avalia a capacidade do piloto em manter as médias de velocidade pré-estabelecidas, que figuram na planilha com o roteiro. Quanto mais próximo o tempo de passagem pelos vários pontos de controle distribuídos pelo percurso, menos pontos o participante perde. No final, quem perder menos pontos, de acordo com um regulamento complexo, vence a prova.
Entre as motonetas, o vencedor foi André Sain, de Bento Gonçalves, pilotando (e navegando) a Vespa PX 200 1986 de número 21. André teve 78 pontos perdidos nessa etapa.
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O vencedor André Sain, com sua Vespa PX 200 1986
Em segundo lugar chegou Daniel Orso, também de Bento Gonçalves, com a Vespa PX 200 Elestart 1987 de número 24, com 84 pontos perdidos. Em terceiro lugar ficou Rodrigo Nenini, de Garibaldi, com a Vespa PX 200 1986 de número 22, com 123 pontos perdidos.
Ora Funky Cat GT deixará o passado felino na Ásia e será chamado apenas de 03 no Brasil
A Great Wall Motors apresentou de forma oficial o Ora 03, seu próximo lançamento no Brasil, cotado para ser o automóvel mais barato da marca no país, com preços entre R$ 150 mil e R$ 200 mil.
O Ora 03 chega em duas versões: BEV e BEV GT e tera preços para incomodar o BYD Dolphin e Renault Kwid E-tech . A diferença entre as duas versões do hatchback serão visuais e no pacote de baterias, portanto, a autonomia também será diferente.
A GWM irá repetir o mesmo formato de compra que foi utilizado na apresentação do Haval H6 . Os interessados deverão acessar a página da marca no Mercado Livre e pagar R$ 9 mil para fazer a reserva de uma unidade. Esse valor será descontado no pagamento do veículo e, caso o comprador desista do negócio, será reembolsado integralmente e sem qualquer burocracia, segundo a página.
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Visual traseiro chama atenção por desenho incomum e lanternas posicionadas nos vidros
O Ora mede 4,25 m de comprimento , 1,83 m de largura (com os espelhos), 1,60 m de altura e entre-eixos de 2,65 m. Apesar de ser maior que o BYD Dolphin (4,12m), o Ora 03 perde no entre-eixos por 5 cm. Equipado com um motor elétrico, a potência é de 171 cv e o torque é de 25,5 kgfm . As baterias têm entre 48 e 63 kWh de capacidade , a depender da versão. A autonomia não foi aferida pelo Inmetro, mas na Europa, o hatchback faz 4 20 km no ciclo WLTP .
Oficialmente, o elétrico vem equipado com central multimídia com Apple CarPlay e Android Auto sem Fio, apesar da BYD não ter confirmado o tamanho da tela. O Ora 03 ainda traz assistente de estacionamento automático, partida inteligente, teto solar panorâmico e carregador de celular por indução. Os bancos contam com massagem, aquecimento e refrigeração.
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Interior promete bastante conforto, volante de dois raios dá um toque extra de requinte
A segurança fica por conta do controle de cruzeiro adaptativo com stop and go (capaz de seguir as paradas e arrancadas do trânsito), frenagem autônoma de emergência com reconhecimento de pedestres e ciclistas, sete airbags, assistente de ponto cego ativo e frenagem contra tráfego cruzado dianteiro e traseiro. Vale lembrar que, na Europa, o Ora 03 tirou nota máxima no teste de colisão.
Segundo a GWM , as informações detalhadas das versões, cores e preços serão divulgadas em agosto . Em setembro , o carro estará disponível para test-drive , e em outubro , as primeiras unidades serão entregues.