Governo evita reciprocidade com EUA e lista exigências –

O governo brasileiro está se preparando para lidar com o impacto econômico de certas ações propostas em relação às tarifas que podem afetar o comércio com os Estados Unidos. No contexto atual, é importante que o pedido oficial do governo inclua uma estimativa clara do impacto econômico dessas decisões. Até o momento, o governo não divulgou esse número, mas setores envolvidos já estão fazendo suas próprias projeções.
O presidente Lula tem expressado a intenção de utilizar a legislação pertinente, porém, membros da sua equipe afirmam que essa opção deve ser considerada apenas em último caso. Essa legislação serve como uma reserva estratégica, permitindo que o governo atue rapidamente se necessário. No entanto, a prioridade continua sendo a manutenção do diálogo diplomático como a principal abordagem.
Durante reuniões do comitê de emergência, empresários de diversos setores enfatizaram a importância do diálogo. Eles pediram que o governo se concentre na negociação e sugiram uma possível extensão do prazo para a implementação das novas taxas, que está prevista para entrar em vigor em 1º de agosto. O receio é que a tensão entre Brasil e Estados Unidos se intensifique, resultando em uma guerra tarifária que poderia prejudicar os produtores brasileiros.
O vice-presidente Geraldo Alckmin, que coordena o comitê, tem evitado comentar sobre a aplicação da lei após as discussões com os empresários. Ele mencionou que a legislação está ativa, mas não deu mais detalhes, reforçando que a decisão final será tomada pelo presidente.
Dentro do governo, há um dilema a ser resolvido: equilibrar o discurso político com as necessidades do setor econômico. Lula e outros integrantes da equipe ressaltam a importância de uma resposta proporcional como forma de afirmar a soberania do Brasil. Em contrapartida, a equipe econômica alerta que essa postura pode alienar o apoio da classe empresarial, que tem se mostrado cooperativa nas últimas semanas.