Eduardo indica que deve renunciar ao mandato em breve –

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O deputado licenciado Eduardo Bolsonaro, do PL de São Paulo, indicou que pode abrir mão do seu mandato parlamentar. Ele se afastou do cargo em março e a licença está prevista para terminar na próxima semana.
Eduardo, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, declarou que, no momento, não tem planos de retornar ao Brasil. Ele afirmou que só voltará quando o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, não tiver mais a possibilidade de prendê-lo. O deputado comentou que ainda está avaliando suas opções e mencionou que é provável que renuncie. O prazo para essa decisão se encerra no fim de julho.
Ele também citou a possibilidade de uma mudança nas regras da Câmara dos Deputados, que, em casos excepcionais, permitiria que parlamentares exercessem suas funções à distância. Eduardo acrescentou que tomará uma decisão final após o recesso parlamentar, que termina em 4 de agosto. Ele afirmou que não precisa renunciar imediatamente e que pode deixar o tempo passar até perder o mandato por faltas.
Atualmente, Eduardo não recebe seu salário, apenas o pagamento de sua equipe de assessores, que também está à disposição do deputado federal suplente Missionário Olímpio, do mesmo partido.
A declaração de Eduardo ocorre em um contexto complicado, especialmente com notícias de que o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está considerando a imposição de tarifas de 50% ao Brasil. Eduardo pediu licença do mandato, alegando que essa foi a decisão mais difícil da sua vida, com a preocupação de uma possível prisão a mando de Moraes, mesmo sem haver uma ação judicial concreta contra ele.
Dois meses após seu afastamento, o STF acatou um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e abriu um inquérito sobre a atuação de Eduardo. A PGR alega que ele tem colaborado com empresários, congressistas americanos e membros da administração Trump para promover sanções contra juízes do Supremo, especialmente Alexandre de Moraes, e autoridades da Polícia Federal e do Ministério Público.
As acusações incluem crimes como coação e tentativa de abolição do Estado democrático de Direito. No seu tempo nos Estados Unidos, Eduardo tem se reunido com autoridades americanas para pressionar pela sanção a Moraes.
Recentemente, o inquérito foi prorrogado por mais 60 dias, a pedido da Polícia Federal, para dar continuidade às investigações. Enquanto isso, em um comentário sobre a situação, Donald Trump disse que o Brasil está tratando o ex-presidente de maneira inadequada e afirmou que Bolsonaro está sendo perseguido.