Por quanto tempo Israel pode frustrar os EUA? –

Israel está enfrentando críticas por seus recentes ataques aéreos na Síria, que ocorreram mesmo após uma ordem do governo dos Estados Unidos para que o país se abstivesse de novas ofensivas. O Presidente Donald Trump expressou descontentamento com as ações israelenses, que incluem bombardeios em Damasco, os quais resultaram na morte de pelo menos três pessoas e ferimentos em dezenas de outros.
Os ataques de Israel foram justificados por seu governo como uma medida de proteção à comunidade Druze na Síria, que esteve envolvida em confrontos com tribos beduínas e forças sírias. Israel afirmou que os bombardeios também foram uma retaliação pela entrada de tropas sírias em uma área que Israel considera uma zona desmilitarizada, uma afirmação rejeitada pelo governo sírio.
A administração Trump havia mediado um cessar-fogo entre os dois países, mas integrantes do governo estão preocupados com a insistência do Primeiro-Ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em continuar as operações militares. Em conversas internas, alguns oficiais expressaram que as ações de Netanyahu poderiam comprometer os esforços de paz que Trump busca implementar.
Além disso, o presidente Trump pareceu surpreso com os bombardeios na Síria e a recente destruição de uma igreja católica em Gaza, onde três pessoas foram mortas durante um ataque a Israel. Trump manteve conversas com Netanyahu para abordar essas questões, manifestando sua preocupação em relação aos ataques em locais onde busca estabelecer um diálogo de paz.
Os ataques de Israel na Síria e em Gaza ocorreram pouco após a visita de Netanyahu a Washington, que gerou expectativas sobre um possível acordo de cessar-fogo em Gaza. Apesar das promessas de paz, há preocupações de que um acordo mediado por Trump possa envolver a remoção de palestinos e um controle renovado da faixa de Gaza por Israel e/ou pelos Estados Unidos.
Especialistas apontam que a postura de Trump, ao apoiar militarmente Israel, pode ter encorajado ações que contrariam a política americana de tentar suavizar as relações na região. Isso inclui ataques contra o Irã durante negociações nucleares e agora contra a Síria, o que levanta dúvidas sobre os objetivos dos Estados Unidos.
Apesar das críticas, Israel continua dependendo do apoio dos EUA, tanto em termos de recursos financeiros quanto de armamentos. A pressão americana é vista como crucial para que Israel aceite cessar-fogo ou negociações de paz, já que o país não pode se sustentar em conflitos prolongados sem apoio externo.
Entre os incidentes que geraram preocupações internacionais, houve também a morte do palestino-americano Saif Musallet, que foi agredido por colonos israelenses na Cisjordânia. O governo dos EUA expressou indignação e pediu uma investigação rigorosa.
O aumento da violência na região, tanto de forças israelenses quanto de militantes, tem sido uma questão central nas discussões em curso sobre segurança e direitos humanos. Os líderes internacionais continuam a chamar a atenção para a necessidade de proteger civis e resolver pacificamente o conflito entre israelenses e palestinos.