Tarcísio nega participação em reunião sobre golpe, diz CNN –

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, afirmou que não esteve envolvido em discussões sobre um possível golpe de Estado após as eleições de 2022. A declaração foi feita em uma entrevista, após o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, anunciar que notificará o governador devido a questionamentos feitos durante uma audiência judicial.
O advogado de Filipe Martins, que foi assessor de Jair Bolsonaro e é réu em um processo relacionado ao suposto plano de golpe, perguntou a Mauro Cid, delator no caso, se ele lembrava de Tarcísio presente no Palácio da Alvorada no dia em que teria ocorrido uma “reunião do golpe”.
O advogado destacou que as entradas no Palácio indicavam que Tarcísio e Filipe Martins estiveram no local em horários próximos. Em resposta a essas acusações, Tarcísio explicou que já havia esclarecido sua presença no Alvorada em momentos anteriores. Ele comentou que visitou o presidente Bolsonaro em várias ocasiões e que esses encontros foram rápidos e sem conotações relacionadas a conspiracões.
O governador disse que se lembrou de um desses encontros especificamente, mencionando que Bolsonaro estava na varanda do Alvorada e não participou de reuniões no interior do Palácio. Ele reiterou que não havia relacionamento próximo com Filipe Martins e que não havia discutido qualquer plano de golpe. Tarcísio também mencionou que sua presença no Alvorada gerou pedidos de investigação, mas não resultou em novas conclusões, afirmando estar tranquilo sobre a situação.
Em um comunicado oficial, o Palácio dos Bandeirantes reafirmou que Tarcísio nunca participou de reuniões relacionadas ao assunto discutido. Todos os depoimentos já haviam sido prestados às autoridades competentes e analisados anteriormente.
Durante a audiência, houve confrontos entre a defesa de Filipe Martins e o ministro Alexandre de Moraes. O advogado de Martins questionou a validade da planilha de entrada no Palácio como evidência contra seu cliente. Moraes interrompeu, alegando que as insinuações eram inadequadas. Em um momento tenso, o ministro criticou os atos de vandalismo ocorridos no dia 8 de janeiro de 2023, classificando os responsáveis como “golpistas” e assegurando que as imagens do ocorrido eram claras.