Damares Critica Moraes E Pede Desculpas Ao PT –

A senadora Damares Alves, do partido Republicanos do Distrito Federal, fez críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, durante uma coletiva de imprensa na quarta-feira, 6 de agosto de 2025. Ela relembrou que, em 2017, o Partido dos Trabalhadores (PT) se opôs à sua indicação ao cargo. Na época, Damares ressaltou que os conservadores não acreditaram nas críticas do PT, que descrevia Moraes como um “tirano”.
Damares, em tom irônico, pediu desculpas ao PT, afirmando que agora os “conservadores abriram os olhos” para o que considera um erro cometido no passado. Ela dirigiu suas desculpas a membros do partido, como a ministra Gleisi Hoffmann, ao ex-deputado Jean Wyllys e ao senador Randolfe Rodrigues, por não terem acreditado nas advertências feitas durante a sabatina de Moraes na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Durante essa sabatina, Gleisi criticou a indicação, afirmando que a presença de Moraes no STF seria “prejudicial à democracia”.
Damares mencionou que a prioridade atual para os conservadores deve ser o impeachment de Alexandre de Moraes. A decisão sobre a tramitação desse pedido cabe ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que, segundo informações, já declarou que não irá pautar essa questão.
Alexandre de Moraes foi ministro da Justiça do governo Michel Temer antes de ser indicado ao STF, cargo que ocupa desde fevereiro de 2017. Na época de sua indicação, o PT utilizou suas redes sociais para criticar Moraes, chamando-o de “golpista”.
Sobre o processo de impeachment, cabe ao presidente do Senado decidir se aceita ou não o pedido. Mesmo que haja apoio de 80 senadores, se o presidente for contrário, o pedido pode não avançar. Se o pedido for aceito, uma comissão especial será formada para analisar o caso. O parecer da comissão será votado no plenário e precisa de 41 votos para ser aprovado. Já o julgamento final, que determinará se o ministro deve ou não ser afastado, requer a aprovação de dois terços dos senadores, ou seja, 54 votos. Qualquer cidadão pode solicitar o impeachment de um ministro do STF.