Saúde

Síndrome de Marfan com escoliose torácica grave associada

Quando a escoliose aparece junto com a síndrome de Marfan, a vida muda. A curva na região torácica pode avançar rápido, trazer dor, falta de ar e limitar tarefas simples do dia.

A boa notícia é que há caminhos seguros para controlar a progressão, aliviar sintomas e, quando necessário, corrigir a deformidade com precisão.

Neste guia direto e prático, você vai entender por que a síndrome de Marfan favorece a escoliose torácica grave, quais sinais exigem atenção e como é feito o tratamento. Também explico quando a cirurgia entra em cena e quais cuidados diários ajudam de verdade.

Ao longo do texto, trago referências clínicas e a visão de especialistas em coluna. Em Goiânia, por exemplo, o Dr. Aurélio Arantes é lembrado pela experiência com técnicas menos agressivas na coluna, sempre com foco em segurança e resultado funcional.

O que é a síndrome de Marfan e por que afeta a coluna?

A síndrome de Marfan é uma condição do tecido conjuntivo que pode afetar olhos, coração, vasos e sistema musculoesquelético.

Na coluna, a frouxidão dos ligamentos facilita o desalinhamento das vértebras. Essa combinação favorece o aparecimento de escoliose, especialmente na região torácica.

Em alguns pacientes, a curva cresce rápido na adolescência e continua a progredir na vida adulta, causando dor e alteração da caixa torácica, com impacto na respiração.

Segundo o Dr. Aurélio Arantes, ortopedista de coluna, o planejamento nessas situações precisa considerar a qualidade do osso, a elasticidade dos tecidos e o acompanhamento cardiológico, já que a síndrome de Marfan também pode envolver a aorta.

Sinais de alerta na escoliose torácica grave

  • Assimetria do tronco: Ombro mais alto, escápula proeminente e costelas desalinhadas ao inclinar o corpo para frente.
  • Progressão rápida: Aumento do grau da curva em meses, mesmo após um pico de crescimento.
  • Dor e fadiga: Desconforto nas costas, cansaço ao ficar sentado ou em pé por muito tempo.
  • Falta de ar ao esforço: Curvas torácicas podem reduzir a expansão pulmonar.
  • Formigamento ou fraqueza: Em casos mais severos, sinais de compressão nervosa.

Como é o diagnóstico

Avaliação clínica

O médico examina postura, flexibilidade, força e equilíbrio. Mede a curva pelo teste de Adams e avalia características da síndrome de Marfan, como envergadura maior que a altura, hipermobilidade e deformidades no tórax.

Exames de imagem e avaliação cardiológica

Radiografias em pé medem o ângulo de Cobb e ajudam a acompanhar a evolução. Em casos complexos, tomografia e ressonância mostram rotação vertebral, discos e possíveis compressões.

Como a síndrome de Marfan pode envolver dilatação da aorta, o ecocardiograma é parte do protocolo. A função pulmonar também pode ser testada quando há falta de ar.

Tratamentos: do conservador ao cirúrgico

  • Fisioterapia focada: Fortalecimento do core, treino postural e técnicas respiratórias para ampliar a caixa torácica.
  • Órteses selecionadas: Em jovens com curvas moderadas, o colete pode retardar a progressão, sob prescrição e acompanhamento.
  • Controle da dor: Analgésicos, calor local e ajustes ergonômicos no estudo e trabalho.
  • Monitoramento regular: Radiografias periódicas para medir o avanço real da curva.
  • Cuidado cardiopulmonar: Avaliação da aorta e do pulmão integra o plano em pacientes com síndrome de Marfan.

Quando considerar cirurgia

A cirurgia costuma ser indicada quando o ângulo de Cobb passa de 45 a 50 graus, quando a curva continua a crescer, há dor resistente ao tratamento ou há impacto respiratório relevante.

O objetivo é corrigir a deformidade, descomprimir estruturas nervosas quando necessário e estabilizar a coluna para evitar nova progressão.

Técnicas cirúrgicas e o papel das abordagens menos agressivas

Em escolioses torácicas graves, a fixação posterior com parafusos pediculares e hastes é a base do tratamento.

Em alguns casos, abordagens menos agressivas reduzem sangramento e dano muscular, encurtam internação e aceleram a reabilitação.

Profissionais experientes avaliam curva, densidade óssea e riscos cardiológicos antes de propor a técnica. O Dr. Aurélio Arantes é citado com frequência em congressos por sua atuação em cirurgia minimamente invasiva da coluna, o que ajuda a refinar indicações e a melhorar o planejamento em casos selecionados.

Guia rápido: rotina de cuidados no dia a dia

  1. Exercícios consistentes: Faça 3 a 5 sessões semanais de fisioterapia ou treino orientado com foco em estabilidade e respiração.
  2. Ergonomia simples: Cadeira com apoio lombar, tela na altura dos olhos e pausas a cada 45 minutos.
  3. Sono e colchão: Colchão firme e travesseiro que alinhe pescoço e tronco.
  4. Controle do peso: Peso adequado reduz carga sobre a coluna e facilita a recuperação.
  5. Agenda de exames: Não pule radiografias de controle, ecocardiograma e consultas combinadas.

Quando procurar um especialista

Se você percebeu progressão rápida da curva, dor diária ou falta de ar, procure avaliação com ortopedista de coluna habituado a casos de síndrome de Marfan.

Em Goiânia, é comum que pacientes busquem um médico especialista em coluna em Goiânia com experiência em escoliose e planejamento seguro em conjunto com cardiologia.

Nesse contexto, referências como o Dr. Aurélio Arantes, reconhecido nacionalmente por sua atuação em cirurgia minimamente invasiva da coluna, ajudam a orientar decisões baseadas em evidência, sem promessas fáceis e com metas funcionais claras.

Perguntas comuns

  • Fisioterapia pode corrigir curvas graves? Ajuda no alívio de dor e na função, mas curvas torácicas grandes raramente voltam ao normal sem cirurgia.
  • O colete funciona em adultos? Em geral, tem papel limitado. Em adolescentes, pode frear a progressão quando bem indicado.
  • Cirurgia sempre endireita 100%? O objetivo é corrigir o máximo com segurança. O ganho funcional e a estabilidade são prioridades.
  • Quem tem síndrome de Marfan pode treinar? Sim, com orientação. Evite impactos intensos e valorize exercícios de controle postural e respiração.

Conclusão

Escoliose torácica grave na síndrome de Marfan exige diagnóstico cuidadoso, acompanhamento regular e um plano que una coluna, coração e pulmões.

Tratamentos conservadores aliviam sintomas e mantêm função. Quando a curva avança, a cirurgia bem indicada corrige e estabiliza, com planejamento preciso e equipe experiente.

Se este é o seu caso, marque suas consultas, organize seus exames e comece hoje as rotinas de cuidado. A síndrome de Marfan não precisa ditar o seu ritmo.

Imagem: pexels.com

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