Jimmy Kimmel voltou ao ar na noite de terça-feira após uma pausa de quase uma semana em seu programa de televisão. O motivo da suspensão foi a repercussão de comentários que ele fez sobre a morte do ativista conservador Charlie Kirk, que geraram muitos debates e críticas.
Em sua abertura, Kimmel fez um monólogo que durou mais de 15 minutos, defendendo a importância da liberdade de expressão. Ele comentou sobre a reação do presidente Donald Trump e do presidente da Comissão Federal de Comunicações, Brendan Carr, a suas declarações. Kimmel enfatizou que nunca teve a intenção de desmerecer o assassinato de Kirk, refletindo sobre a gravidade da situação, com a voz embargada de emoção. Ele também se desculpou se suas palavras foram mal interpretadas como se ele estivesse culpando um grupo específico.
O apresentador ainda criticou a postura de Carr, chamando-a de tentativas de censura “não americanas” e agradeceu tanto a apoiadores como a críticos, incluindo personalidades conservadoras, que se manifestaram em defesa da liberdade de expressão. Kimmel afirmou que seu programa, embora importante, não é o que realmente importa. O mais valioso, segundo ele, é viver em um país onde se pode ter um show dessa natureza.
Ele mencionou um discurso tocante feito por Erika Kirk, esposa do ativista falecido, durante o memorial de seu marido. Erika falou sobre a importância do perdão, o que Kimmel destacou como uma mensagem significativa, especialmente em momentos de tragédia.
A Walt Disney Co., empresa mãe da ABC, havia comunicado anteriormente que Kimmel ficaria afastado para evitar aumentar a tensão em um momento delicado para o país. Em uma declaração oficial, a empresa disse que realizaram conversas cuidadosas com Kimmel durante a pausa, antes de decidir pelo retorno do programa.
Antes da volta do programa, o presidente Trump atacou Kimmel e a ABC nas redes sociais, questionando por que a emissora decidiu recontratá-lo, considerando-o pouco engraçado e criticando sua atuação.
A decisão de suspender o programa foi anunciada em 17 de setembro, após os comentários controversos de Kimmel. O presidente da FCC havia sugerido, em uma entrevista, que Kimmel deveria ser suspenso. As lanternas sindicais que representam profissionais de entretenimento e roteiristas criticaram essa medida.
Além disso, os grupos de comunicação Nexstar e Sinclair anunciaram que continuariam a suspender “Jimmy Kimmel Live!” em suas afiliadas da ABC, substituindo-o por programação local de notícias. A Nexstar declarou que tomou essa decisão devido aos comentários que considerou “mal cronometrados e insensíveis” e aguarda garantias de que haverá um diálogo respeitoso e construtivo.
Apesar das suspensões, o programa de Kimmel está acessível em várias plataformas de streaming, incluindo Hulu e Disney+. Além disso, os episódios completos estão disponíveis no dia seguinte à transmissão.
