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EUA: família de cineasta brasileira busca libertação

A cineasta brasileira Barbara Marques, que está detida em um centro de imigração nos Estados Unidos há cerca de duas semanas, aguarda uma decisão judicial que pode definir seu futuro. A informação foi compartilhada por sua tia, a atriz Elisa Lucinda, que mencionou que um juiz está prestes a se manifestar sobre um pedido que visa permitir que Marques retorne a Los Angeles, onde vive e trabalha desde 2018. Atualmente, ela se encontra em um centro de detenção na Louisiana.

O advogado de Barbara, Marcelo Gondim, de uma firma especializada em imigração, informou à televisão local que apresentou um pedido para impedir que ela seja transferida para outro estado ou deportada. A defesa da cineasta tem feito todos os esforços necessários para garantir sua permanência no país.

O Itamaraty, por meio do consulado brasileiro em Los Angeles, está ciente da situação e oferece assistência consular, embora não possa compartilhar detalhes específicos do caso.

Barbara foi detida por agentes do ICE (Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas dos EUA) após uma entrevista relacionada ao seu green card em uma repartição pública de Los Angeles. Seu marido, Tucker May, relatou que, ao final da entrevista, a situação mudou inesperadamente. Um funcionário informou que uma impressora estava quebrada, o que fez com que Barbara se afastasse de seu advogado, levando à sua prisão. O motivo oficial da detenção foi a falta a uma audiência de regularização de visto em 2019, mas May destacou que ela não havia sido notificada sobre essa audiência.

Inicialmente, Barbara foi levada para um centro de detenção em Adelanto, na Califórnia, depois transferida para o Arizona e, atualmente, está detida na Louisiana, considerada o último passo antes de uma possível deportação.

Desde a detenção, a equipe de reportagem tem tentado entrar em contato com o ICE, mas ainda não obteve resposta.

Barbara Marques, natural de Vitória, Espírito Santo, tem 38 anos e é graduada em cinema por uma universidade no Rio de Janeiro. Posteriormente, ela estudou atuações na American Musical and Dramatic Academy (AMDA) em Los Angeles.

Ela possui no currículo a direção do curta-metragem “Cartaxo”, de 2020, que retrata a homenagem à atriz Marcélia Cartaxo no Los Angeles Brazilian Film Festival, onde o filme “Pacarrete”, que Cartaxo apresentou, foi premiado. Outros curtas notáveis de Marques incluem “Amor” (2018), que aborda o diagnóstico de Alzheimer de seu avô, e “Basement” (2021), um filme de terror com elenco americano.

Para ajudar nas despesas legais de defesa, foi lançado um financiamento coletivo que já arrecadou cerca de US$ 43 mil (aproximadamente R$ 228 mil) de uma meta de US$ 55 mil.

Produção Editorial

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