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Netanyahu aceitou paz em Gaza sob pressão, afirma professor

Na recente situação de conflitos entre Israel e Hamas, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, não tomou a decisão de buscar a paz por vontade própria. A pressão para encontrar um entendimento foi significativa e envolveu a intermediação de vários países, incluindo Turquia, Qatar, Egito e Arábia Saudita. Essa articulação internacional criou um ambiente favorável para um possível acordo.

O professor de relações internacionais Paulo Velasco destacou que a mediação do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi um fator importante para a mudança de postura de Netanyahu. Segundo Velasco, Netanyahu respeita Trump e, diante da pressão, tornou-se difícil para ele recusar a proposta de diálogo. O especialista observou que a relação entre os dois líderes é mais favorável do que a que Netanyahu tinha com outros presidentes americanos, como Barack Obama e Joe Biden.

A fragilidade da coalizão de governo de Netanyahu também é um ponto a ser considerado. Velasco afirmou que o premiê enfrenta divergências internas, especialmente com ministros de uma ala mais radical, e isso poderia provocar a queda do governo caso esses ministros decidam se afastar. Nesse contexto, Netanyahu precisa contar com o apoio deles para manter a maioria no parlamento de Israel.

Além disso, a oposição a Netanyahu tem ganhado força nos últimos meses, apresentando críticas contundentes à sua gestão. Essa situação torna o cenário político em Israel ainda mais complexo, colocando em risco a estabilidade do governo. A pressão externa e interna parece ter forçado Netanyahu a buscar um entendimento que, inicialmente, ele poderia ter evitado.

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