Apple fecha contrato para transmissão da F1 após anos de negociação

A Apple decidiu adquirir os direitos de transmissão da Fórmula 1 nos Estados Unidos por um período de cinco anos. Essa mudança coloca a empresa no lugar da ESPN, que detinha os direitos anteriormente. O anúncio foi feito na sexta-feira e foi recebido como uma consequência natural, especialmente após o sucesso do filme da Apple sobre F1, que tem Brad Pitt como protagonista.
Contudo, o interesse da Apple na Fórmula 1 não é recente e remonta a quase uma década. Eddy Cue, vice-presidente sênior da Apple, tem uma longa associação com a Ferrari como membro do conselho e é um fã de longa data do esporte.
Cue mencionou que a relação entre Apple e Fórmula 1 começou a se estreitar ainda mais quando ele trabalhou de perto com Stefano Domenicali, ex-chefe da Ferrari e atual CEO da Fórmula 1, durante a produção do filme. Ele destacou que essa colaboração fez com que ambos os lados tivesse mais confiança em realizar projetos em conjunto.
Em 2016, houve conversas significativas entre Cue e Bernie Ecclestone, a antiga figura central da Fórmula 1, sobre um programa chamado “From The Grid”. Essa iniciativa era parte de um esforço para criar conteúdo relacionado à Fórmula 1, priorizando a transmissão em parceria com a NBC.
Na época, a Apple estava prestes a adquirir os direitos de exibição da NBC e pensou em usar o programa como um complemento antes de lançar sua própria plataforma de streaming. A ideia era que esse show preparasse o terreno para um futuro mais robusto relacionado a F1 na Apple.
Vale ressaltar que em um evento da Fórmula 1 no México, em outubro de 2016, uma equipe da Apple estava presente e teve acesso a informações sobre o evento. Entretanto, após a mudança de comando na Fórmula 1, com a chegada da Liberty Media, os planos para o programa acabaram não se concretizando e a proposta foi deixada de lado.
Ecclestone, que foi substituído em sua posição em 2017, confirmou que sempre teve um bom relacionamento com os envolvidos nas negociações com a Apple. Ele acredita que a introdução de Apple à nova liderança da Fórmula 1 poderia abrir portas para futuras parcerias.