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Alimentação em domicílio eleva prévia da inflação menos que o previsto

Em outubro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação no Brasil, registrou um aumento de 0,18%. Esse valor ficou abaixo das expectativas e foi influenciado principalmente pelos preços dos alimentos. A queda nos preços de carnes e a diminuição nos preços de itens in natura ajudaram a compensar as altas observadas em categorias como energia elétrica e serviços.

Os núcleos de inflação, que dão uma ideia das pressões mais persistentes nos preços, estão mostrando avanços abaixo do esperado. Isso sugere que o controle da inflação está caminhando em direção a uma redução mais consistente. Segundo um economista, o resultado atual do IPCA-15 oferece indícios de que a desaceleração da inflação tem sido positiva, embora ainda existam fatores pontuais, como promoções em itens de lazer, que influenciam esses números.

Um destaque recente é que, em um período de doze meses, a inflação ficou abaixo de 5% pela primeira vez neste ano. Espera-se que ao final de 2023 a inflação seja ligeiramente superior a 4,5%. A alimentação em domicílio foi um dos principais fatores para essa desaceleração, especialmente por causa da queda em produtos básicos como arroz, leite, ovos e cebolas, que são essenciais no orçamento das famílias.

No que diz respeito aos bens industrializados, houve uma surpresa negativa, pois os preços também caíram. Essa situação está relacionada, em parte, à deflação observada na China. O cenário é preocupado no que se refere à queda de preços, tanto para os consumidores quanto para o atacado.

A desaceleração da inflação foi atribuída, principalmente, à redução nos preços de alimentos e bebidas, que caíram pelo quinto mês consecutivo. Por outro lado, setores como transportes e despesas pessoais mostraram altas, principalmente devido à subida nos preços dos combustíveis.

As expectativas apontam para uma continuidade dessa tendência de queda nos preços, especialmente porque há uma safra recorde de grãos, o que deve ajudar a reduzir os preços dos produtos básicos. A valorização do real em relação ao dólar também tem um efeito positivo no controle da inflação.

O Banco Central não deve mudar sua perspectiva em relação à taxa de juros, com a expectativa de um primeiro corte previsto para o início de 2024. Especialistas destacam que, embora haja uma trajetória de moderação da inflação, a composição dos preços ainda requer atenção, especialmente na área de serviços. A previsão é que a inflação termine 2025 em 4,7%, e que o Comitê de Política Monetária inicie cortes na taxa de juros em janeiro.

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