Previsão de Nvidia de Huang será discutida no Q3 earnings

Jensen Huang, CEO da Nvidia, anunciou em outubro que a empresa tem um total de 500 bilhões de dólares em pedidos para seus chips, que são fundamentais para o crescimento da inteligência artificial (IA) nos anos de 2025 e 2026. Essa declaração indica a confiança da Nvidia em mais um ano de crescimento, embora mais lento, para sua nova linha de chips, sinalizando que a demanda por tecnologia de IA ainda está em alta.
Huang revelou essa informação durante a conferência GTC em Washington, destacando que o montante inclui a receita de 2025, além das vendas das atuais unidades de processamento gráfico Blackwell e as futuras unidades Rubin, bem como partes relacionadas, como equipamentos de rede. Analistas consideraram que esse volume de pedidos sugere um aumento significativo nas receitas de 2026, acima das expectativas anteriores do mercado.
Atualmente, as ações da Nvidia estão 5% abaixo do valor registrado quando Huang fez seu anúncio no dia 28 de outubro. Essa flutuação no preço das ações reflete a incerteza entre os investidores sobre a sustentabilidade do crescimento no setor de IA, com questionamentos se grandes empresas de nuvem e laboratórios de IA estão gastando excessivamente em infraestrutura.
Na próxima quarta-feira, a Nvidia deve divulgar os resultados do terceiro trimestre. Espera-se que a empresa reporte um lucro de 1,25 dólar por ação e receitas de 54,9 bilhões de dólares, representando um aumento de 56% em relação ao ano anterior. Os analistas também esperam que a guidance para o quarto trimestre indique uma recuperação no crescimento, atingindo 61,44 bilhões de dólares.
Huang ressaltou durante a conferência que a Nvidia tem “visibilidade” sobre essa receita futura, o que não é surpreendente, já que a empresa conta com muitos dos gigantes da tecnologia como clientes, incluindo Google, Amazon, Microsoft e Meta. No último trimestre, essas empresas relataram que estão aumentando seus investimentos em infraestrutura de IA, o que implica em uma demanda crescente pelos chips da Nvidia.
Os analistas também estão de olho nas parcerias recém-estabelecidas pela Nvidia. A maior delas foi o acordo com a OpenAI, onde a Nvidia investirá até 10 bilhões de dólares em ações da startup em troca da venda de 4 a 5 milhões de GPUs ao longo dos próximos anos. A Nvidia também acertou um investimento de 5 bilhões de dólares na Intel para melhorar a compatibilidade entre os chips da Intel e seus próprios GPUs.
Além disso, a Nvidia anunciou que adquiriu uma participação de um bilhão de dólares na Nokia para integrar seus GPUs nos equipamentos de rede da empresa. Ao longo do trimestre, a Nvidia assumiu uma postura ativa em termos de parcerias, e analistas esperam comentários adicionais de Huang sobre essas colaborações.
Vale destacar que a Nvidia domina mais de 90% do mercado de GPUs voltados para IA. Contudo, alguns dos seus clientes, como Amazon e Google, estão promovendo chips personalizados que podem representar uma competição para os produtos da Nvidia. As projeções de vendas da Nvidia não consideram potenciais vendas para a China, onde a situação é complicada devido a restrições de exportação. Huang havia comentado anteriormente que espera poder vender chips na China, mas que a autorização final depende de decisões governamentais.
Essas informações destacam não apenas o crescimento robusto da Nvidia, mas também os desafios e as dinâmicas do mercado de IA em constante evolução.




