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Apoiadores de Trump queimam bonés Maga após polêmica Epstein –

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enfrenta um crescente descontentamento, até mesmo entre seus apoiadores, em relação à forma como seu governo lidou com os arquivos sobre Jeffrey Epstein. Algumas figuras importantes da política americana criticaram Trump, enquanto apoiadores queimavam os chapéus de sua campanha “Make America Great Again” em vídeo.

Recentemente, Mike Johnson, o atual presidente da Câmara dos Representantes e aliado de Trump, pediu a liberação de todos os documentos relacionados a Epstein, um ex-financista condenado por crimes sexuais e que teve uma longa amizade com Trump. Essa solicitação gerou um clima de rebelião entre os eleitores mais fiéis do ex-presidente.

Mike Pence, ex-vice-presidente, declarou que é hora de divulgar todos os arquivos sobre a investigação e a condenação de Epstein. Além disso, Laura Loomer, que costuma aconselhar Trump, sugeriu a nomeação de um conselheiro especial para tratar do caso, ressaltando a seriedade da situação, especialmente dado que Ghislaine Maxwell, associada de Epstein, está cumprindo uma pena de 20 anos.

Em um episódio curioso, o apresentador de podcast Theo Von, que tinha uma visão positiva sobre a posse de Trump, questionou o atual vice-presidente JD Vance sobre a necessidade de revelar a lista de clientes de Epstein.

Até mesmo aliados de Trump no Congresso expressaram insatisfação com sua decisão de não liberar mais documentos do caso Epstein. O senador Josh Hawley, por exemplo, questionou as afirmações do Departamento de Justiça sobre a falta de conhecimento acerca dos clientes de Epstein e pediu que Maxwell fosse chamada para testemunhar.

Mike Johnson se diferenciou de Trump ao pedir publicamente que o Departamento de Justiça tornasse mais documentos sobre Epstein acessíveis. A procuradora-geral Pam Bondi também foi criticada por alegar ter uma lista de clientes de Epstein e, em seguida, afirmar que essa lista não existia.

Entretanto, os parlamentares republicanos passaram duas vezes esta semana a barrar tentativas democraticas de forçar a liberação pública de todos os arquivos de Epstein em 30 dias, com apenas um republicano, Ralph Norman, votando a favor.

A polêmica aumentou na quarta-feira após a demissão de Maurene Comey, procuradora que trabalhou nos casos de Epstein e Maxwell. O motivo da demissão não foi esclarecido pelo Departamento de Justiça.

Com a pressão aumentando, Trump criticou “repúblicos tolos” que, segundo ele, estavam ajudando os democratas ao focar em documentos de Epstein. Durante uma reunião com o príncipe do Bahrein, Trump mencionou o que chamou de “hoax Epstein”, enfatizando que seu governo deveria se concentrar em suas realizações em vez de revirar casos antigos.

Uma pesquisa recente indicou que quase 70% dos americanos acreditam que informações sobre Epstein estão sendo ocultadas. Desses, 69% pensam que o governo federal escondeu detalhes sobre os clientes de Epstein, enquanto cerca de 25% estão inseguros sobre o que pode ter sido mantido em segredo.

Epstein foi preso por acusações de tráfico sexual e é considerado ter cometido suicídio na prisão em 2019. Sua ex-associada, Maxwell, foi condenada por tráfico sexual e atualmente cumpre uma pena de 20 anos.

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