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Botafogo Reporta Faturamento Recorde E Prejuízo De R$ 300 Mi –

A SAF Botafogo divulgou, na noite de sexta-feira, seu balanço financeiro de 2024, após um atraso de mais de três meses. O relatório é apresentado em um momento complicado, marcado por uma crise entre o proprietário John Textor e a Eagle Football Holdings, além das dificuldades enfrentadas pelo Olympique Lyonnais, outro clube do grupo.

O balanço revelou um faturamento histórico de R$ 700 milhões, um crescimento de mais de 300% desde 2022. Esse resultado foi alcançado por meio de uma gestão estratégica e resultados esportivos positivos. As receitas com patrocínios e marketing aumentaram significativamente, saltando de R$ 16,5 milhões para R$ 56 milhões. O programa de sócio-torcedor também se destacou, com uma elevação de quase 476%, passando de R$ 8,4 milhões para R$ 48,6 milhões, evidenciando a forte participação da torcida.

Além de bons resultados financeiros, o documento também aponta a interdependência entre as operações da SAF e o Lyon. O balanço menciona que, em 2024, foram realizadas transações com o time francês, principalmente na troca de direitos de jogadores e na integração de processos esportivos. O Botafogo também tem R$ 558,7 milhões a receber da Eagle, um valor significativo registrado como ativo no balanço.

Outros dados relevantes incluem um aumento nas premiações, que totalizaram R$ 258 milhões, impulsionadas pelas vitórias na Libertadores e no Campeonato Brasileiro. O número de associados do programa Camisa 7 cresceu para 81 mil, gerando R$ 48,6 milhões. As vendas de produtos oficiais mais do que dobraram, atingindo R$ 66 milhões, e os contratos de patrocínio e marketing contribuíram com R$ 56 milhões, um aumento de 250% em relação a dois anos atrás.

O valor de mercado do elenco do Botafogo praticamente dobrou, chegando a R$ 950 milhões, enquanto a dívida bruta caiu de R$ 377,6 milhões para R$ 48,1 milhões. O caixa do clube registrou R$ 129 milhões no final de 2024, um aumento significativo em relação aos R$ 16 milhões do ano anterior, mesmo com R$ 160 milhões destinados ao pagamento da dívida histórica acumulada, que já foi reduzida em R$ 474 milhões desde 2022.

No relatório de gestão, John Textor destacou as conquistas e o aumento das receitas, evitando mencionar diretamente os conflitos judiciais e societários. A narrativa se concentrou nas vitórias esportivas e na expansão comercial, buscando passar uma imagem de estabilidade e progresso em meio a um cenário turbulento.

A divulgação do balanço encerra uma expectativa por parte de torcedores e credores, em um contexto onde a SAF busca manter a operação esportiva e a saúde financeira do clube, enquanto enfrenta disputas judiciais pelo controle acionário e pela gestão do Botafogo.

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