Clinton questionou viabilidade de Biden para 2024, diz fonte –
Ron Klain, ex-chefe de gabinete do presidente Joe Biden, prestou depoimento para investigadores da Câmara dos Deputados, revelando que Hillary Clinton expressou preocupações sobre a viabilidade política de Biden para uma possível candidatura em 2024. Klain participou de uma sessão que durou mais de cinco horas com o Comitê de Supervisão da Câmara, liderado pelo congressista James Comer, que está investigando se os assessores de Biden esconderam sinais de declínio mental do presidente.
Durante a entrevista, uma fonte informou que Klain acredita que Biden tem a capacidade mental necessária para continuar como presidente e que não é tarde demais para concorrer novamente. No entanto, tanto Clinton quanto Jake Sullivan, ex-assessor de segurança nacional de Biden, abordaram Klain meses antes de Biden anunciar sua desistência à reeleição, afirmando que Biden não era viável politicamente.
Sullivan teria mencionado que Biden estava “menos eficaz em 2024 em comparação com 2022”. Não está claro se as dúvidas sobre a capacidade mental de Biden foram o motivo das preocupações expressas por Clinton e Sullivan. Essa revelação é significativa, pois indica que figuras proeminentes do Partido Democrata já estavam questionando a aptidão de Biden para continuar no cargo antes de tais preocupações se tornarem públicas.
Adrienne Watson, assessora de Sullivan, negou as alegações, afirmando que Sullivan não teve conversas com Klain sobre a candidatura de Biden antes do debate. Klain, que foi o chefe de gabinete durante a primeira metade do mandato de Biden, admitiu que o presidente estava menos energético e apresentava lapsos de memória, embora tenha defendido sua capacidade de governar. Ele comentou que Biden confundia nomes e substantivos com mais frequência ao longo do tempo. Além disso, Klain não apresentou dúvidas sobre a saúde mental de Donald Trump.
Após o depoimento, Klain não fez declarações aos repórteres, e ele se tornou o sexto ex-assessor da administração Biden a ser ouvido na investigação. Durante a entrevista, tanto Comer quanto dois outros representantes, Andy Biggs e Ro Khanna, marcaram presença e consideraram Klain uma fonte confiável.
Três outros ex-assessores de Biden já haviam comparecido a depoimentos anteriores, mas usaram o direito de não se incriminar. Klain e outros, como Ashley Williams e Neera Tanden, compareceram voluntariamente para entrevistas transcritas. A investigação continua, com um foco crescente nas interações e nas alegações sobre a capacidade de liderança do presidente Biden.