Os pais devem prestar atenção ao surgimento repentino de inchaços nas crianças, que podem passar despercebidos no início ou serem confundidos com outras condições. O nefrologista Fábio Auriemma alerta que é fundamental observar qualquer alteração no corpo dos filhos.
As crianças com problemas renais podem levar uma vida normal, salvo durante crises mais graves da doença, quando o afastamento das atividades pode ser necessário. Em algumas situações, a internação pode ser recomendada.
Outro ponto importante a ser considerado é que, devido ao acúmulo de líquido e ao esforço extra exigido do organismo, a criança pode começar a sentir mais cansaço. Como as crianças têm uma energia natural, esse cansaço pode passar desapercebido inicialmente, mas tende a se intensificar com a progressão da doença.
O tratamento geralmente envolve o uso de medicações, como corticoides. Segundo o especialista do Hospital Oswaldo Cruz, esse tratamento não é rápido, durando, no mínimo, oito semanas. Às vezes, a criança responde bem ao tratamento e pode ficar curada, mas em outras ocasiões, a doença pode voltar após a interrupção da medicação. Por isso, o acompanhamento com o médico é essencial, já que esse tipo de trattamento não é tão simples quanto a cura de uma pneumonia.
De acordo com Auriemma, o tratamento pode ser comparado a uma escadinha, onde a ideia é aumentar os “degraus” conforme a evolução do quadro clínico da criança. Se a resposta ao corticoide for positiva, muitas vezes, não será preciso adicionar outros medicamentos. No entanto, se não houver melhora, podem ser usados diuréticos para ajudar a eliminar o excesso de líquido, além de medicamentos imunossupressores, que ajudam a controlar a inflamação dos rins. É vital seguir corretamente as orientações médicas para garantir a saúde e o bem-estar da criança.
