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Crítica dos smurfs: é um filme razoável –

O novo filme dos Smurfs traz Rihanna no papel de Smurfette, a única Smurf feminina. A cantora, conhecida por sucessos como “Umbrella”, também canta em algumas partes da animação, que conta com novas músicas na trilha sonora, além de uma de suas próprias canções. Isso faz do filme uma boa oportunidade para os fãs de Rihanna, especialmente após a sua última produção musical, lançada em 2016. O filme dura 90 minutos e promete entreter as crianças, oferecendo uma pausa do calor do verão.

Os Smurfs, personagens que surgiram há 50 anos nas histórias em quadrinhos do belga Peyo, não tinham uma identidade forte no cinema. A lembrança que as pessoas têm deles geralmente vem da série animada da Hanna-Barbera, onde cada personagem tem um nome relacionado a uma característica ou profissão, como “Smurf Cabeçudo” e “Smurf Médico”, e falam frequentemente a palavra “Smurf” de diversas maneiras. O novo filme aborda essa falta de identidade ao se concentrar em No Name Smurf, dublado por James Corden, que busca seu lugar na vila Smurf.

A história começa com a jornada de No Name, mas rapidamente muda de curso, introduzindo uma trama de fantasia que envolve magia antiga e um vilão, o mago Razamell, que sequestra um dos Smurfs. Para resgatá-lo, os Smurfs utilizam gramofones e instrumentos musicais para se transportar a diferentes lugares, incluindo cidades reais como Paris e Berlim. Apesar da presença de grandes talentos na trilha sonora, como Rihanna e músicos da Índia, as regras para as viagens são confusas e muitas vezes fazem a história parecer uma narrativa de super-herói. No Name considera se tornar o “Smurf Mágico” e deve aprender a usar suas novas habilidades de forma responsável.

Durante a aventura, No Name e os outros Smurfs descobrem segredos sobre Papa Smurf, que é interpretado por John Goodman, e seus irmãos, que vivem no mundo dos humanos. Esses tios possuem nomes simples, o que levanta questões sobre as peculiaridades dos nomes Smurfs. Embora a lógica possa ser questionável em um filme voltado para crianças, há várias piadas que também agradam os adultos, abrangendo desde referências a call centers até piadas sobre matemática. No filme, Smurfette tenta encorajar No Name a acreditar em si mesmo, embora já tenha expressado essa mensagem em diálogos anteriores.

Apesar da duração de apenas 90 minutos, o filme pode parecer um pouco longo, pois não consegue manter a atenção das crianças durante todo o tempo. A animação apresenta visuais bastante interessantes, combinando elementos em 2D e 3D, mas a narrativa oscila muito, o que pode confundir os pequenos. O ritmo das falas, por outro lado, é bem acelerado, impactando a compreensão. Os atores, que vêm de experiências em outras produções, falam de maneira natural e rápida, algo que pode não ser ideal para uma animação voltada ao público infantil.

Embora as cores e os elementos visuais ajudem a manter as crianças ocupadas, é possível que elas se sintam entediadas com a repetição de certos temas e piadas que agradam mais aos adultos. A jornada de No Name poderia facilmente se encaixar em um episódio de TV. No entanto, com sua mistura de criatividade e uma trilha animada, o filme ainda representa uma boa opção para entreter os pequenos.

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